quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Jornal do Brasil - Rio - Polícia prende dois comerciantes e interdita três lojas na Favela da Rocinha

Jornal do Brasil - Rio - Polícia prende dois comerciantes e interdita três lojas na Favela da Rocinha

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Fora com Lupi!





Quer saia logo do governo ou não, Carlos Lupi, ministro do Trabalho, garantiu modesta nota de pé de página em livro de História sobre o governo Dilma Rousseff como o auxiliar que mais constrangeu a presidente antes de levar finalmente um merecido pé na bunda.

Até aqui, pelo menos, trata Dilma como se ela não passasse de um desdentado tigre de papel.

Diga-se a favor de Lupi que ele não foi o único a resistir a deixar o cargo.

Salvo Nelson Jobim, ministro da Defesa e afilhado de casamento de José Serra, os demais desabrigados do governo em sua fase inaugural foram embora contrariados ou cuspindo fogo. Afinal, ser ministro é muito bom. Todos o cortejam e paparicam. Sem falar das vantagens que de fato importam.

O fogo cuspido por um ou outro não provocou mossa em Dilma - longe disso. Ela foi hábil ao lidar com as diversas situações.

Antônio Palocci, ministro da Casa Civil, por exemplo, saiu sob aplausos. Os olhos de Dilma ficaram marejados.

Só faltou uma orquestra de metais para embalar com músicas épicas a saída triunfal de Orlando Silva do ministério do Esporte. Foi emocionante!

Alguém estranho aos nossos costumes – um nórdico ou anglo-saxão - teria dificuldade em entender por que se demite um ministro e depois se junta um coro de carpideiras para chorar sua saída.

Somos latinos e melífluos, essa é que é a verdade. E também cínicos por natureza.

Lupi dispensou choro, vela e tapinhas nas costas. Aproveitou sua condição de único e inquestionável donatário do PDT fundado por Leonel Brizola para falar grosso, dizer desaforos e comportar-se como se lhe coubesse dirigir a cena protagonizada por ele mesmo.

Quis ser valente – foi apenas vulgar. Tentou fazer graça – pareceu um cafajeste.

O grosso: “Conheço a presidente Dilma há 30 anos. Duvido que ela me tire. Nem na reforma ministerial”.

O desaforado: “Daqui ninguém me tira. Só se for abatido à bala. E tem de ser bala de grosso calibre porque sou pesado”.

O vulgar: “Sou osso duro de roer”.

O cafajeste: “Presidente, me desculpe se fui agressivo. Dilma, eu te amo”.

Se não tivesse outros motivos para demitir Lupi, Dilma ganhou de graça um poderoso e definitivo motivo ao ouvir dele em depoimento no Congresso o debochado pedido de desculpas.

“Dilma, eu te amo” é a maneira mais sarcástica de tirar de alguém a majestade do seu cargo e de reduzir-lhe a autoridade.

Deveria ter sido despachado no ato. Mas o tigre só miou.

A soberba de Lupi voltou a se manifestar quando ele foi homenageado na última sexta-feira pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Agarrado à calça que a todo instante ameaçava deixá-lo só de cuecas, Lupi prometeu como se lhe sobrasse poder para tanto: “Vou acabar com o ciclo de ministros demitidos no grito. Ah, vou!”.

Dilma pensou a mesma coisa quando Lupi começou a ser atingido por denúncias de malfeitos. Disse a um assessor: “Não, não vou deixar que a imprensa derrube um ministro a cada semana”.

Evoluiu depois para a posição de demitir Lupi ao reformar seu ministério. Não está mais certa disso depois de ter lido a VEJA no fim de semana.

Ali resta provado que Lupi mentiu ao Congresso ao negar que tivesse voado em jatinho de empresário. E que mentiu novamente ao fingir que mal conhecia Adair Meira, um gaúcho dono de ONGs.

Lupi viajou pelo interior do Maranhão no jatinho King Air de Meira. E mais: na companhia do próprio Meira, aquinhoado depois com contratos suspeitos no governo.

Roubar nas barbas do presidente não é necessariamente razão para ser demitido. Não é mesmo.

Ao lotearem seus governos com os partidos, os presidentes sabem que pagarão o preço de fechar os olhos a pequenos grandes roubos.

Mas mentir ao Congresso, por mais que o Congresso seja uma casa de mentiras, é um crime grave. Ou assim deveria ser encarado.

A se admitir que nada aconteça ao ministro de Estado que mente diante dos representantes do povo, o melhor é decretar de uma vez por todas que vivemos em uma falsa democracia. E que o servidor público número um, o presidente da República, é também o farsante público número um.



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fonte: O GLOBO ONLINE

Jornal do Brasil - Rio - Rocinha recebe contingente de guerra de "braços abertos"

Jornal do Brasil - Rio - Rocinha recebe contingente de guerra de "braços abertos"

Rocinha começa a era da paz



Em duas horas polícia acaba com 40 anos de domínio do tráfico: esperança a 130 mil moradores

Rio - Bastaram duas horas para que 2 mil homens das Forças de Segurança retomassem um território que há 40 anos foi dominado por uma das mais violentas quadrilhas do Rio. Sem tiros, os policiais pouco a pouco ocuparam cada metro das favelas da Rocinha e do Vidigal, que, juntas, têm 120 mil moradores, e amanheceram com a expectativa de uma nova era, livre do tráfico.

Foi com orgulho e a voz embargada que o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou, no fim da manhã, que a Rocinha, o Vidigal e a Chácara do Céu estavam ocupados. “O grande trunfo dos cariocas é a libertação do jugo do fuzil. Devolveremos a dignidade e o território a quem não tinha. O que começou hoje não tem data para ser acabado, e fizemos isso sem efetuar nenhum disparo nem derramar uma gota de sangue”, afirmou Beltrame.


Os blindados Clanf e Piranha da Marinha cruzaram o Túnel Zuzu Angel em direção à comunidade, às 4h10. O Caveirão Aéreo da PM rompeu o silêncio da madrugada atípica na Rocinha com voos rasantes. Os bares que animam a vida noturna da localidade Via Ápia fecharam as portas mais cedo. “Nunca houve silêncio como esse na Rocinha”, disse o estudante Leandro Lima, 29 anos, que passou a noite transmitindo a ação pela Internet.

Testemunhas

Moradores locais e de outros bairros foram testemunhar o momento histórico. “Dá angústia, mas estamos contentes”, disse Andrea Creddio, 41, que saiu de Quintino, com o marido, para acompanhar.

Policiais do Bope subiram a favela a pé por dois pontos. Equipes do Batalhão de Ações com Cães e das polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal entraram ao mesmo tempo. Criminosos espalharam óleo nas ruas, dificultando a subida dos blindados.

Duas horas depois, a gigante Rocinha se rendia à Operação Choque de Paz. Bandeiras do Brasil e do Estado do Rio foram hasteadas no coração da comunidade, sob aplausos de 500 moradores eufóricos.

Faxina geral começa hoje nas comunidades

Mais de 150 garis comunitários e da Comlurb reiniciam hoje, às 7h, a coleta de lixo, interrompida desde sábado. Caminhões basculantes e compactadores, retroescavadeiras e minitratores darão apoio à limpeza. Quarta-feira, começam os serviços de conservação de ruas e iluminação pública. Com o fim da TV a cabo clandestina nas comunidades, funcionários de operadora legalizada já venderam 20 assinaturas. O aparelho com quatro pontos que podem ser divididos entre vizinhos custa R$ 300.

Carros e concreto formavam 15 barricadas no Vidigal

O Batalhão de Choque ocupou o Morro do Vidigal ao mesmo tempo em que a Rocinha era tomada pelo Bope. Traficantes do Vidigal deixaram barricadas em 15 pontos da favela, usando carros, lixo, madeira e concreto. Também jogaram óleo nas ruas. Nenhum dos blindados da Marinha conseguiu chegar ao topo da comunidade, o que não impediu a ocupação por policiais a pé.

>> FOTOGALERIA: Ocupação policial na Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu

Com as principais vias interditadas para o trânsito por conta da ocupação, muitos moradores que saíram para trabalhar tiveram que caminhar até o Leblon em busca de condução. O trânsito foi liberado por volta das 7h30, depois de anunciada a ocupação.

Aos poucos, moradores começaram a circular e o comércio abriu. O Batalhão de Choque também hasteou bandeiras. Antes da entrada definitiva da polícia na Rocinha e no Vidigal, foram realizadas operações, durante a semana, em outras favelas do Rio, na tentativa de prender criminosos fugitivos.

Governador agradece a Dilma e Lula

O governador Sérgio Cabral foi à base montada no 23º BPM (Leblon) para organizar a ação, onde cumprimentou a cúpula da Segurança Pública e os policiais. Ele agradeceu, por telefone, à presidenta Dilma Roussef e ao ex-presidente Lula pela parceria e disse que ontem foi dia histórico no País.

Beltrame informou que o planejamento de 40 UPPs está mantido. E ressaltou que não descarta que a casa do traficante Nem, localizada na ação, seja usada. Ele afirmou que o mérito da ação é da força de paz.


“Quem suou sangue, deve ter seu momento de glória. Essa vitória não é da secretaria, mas do grupo que trabalhou nas operações. Foi uma ação combinada com instituições às quais serei eternamente grato”.

Uso de mochila foi proibido

Policiais que participaram da operação foram proibidos de usar mochila. A medida foi tomada para evitar saques a moradores, como ocorreu durante a pacificação do Complexo do Alemão, em novembro do ano passado.

Policiais do sexo feminino hastearam as bandeiras estadual e nacional na Rocinha. Moradora ajudou na tarefa.

A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, apelou a mulheres e parentes de bandidos para que denunciem armas e drogas escondidas. Panfletos foram distribuídos, com telefones para denúncias (2334- 3984, 2332-3976 e 8596 -7912).


fonte: O DIA ONLINE

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Beltrame diz que não se surpreendeu com escolta de bandidos feita por policiais

Em entrevista ao jornalista Fernando Molica, do Informe do Dia, secretário de Segurança do Rio fala que prisão do Nem é só o começo e que 'só vai vibrar quando obra estiver completa'

Rio - Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou, na manhã desta quinta-feira, ao jornalista Fernando Molica, do Informe do Dia, que a polícia vai entrar para ficar na Rocinha. Ele não confirmou que a ocupação ocorrerá no domingo, a data vai depender da conclusão de operações prévias.

Beltrame, que estava em Berlim, na Alemanha, e embarcou para o Rio, afirma que o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso ao tentar fugir da favela, “tem muito o que esclarecer para a sociedade”. Frisou que a facção integrada pelo bandido costuma priorizar a “corrupção de agentes públicos”. Nesta entrevista, por telefone, Beltrame elogiou a polícia e disse que a retomada da Rocinha é apenas o primeiro passo.
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Secretário José Mariano Beltrame: 'A luta só está começando' | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Segundo ele, os poderes públicos e a sociedade precisam ocupar os espaços deixados pelo tráfico. “O Rio não pode perder uma oportunidade como essa”, alerta. O secretário participou de encontros com equipes que fizeram a segurança das copas do mundo de futebol masculino e feminino realizadas na Alemanha.

Quando é que o Sr. soube da prisão do Nem?

Soube hoje de madrugada. A gente veio (à Alemanha) fazer um trabalho e acabou fazendo outro, fiquei o tempo todo acompanhando o desenrolar dos trabalhos no Rio. O mais importante é que esta operação foi planejada há muito tempo. No início de novembro, a polícia começou a fazer o que chamamos de operação combinada na Rocinha. Uma operação que incluiu ações na comunidade e em outros locais, como a Maré. Isto resultou, por exemplo, na morte do Marcelinho Niterói (ocorrida na Favela Parque União no último dia 1º). O trabalho é dinâmico, ao investigarmos uma determinada pessoa, acabamos abrindo outras fontes e novas informações. Esta operação combinada ainda está em curso, só depois de sua conclusão é que iremos ocupar a Rocinha. Fizemos um grande cerco, houve forte produção do setor de Inteligência.

A ocupação, então, não ocorrerá necessariamente no domingo?

Isso, a data não está fechada. Antes, precisamos concluir esta operação combinada.

Há quanto tempo foi tomada a decisão de deflagrar a operação na Rocinha em novembro?

Isso tem muito tempo, nossas ações são sempre planejadas com antecedência. Temos que fechar a data e começar a trabalhar. Sabemos, por exemplo, quando será a próxima operação.


E quanto será? Em que favela?

Não posso dizer, nosso trabalho tem que ser muito cuidadoso, não dá para brincar com isso. Existe uma estratégia, um conceito. O fundamental é quebrar a lógica do domínio do território, tirar o porto seguro desses bandidos, interromper o ciclo. Muitos traficantes eram presos no passado, mas isso não mudava o quadro. O importante é que estamos acabando com o domínio territorial. Bastou a simples ameaça de perda de território para que o bandido (Nem) deixasse a Rocinha. Sem o território, eles ficam vulneráveis, perdem o que têm de mais sagrado. Lá é que eles se estabeleciam com armas de guerra, acuavam a população. A prisão de bandidos não era suficiente, era importante acabar com o domínio das áreas.
Foto: Gabriela Moreira / Agência O Dia
Nem da Rocinha, preso pelo Batalhão de Choque na noite desta quarta-feira | Foto: Gabriela Moreira / Agência O Dia

O Sr. acha que seria possível estabelecer um domínio territorial como o que foi criado em tantas favelas do Rio sem conivência de setores da polícia e da própria política?

As organizações criminosas, de um modo geral, se estabelecem graças à participação de agentes públicos. Mas, acima deste ponto, existe a resposta da população. O que estamos fazendo é apenas uma parte disso, a retomada do território. Mas ainda há uma série de outras questões que precisam ser enfrentadas, a ocupação policial apenas abre várias oportunidades. Antes se dizia que não dava para entrar nessas comunidades. Agora que estamos entrando, o estado, a prefeitura, a União, a iniciativa privada e a sociedade como um todo têm que ocupar seus espaços nessas favelas. O Rio não pode perder uma oportunidade como esta, o Estado precisa ocupar o lugar que era dos traficantes, essas áreas precisam ser integradas à sociedade. A segurança deu apenas o primeiro passo.

Sempre se dizia que as favelas dominadas pelo tráfico eram territórios inexpugnáveis. A experiência das ocupações, em especial no Alemão e, agora, na Rocinha, mostra que isto não era verdade, revelou que o tráfico teme uma ação organizada. O que mudou?

Nós fizemos um planejamento, agimos com lisura e transparência. A partir da primeira UPP (a do Morro Dona Marta) e com o ápice da ocupação do Alemão, ficou clara a nossa política de ocupação sem confronto. Criamos uma estrutura para isso, nós só não tínhamos a variável do que se passava na cabeça do criminoso. Organizamos uma força para mostrar que entraríamos sem confronto. O Alemão nos deu esta lição. Agora, vamos entrar e não vamos sair da Rocinha, vamos deixar isso claro para a sociedade.

O fato de o Nem não ter sido morto é importante, não? Ele, que tinha tantas relações com a vida da comunidade e também com o universo político mais geral, certamente tem muito para contar...

Espero que ele tenha prestado um bom depoimento, ele tem muito o que esclarecer para a sociedade. Não podemos obrigá-lo a falar, mas é importante que ele faça essas revelações no processo judiciário. Até porque a facção que ele integra (ADA) não é tão adepta do confronto quanto uma outra (o Comando Vermelho). A facção dele atua, principalmente, na corrupção de agentes públicos.



O Sr. se surpreendeu ao saber que traficantes foram presos enquanto fugiam escoltados por policiais?

Não, não me surpreendi. Neste período em que vivo no Rio, aprendi o tamanho que esse tipo de coisa pode atingir. Mas temos também a dimensão dos bons policiais civis e militares. Eles são a maioria, são pessoas que fizeram a prisão do criminoso, que deixam o sangue na farda, e que, agora, estão muito felizes. Estamos prendendo policiais civis, militares, delegados, é um processo que avança. Mas o fundamental para a sociedade é que a maioria é formada por bons policiais.

Como o Sr. classifica a atuação da Polícia Federal?

A Polícia Federal está conosco desde 2007. Ela tem suas limitações constitucionais de atuação, mas tem ajudado muito, principalmente no campo da inteligência policial.

O Sr. comemorou esta vitória?

É uma vitória, claro, foi um trabalho bonito. Mas, como eu costumo dizer, estamos vivendo a construção de algo maior. Prefiro comemorar e vibrar quando a obra toda estiver pronta. O importante são os resultados para o Rio de Janeiro. Estamos implantando uma nova maneira de atuar, prefiro que os resultados sejam um pouco lentos, mas que sejam sólidos.


fonte: O DIA ONLINE

Passeata em defesa dos royalties do petróleo do Rio reúne milhares de manifestantes - O Globo

Passeata em defesa dos royalties do petróleo do Rio reúne milhares de manifestantes - O Globo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rodrigo Bethlem: É um absurdo!

Rodrigo Bethlem: É um absurdo!: Lamento que o Governo Federal, que deveria ser o árbitro da federação, fique tão tímido, nesta questão dos royalties. A defesa do equilíbrio...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mulheres que bebem café estão mais protegidas contra depressão

O Globo (saude@oglobo.com.br)


RIO - As mulheres que bebem quatro xícaras de café ao dia têm 20% menos chances de sofrer de depressão do que as mulheres que evitam a bebida, diz pesquisa realizada por especialistas da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, liderados por Alberto Ascherio. A cafeína, afirmam os autores, é o estimulante do sistema nervoso central mais consumido em todo mundo, e o café aumenta a energía e o bem-estar. De acordo com o artigo publicado na revista científica "Archives of Internal Medicine", a equipe acompanhou mais de 50 mil enfermeiras com idade média de 63, sem depressão no início da pesquisa. Eles mediram apenas o consumo de café durante 14 anos, mas registraram conclusões semelhantes com o consumo de cafeína em geral, incluindo bebidas à base de cafeína e chocolate. E outra investigação menor, realizada na Finlândia, concluiu que os homens que bebiam mais café apresentavam menor posibilidade de se suicidarem. E a própria equipe de Harvard já observou que beber muito café pode proteger contra Doença de Parkinson, em ambos os sexos. Porém não fica claro de que forma a bebida tem efeito na depressão nas mulheres. Estudos com animais demonstraram que a cafeína protege contra certas neurotoxinas e que receptores cerebrais que respondem à cafeína estão concentrados nos gânglios basais, uma região importante tanto para a depressão como para a doença de Parkinson. Os autores agora querem fazer novos estudos para confirmar os benefícios do café na saúde mental.

FONTE: O EXTRA

Analista de redes sociais, um profissional do presente

Publicada em 27/09/2011 às 10h52m
Isabel Kopschitz (isabel.kopschitz@oglobo.com.br)



RIO - Monitorar as redes sociais, pensando estratégias e executando ações para divulgar produtos e serviços, pesquisar o público-alvo e novas vertentes para o negócio e, claro, responder a questões específicas de internautas, especialmente quando são críticas à empresa. Essas são as funções básicas de um analista de mídias sociais, profissional cada vez mais requisitado por companhias de todas as áreas de atuação, que apostam na velocidade da web e na expansão das redes sociais para alavancar seus ganhos.

O mercado é promissor, segundo especialistas. Tanto é que grande parte das companhias - mesmo médias e pequenas - já mantêm departamentos específicos neste setor. Pesquisa recente da Deloitte no Brasil apurou que as áreas que comandam ações de mídias sociais nas empresas são marketing (em 73% dos casos), tecnologia da informação (16%) e vendas (13%). Outro dado do mercado é que as 100 maiores empresas do mundo (pelo ranking da revista Forbes) têm um departamento de mídia social, separado dos departamentos de marketing e de marketing digital, tamanha é a importância que o segmento ganhou.

Mas qual é a formação esperada deste profissional? A maior parte deles é da área de comunicação, especialmente de marketing. Segundo Eduardo Barbato, publicitário e professor de interatividade e novas mídias da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio (ESPM-RJ), para ser um profissional completo no ramo é necessário dominar os conhecimentos de marketing.

- Mídias sociais é um meio novo, cheio de peculiaridades e armadilhas. Os analistas estão sendo muito requisitados, mas a maioria precisa se aprofundar num planejamento estratégico da marca como um todo - explica. - Se a estratégia de mídia social for muito descolada da estratégia de comunicação da marca, existe o risco de uma esquizofrenia.

O conselho de Barbato, portanto, é que aspirantes a analistas e profissionais da área se aprofundem em conhecimentos de marketing para não caírem "num trabalho apenas braçal e operacional".

- Não basta ser um nativo de web. Tem que ter mais substância. Um heavy user não necessariamente vai saber ser um bom analista de mídias sociais - afirma. - O ideal é que este profissional saiba também fazer uma análise da rentabilidade das ações em mídias sociais, ou seja, estabelecer metas e saber medir resultados, para ver se está no caminho certo.

O empresário Rodrigo Menezes, diretor do site Concurseiro Urbano, afirma que o trabalho do analista de mídias sociais hoje é imprescindível. Em sua empresa, dos nove funcionários, dois são da área. Para Menezes, monitorar as redes sociais e saber usá-las a favor de sua marca é uma questão de sobrevivência do negócio.

- A internet tem a capacidade de fazer a empresa ter boa imagem ou, ao contrário, queimá-la, de forma muito rápida - diz Menezes. - Precisamos monitorar as redes tanto para vender bem nossos produtos quanto para descobrirmos as necessidades do nosso público.

Menezes ressalta que os consumidores hoje preferem reclamar dos serviços de uma empresa no Twitter ou no Facebook, antes mesmo de fazer contato com o setor de serviço ao cliente:

- Eles sabem que a resposta será mais rápida.

Que o diga Simone Medeiros, que deixou a área de moda, na qual se formou, para ser analista de mídias sociais. Agora, ela cursa publicidade, com especialização em marketing digital.

- No Twitter, por exemplo, é muito fácil de se disseminar as coisas. Você tem que ser ágil e dar uma resposta certeira, ou então já era - conta ela, sobre as reclamações de internautas.

Segundo Simone, algumas ferramentas, como o tweetdeck (que permite gerenciar várias contas de Twitter e de Facebook, ao mesmo tempo) e o klout (que mede a influência da empresa sobre as pessoas), ajudam no dia a dia do trabalho. Mas estar antenada com o que acontece no mundo, entender muito sobre a empresa na qual trabalha e escrever bem são aspectos fundamentais, para ela:

- Lido com muita gente diferente, todos os dias. Se não estiver muito bem informada e souber redigir de forma a não gerar várias interpretações, estou frita - diz.


FONTE: O GLOBO

Em busca do hambúrguer perfeito, em Madri

Publicada em 27/09/2011 às 13h14m
Priscila Guilayn



Veggie burger, o sanduíche para vegetarianos do Nimú, em Madri, Espanha/ Foto de divulgação

MADRI - Dois chefs badalados se juntaram para fazer dos hambúrgueres um lanche muito especial. Rodrigo de la Calle, com uma estrela Michelin no prestigiado restaurante que leva seu nome, em Aranjuez (a 47 km de Madri), e Juanjo López, que fez da Tasquita de Enfrente (Calle Ballesta 6, metrô Gran Vía) uma taberna cult de qualidade indiscutível, embarcaram na aventura de "criar o hambúrguer perfeito", segundo explicam. Na Calle del Desengaño 14, bem pertinho da Tasquita de Enfrente, abriram o Nimú, um restaurante que destrói o conceito de hambúrguer como comida rápida, vulgar, gordurosa, prejudicial à saúde e à boa forma. O original cardápio, com hambúrgueres de bacalhau com camarão, de pato, de porco ibérico, de tofu com berinjela, além dos exemplares (não por isso menos originais) de carne de vaca e de frango, agrada a vegetarianos e carnívoros. Com preços que variam de 8 a 15 euros, os sanduíches não surpreendem apenas por seu recheio. O pão feito no Nimú também é cuidadosamente pensado. Um exemplo é o Veggie Burger, cujo recheio é feito exclusivamente de hortaliças: pimentão vermelho e verde, cenoura, abobrinha e cebola. O pão verde é criativamente preparado com diversas especiarias. Este prato vegetariano é acompanhado de aros de cebola fritos ao estilo tempurá e salada de chicória com molho de "salmorejo" (típico de Córdoba, na Andaluzia, feito de miolo de pão, água, azeite, vinagre, sal e tomate). Outros pães especiais são o do Mediterranean Burger, preparado com tinta da lula; o do Premium Burger, feito com cerveja preta; o do Mariko Burguer, de mirtilo, e o do Curry Burger, com pão de alcaçuz . Para os mais tradicionais, o Nimú também é o lugar. O clássico hambúrguer americano com o pão de sempre, carne de vaca, pepinos no vinagre, maionese, mostarda Dijon e ketchup, acompanhado de batata frita (com casca) e salada de folhas variadas também tem seu espaço reservado no cardápio. A hamburgueria abre diariamente das 13h às 17h e das 21h à 1h.

Para entender as migrações

Mais de 50 fotos, alguns videoclipes de cerca de quatro minutos cada e uma vasta cartografia ilustram textos que explicam os fluxos migratórios, analisando seus aspectos econômicos e refletindo sobre a fuga de cérebros. Desta maneira, a exposição "Migrações, um planeta em movimento" pretende estimular uma reflexão sobre as mais de 230 milhões de pessoas que moram longe de seus países de origem, ou seja, mais de 3% da população mundial. Inaugurada hoje, a mostra aborda pontos de vista como identidade, segurança e sobrevivência. A exposição pode ser vista até o dia 6 de janeiro, diariamente, das 10h às 22h, na Casa Encendida (Ronda de Valencia 2).

Picasso "russo" no Prado

Máxima expressão de Picasso durante sua fase rosa (1905-1907), "A acrobata da bola" sai da Rússia pela primeira vez em 40 anos para fazer parte do programa "A obra convidada" do Museu do Prado (Paseo del Prado s/n, metrô Atocha). O público é brindado com breves explicações sobre a obra para poder situá-la em seu contexto histórico-artístico. A pintura pode ser vista até o dia 18 de dezembro na sala 60 do Prado, de terça a sexta-feira, das 12h30m às 17h30m. Depois, regressará ao Museo Pushkin, em Moscou. O ingresso para a coleção permanente e as exposições temporárias custa 10 euros.

Em Barcelona

O Bar del Convent fica dentro do convento Sant Agustí, em Barcelona, na Espanha/ Foto de divulgação

Comer uma quiche caseira ou um doce artesanal sentado em um claustro gótico é um privilégio que se desfruta em Barcelona no Bar del Convent (foto abaixo), que, como o nome já diz, fica dentro de um convento (o de Sant Agustí), transformado em uma espécie de centro cultural. Aberto para almoços, lanches e jantares, o Bar del Convent se apresenta como um espaço multifacetado, com uma programação gratuita de shows de quinta-feira a sábado, performances e exposições, além de ter um mercadinho de permutas (de livros, por exemplo), conexão wi-fi (gratuita) e os principais jornais à disposição dos clientes. Aberto de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, o bar tem acesso através das duas entradas do convento: uma pela Plaça de l'Acadèmia e outra pela Calle del Comerç 36. Metrô: Arc de Trioumf e Jaume I.


fonte: O GLOBO

Tenente-coronel apontado como mandante do assassinato de juíza em Niterói será transferido para Bangu 8

Publicada em 27/09/2011 às 13h58m
Taís Mendes, Ana Claudia Costa, Waleska Borges e O Globo (granderio@oglobo.com.br)



O comandante Cláudio Luiz de Oliveira durante operação no conjunto de favelas de Manguinhos / Foto: Arquivo / Pablo Jacob

RIO - O tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, apontado como mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto, será transferido para o presídio de Bangu 8, segundo informou o corregedor geral da PM, coronel, Ronaldo Menezes, em coletiva no fim da manhã desta terça-feira. Ele está detido no Batalhão de Choque (BPChoque) desde as primeiras horas da madrugada desta terça-feira e foi afastado do comando do 22º BPM (Maré), segundo informou a assessoria da Polícia Militar. Também serão transferidos para Bangu 8, por acusação de envolvimento no crime, os policias militares Alex Ribeiro Pereira, Sammy dos Santos Quintanilha, Carlos Adílio Maciel Santos, Jovanis Falcão Junior e Charles de Azevedo Tavares. Os PMs já estavam cumprindo prisão preventiva na unidade prisional da PM de Benfica pela suspeita de participação de um auto de resistência, que levou à morte Diego Beliene, de 18 anos, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo. Agora, eles serão transferidos, conforme determinação dos novos mandados de prisão temporária de 15 dias.

A Corregedoria tenta agora cumprir o mandado de prisão contra um sexto policial, também citado no inquérito que apura a morte da juíza, Junior César de Medeiros, que seria do 12º BPM (Niterói). O corregedor disse que aguardará detalhes sobre o que levou a justiça a expedir mandado de prisão para poder instaurar o processo administrativo contra o coronel. Quem assume provisoriamente o comando do 22º BPM é o sub comandante da unidade é o tenente Coronel Izidro.

O tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira se apresentou na unidade após a Justiça ter decretado, no fim da noite de segunda-feira, a sua prisão preventiva por 15 dias. Na época da morte da magistrada, Cláudio Luiz de Oliveira era comandante do 7º BPM (São Gonçalo). Outros cinco policiais, que atuavam no mesmo batalhão sob a tutela do então comandante, também tiveram mandados expedidos pela 3ª Vara Criminal de Niterói. O juiz que decretou a prisão do oficial teve a segurança reforçada, de acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.

Os policiais faziam parte do Grupamento de Ações Táticas e são acusados de forjar um auto de resistência para acobertar a morte de Diego Belieni, então com 18 anos. No último dia 14, reportagem do GLOBO já mostrava que escutas telefônicas autorizadas pela Justiça indicavam que o assassinato da juíza tinha um mandante.

O comando da Polícia Militar ainda não se manifestou sobre a prisão temporária do tenente-coronel. O comandante geral da Policia Militar, Coronel Mário Sérgio Brito Duarte, foi submetido a uma intervenção cirúrgica na segunda-feira no Hospital da Polícia Militar para retirada de um nódulo na próstata e seu substituto, coronel Álvaro Garcia, não participou da coletiva que anunciou a prisão do oficial. Na coletiva, o corregedor geral da PM, Ronaldo Menezes, não quis comentar o fato do militar ter sido nomeado comandante do 22º BPM (Maré) mesmo tendo saído do batalhão de São Gonçalo onde policiais já eram investigados sobre a morte da juíza.

- Não cabe comentar isso a nível de corregedoria. As decisões de movimentações nos batalhões são de competência do comando geral - disse o corregedor.

LEIA MAIS: Coronel Cláudio Luiz de Oliveira já foi processado pela magistrada

LEIA MAIS: Motorista do comando da PM responde por mortes

Segundo o comandante interino da Polícia Militar, coronel Álvaro Garcia, a corporação vai aguardar o andamento das investigações para resolver possíveis punições ao tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira. A princípio, Cláudio Oliveira está afastado do comando do batalhão da Maré. Quem vai assumir a liderança da unidade interinamente é o subcomandante do local.

Outros três PMs já estão presos por participação na morte de Diego e da juíza. São eles: o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda . A Justiça decretou a prisão após um dos cabos que executaram o crime ter relatado ao juiz Peterson Barroso Simões que o tenente-coronel era o mandante do crime. O cabo, que estaria ameaçado de morte, resolveu contar tudo e participar de uma antecipação de prova, obtendo o direito à delação premiada (que inclui provável redução de pena). O PM e sua família foram incluídos no programa de proteção à testemunha.

O cabo teria dito que usou duas pistolas no crime, o que explica terem sido encontradas cápsulas de três calibres no condomínio de Patrícia: 30, ponto 40 e 45.

Os últimos momentos de vida de Patrícia foram registradas por sete câmeras. Uma das imagens mostra a juíza deixando o fórum de carro às 23h13m. Um pouco mais tarde, imagens de uma câmera de segurança mostram o carro da juíza na Rodovia Niterói-Manilha e a moto com os dois homens logo atrás. Meia hora depois, novas imagens na Niterói-Manilha voltam a mostrar o carro e a moto logo atrás. Nela é possível ver que o piloto está de tênis branco e calça jeans e que os dois homens usam casacos. Faltando quatro quilômetros para o condomínio da juíza, os ocupantes da moto ultrapassam o carro da magistrada para preparar a emboscada. Marcas de pneus de uma moto foram encontradas perto da casa onde a juíza morava.

VÍDEO: Veja imagens do Fantástico sobre a perseguição à juíza

Após o assassinato de Patrícia Acioli, o comando da Polícia Militar trocou os comandantes de diversos batalhões. Foi quando Cláudio Luiz de Oliveira assumiu o comando do 22º BPM (Maré).

Nesta segunda, o juiz Fábio Uchôa, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, decretou as prisões preventivas de sete PMs do 7º BPM (São Gonçalo) acusados de envolvimento num auto de resistência forjado . Dois deles - Jovanis Falcão Júnior e Carlos Adílio Maciel dos Santos, o Carlão - já estão presos pelo envolvimento na morte da juíza e de Diego Belieni. O caso ocorreu em junho do ano passado, na Fazenda dos Mineiros. Segundo o inquérito da 72ª DP (São Gonçalo), os PMs teriam atirado a esmo após não receberem propina de traficantes. Uma mulher foi morta.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/09/27/tenente-coronel-apontado-como-mandante-do-assassinato-de-juiza-em-niteroi-sera-transferido-para-bangu-8-925452761.asp#ixzz1ZB1ctMYP
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fonte: O GLOBO

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A SMAS reforça o atendimento a adolescentes em situação de rua Nova Central de Recepção na Zona Oeste atenderá a meninos entre 12 e 17 anos de idade

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) inaugura hoje, dia 27, a Central de Recepção de Adolescentes de Bangu, na Zona Oeste. A abertura da nova unidade da Rede de Proteção Social do município acontece às 11h, na Rua Abelardo Bitencourt, 181.
A Central de Recepção de Bangu oferecerá 14 vagas para meninos em situação de extremo risco social, com idades entre 12 e 17 anos e 11 meses. O atendimento será realizado por uma equipe especializada formada por uma diretora, três assistentes sociais, duas psicólogas, seis educadores sociais, além de auxiliares de serviços gerais, porteiros e pessoal de cozinha.
No espaço, os jovens serão entrevistados, identificados e encaminhados às unidades municipais de reinserção social, Conselhos Tutelares, recambiados a municípios de origem, às famílias, dentre outros direcionamentos. Além disso, na nova unidade, os adolescentes terão sala de TV e acesso aos projetos sociais desenvolvidos pela Prefeitura do Rio.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dès son plus jeune âge, le lion fait preuve d’un fort caractère. Encore lionceau, il montre déjà ses crocs !

EU AMO OS ANIMAIS




"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." --Philip Ochoa

"Em se tratando de fidelidade, devoção, amor, muitos homens estão aquém do cão ou do cavalo. Que maravilhoso seria se pudessem ao menos antes do julgamento final, afirmar: 'Eu tenho amado tão verdadeiramente ou sido tão decente quanto o meu cão.' E ainda assim os chamam de 'apenas animais!' " - Henry Ward Beecher


Leila da Lapa

Personalidades apoiam movimento de combate à corrupção no governo federal

Publicada em 15/09/2011 às 08h19m
O Globo (opais@oglobo.com.br)




RIO - A sociedade civil começa a se mobilizar para dar apoio e respaldo a ações de combate à corrupção. Senadores de diversos partidos lançaram a Frente Suprapartidária Contra a Corrupção e a Impunidade e convocaram a população para participar. Uma empresária já organiza no Facebook um ato contra a corrupção no Rio , que começa a se espalhar pelo Brasil e foi notícia até no jornal espanhol "El País" . O GLOBO publica diariamente o depoimento de uma personalidade sobre a importância do movimento e da mobilização da sociedade.

Paulo Miklos - Foto de divulgação
Paulo Miklos, músico

"Eu fiquei bastante esperançoso com a grande manifestação do Sete de Setembro, em que quase 25 mil pessoas saíram às ruas. Só a sociedade mobilizada, só um movimento muito grande pode mudar algumas práticas, como o nosso jeitinho. As pessoas podem mudar o curso das coisas. E, agora, as datas comemorativas do país estão servindo para isso, para que o nosso país realmente mude. Vem aí também o 15 de novembro, e podem surgir outros protestos.

Mas ainda temos um longo caminho, temos que fazer muitas coisas, como uma reforma política eficiente. Estamos esbarrando sempre nas mesmas pessoas. Parece que a alternância de poder já não adianta, que não há tanta mudança. Sempre há a exigência de negociação com as mesmas pessoas, quer dizer, parece que a política fica refém das mesmas pessoas. Mas vejo com muita esperança essas manifestações, que podem começar a mudar as coisas".
Dicró, cantor e compositor

"A corrupção, do meu ponto de vista, começa lá em Brasília. Exemplo: agora, o governo está querendo voltar com o CPMF para dar mais dinheiro para a Saúde. Antes, já disseram que roubavam tudo. Vão continuar a roubar agora. Mas isso é bom para os velhinhos, que vão recuperar a audição, a visão e vão ficar atentos para que não exista nenhum problema ou desvio de dinheiro".
Marcelo Madureira, humorista

Marcelo Madureira - Foto de Divulgação "Dou a maior força para este movimento porque a corrupção é, antes de tudo, antieconômica. Por exemplo: uma ponte que é para custar 100, custa 150, e por aí vai. O certo é que a corrupção no Brasil já foi longe demais. A corrupção é uma via de mão dupla. Não existe corrupção sem corruptor. O corrupto tem que ser mancomunado com o corruptor. O empresário, os grandes empreiteiros, desses ninguém fala. A corrupção está em contradição com a democracia, com a economia, com o bom senso e os bons costumes. Não existe ninguém que seja a favor destes corruptos.

Infelizmente, a Justiça só serve aos poderosos. Só o pobre vai preso, e as pessoas praticam estes atos de corrupção porque têm certeza da impunidade. Só existe democracia de verdade quando existe justiça de verdade. E quando você botar na cadeia tanto o corrupto quanto o corruptor, você vai lavrar um tempo importante. Em qualquer lugar do mundo tem corrupção. A diferença no Brasil é que a corrupção corre solta e não acontece nada. É uma responsabilidade nossa, do cidadão, de lutarmos contra este tipo de delito, porque este delito prejudica a sociedade como um todo. Quanto em dinheiro o país perde com a corrupção? É importante que as pessoas de bem deste país estejam juntas nesta luta, que é uma luta dura. Mas se a gente não lutar, não tem chance nenhuma de ganhar. Eu sugiro começarmos a luta invadindo a ilha de Curupu, do Sarney, para conquistarmos um pedaço do território inimigo. Vai ser uma boa briga!".
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan

"Nós apoiamos porque a corrupção está incrustada no poder público brasileiro. E nós pagamos uma quantidade gigantesca de impostos. Ninguém aguenta mais não ter serviços proporcionais aos impostos recolhidos. Nós sabemos que grande parte dessa dificuldade que o Estado tem de prover os serviços públicos são em função da corrupção, do dreno de recursos que acontece na administração pública. Nós temos que dar um basta nisso. Nós temos que conclamar todos os brasileiros a se manifestarem a favor da moralidade pública.

Nós temos que chamar a sociedade, as instituições, os jovens para mostrar que isso que acontece não é mais possível, isso não é razoável, isso é um câncer que está matando a todos e está matando principalmente a esperança da juventude".
Marco Antonio Villa, historiador

"Eu fiquei impressionado com as manifestações organizadas no Sete de Setembro. Especialmente em Brasília, onde muitas pessoas foram às ruas. Eu sempre fico irritado quando ouço de alguns, e é pensamento corrente, que a corrupção está no DNA do brasileiro. Outro discurso de que não gosto é o seguinte: se a economia vai bem, então está tudo certo, ninguém se mobiliza. Esses discursos que não tem nada a ver e essas manifestações mostram que as pessoas estão indignadas. A grande dificuldade é encontrar um meio para que sociedade possa demostrar toda essa insatisfação. Nós somos uma sociedade invertebrada, difícil de canalizar algumas insatisfações.

O desafio, agora, é a continuidade. Como manter essas manifestações e pressionar? Aquela tese de que não estão nem aí, é tudo bobagem, lero-lero. Tenta-se até justificar a despreocupação com a carta de (Pero Vaz) Caminha, e associam também a corrupção a uma herança ibérica, mas não é assim. Pode ser que esse movimento inaugure uma nova forma de fazer política. Há um cansaço em relação às formas tradicionais. Os sindicatos e movimentos sociais, por exemplo, são todos beneficiados e atrelados ao governo".

Carlinhos de Jesus, coreógrafo

Carlinhos de Jesus em imagem de arquivo - Foto de Ari Kaye Gomes "A população tem que se organizar, sim. Tem que se juntar para dar um basta na corrupção. Na época do impeachment, a sociedade não se organizou, pintou os rostos e foi às ruas? É importante estar atento e lutar contra esse mal. Às vezes, acho que a sociedade não tem noção da força que tem. Com os impostos absurdos que pagamos, não é possível que aconteça o que acontece. Temos que entender que o dinheiro do contribuinte não pode ser usado da maneira que é. Pagamos e não há o mínimo respeito com a população. A população tem que se organizar e dar um basta. Isso é válido. O Brasil é conhecido em todo o mundo pelo esporte, pela música e pela corrupção. É desagradável. Não adianta nada o Neymar fazer gol, dançarmos e acontecer tudo que acontece com o nosso dinheiro".
Maurício Azêdo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

"O movimento tem a maior importância porque sem a mobilização popular nós não vamos ter uma modificação essencial nesse quadro a que assistimos, de ataque ao dinheiro público e de práticas fraudulentas na administração pública. A presença da ABI ao lado da OAB e da CNBB tem em vista procurar alastrar esse movimento para sensibilizar a opinião pública, que pode ter uma participação decisiva nessa questão.

É através dessa mobilização que vamos modificar essa leniência e essa contemplação com a corrupção que grassa na administração pública em todos os níveis e em todos os escalões da federação".

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/08/22/personalidades-apoiam-movimento-de-combate-corrupcao-no-governo-federal-925175198.asp#ixzz1Y1NEy3eb
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fonte : O GLOBO

terça-feira, 13 de setembro de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Internautas organizam ato contra corrupção na Cinelândia



Publicada em 18/08/2011 às 16h43m
Emanuel Alencar (emanuel.alencar@oglobo.com.br)



Movimento 'Contra a Corrupção' fará ato na Cinelândia.
RIO - Na esteira da série de escândalos que já derrubou o quarto ministro do governo Dilma em dois meses e meio, um grupo de cariocas está usando a internet para organizar um ato contra a corrupção. O evento está marcado para 20 de setembro, das 17h às 20h, na Cinelândia. Uma das idealizadoras do "Todos Juntos Contra a Corrupção", Cristine Maza, diretora de uma empresa de cenografia, conta que o movimento começou há duas semanas, na rede social. O sucesso foi instantâneo:

NA WEB: Internet já tem o mapa da corrupção brasileira

FRENTE SUPRAPARTIDÁRIA: Senador Pedro Simon diz que sociedade tem que liderar movimento contra corrupção

CRUZADA: Senador lidera grupo de apoio à faxina de Dilma na corrupção

INFOGRÁFICO: Relembre os escândalos no governo Dilma

- A gente discutia na rede o porquê de não existir um movimento organizado contra a corrupção e a impunidade. Amigos embarcaram na ideia, as pessoas começaram a espalhar, virou uma loucura - conta Cris. - Já fizemos duas reuniões, em bares. A próxima será na casa de alguém.

No grupo "Todos juntos contra a corrupção", do Facebook , 460 pessoas já confirmaram presença no ato. Cris Maza diz que a escolha do local foi criteriosa:

A gente discutia na rede o porquê de não existir um movimento organizado contra a corrupção e a impunidade

- Queríamos evitar batuque e oba-oba, por isso não escolhemos a orla para a manifestação. O movimento é completamente apartidário. Vamos disponibilizar o logotipo do grupo para que os interessados possam chupar da internet e façam seus cartazes e camisetas. Todo o dinheiro investido sairá de nossos bolsos.

Ainda de acordo com a empresária, o grupo chama a atenção pela diversidade.

- São jovens, adultos, de diversas ocupações. Não dá para identificar um perfil de quem está aderindo ao movimento. Mas é claro que queremos participação maciça de jovens. Eles são a base dessa mudança. Eles precisam achar que não é bacana se corromper, que não é bacana a "lei de Gérson", que o bacana é ser honesto.

Presidente da ABI considera fundamental que movimento ganhe as ruas para conquistar legitimidade

Um dos entusiastas da frente lançada no Senado, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, disse ser fundamental que o movimento ganhe as ruas para conquistar legitimidade.

- Os que defendem interesses escusos estão encastelados. Não é fácil vencê-los. Para que a frente tenha êxito, é fundamental o apoio da população, como aconteceu no caso da Lei da Ficha Limpa. O Congresso teve que recuar e aprovar a lei depois da mobilização das ruas.

O presidente da ABI afirmou estar otimista com o movimento, que, segundo avaliou, caminhará paralelamente à CPI da Corrupção - "nosso grupo não tem o componente político-partidário da CPI". Lembrou o papel histórico da entidade:

- A ABI teve papel fundamental no processo de impeachment de Collor.

Mais informações sobre o movimento podem ser solicitadas pelo e-mail crismazarj@gmail.com


fonte: O GLOBO online

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Trabalho escravo. Sim, ainda convivemos com esse tipo de problema!




Em um mundo de beleza e vaidade encontramos um lado muito feio. Grandes marcas do mundo da moda estão sendo investigadas devido ao uso de trabalho escravo. Crianças e estrangeiros em condições ilegais se submetem ao trabalho escravo, recebem cerca de 2 reais por peça produzida num mundo que movimenta milhões de reais.

O flagrante de trabalho escravo num dos fornecedores da rede Zara no Brasil parece ser apenas a ponta do iceberg. Estão em andamento no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras 20 investigações contra grifes de roupas nacionais e internacionais.

Na oficina irregular de Americana (SP), foram encontradas peças com etiqueta da rede espanhola, o lote de roupas encontrado levou os fiscais do trabalho a investigar os 50 fornecedores da Zara no Brasil. Um deles chamou a atenção. Com apenas 20 máquinas e 20 costureiras registradas, a empresa AHA produziu mais de 50 mil peças para a rede em três meses.

Os fiscais estiveram em duas das 30 oficinas de costura dessa empresa e encontraram lá 16 bolivianos e 5 crianças, trabalhando e vivendo num ambiente sujo, apertado e sem condições mínimas de segurança.

Os trabalhadores recebiam apenas R$ 2 por peça produzida. A multinacional foi responsabilizada pelas irregularidades e terá de responder a 48 autos de infração. Ser for condenada, a multa é de R$ 1 milhão. Os dois locais foram interditados e os costureiros bolivianos, legalizados.

A AHA arcou com o pagamento de R$ 140 mil de encargos trabalhistas – uma exigência da própria Zara. A multinacional divulgou, em nota, que vai fiscalizar seus fornecedores no Brasil e descredenciar os irregulares.

Desde 1995, mais de 40 mil trabalhadores que eram mantidos em regime análogo à escravidão foram libertados no País – a maioria deles na zona rural. Desde que as investigações começaram a ser feitas na capital paulista, quatro grandes redes varejistas de roupa foram denunciadas: Marisa, Pernambucanas, Collins e, agora, a Zara.

Informações: ESTADO DE S. PAULO

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jornal do Brasil - País - Sarney usa helicóptero da polícia em viagem particular no Maranhão

Jornal do Brasil - País - Sarney usa helicóptero da polícia em viagem particular no Maranhão

Projeto de lei prevê reserva de vagas para presidiários no Rio de Janeiro


Jornal do Brasil
Jorge Lourenço


Tramita na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro uma lei que prevê a reserva de 5% das vagas em empresas contratadas pela prefeitura para detentos em regime semiaberto.

Proposto pelo vereador Marcelo Arar (PSDB), é similar a outros que já estão em vigor pelo país. Na Bahia, deputada estadual Luiza Maia (PT) conseguiu a aprovação de uma lei semelhante, obrigando empresas de limpeza, conservação e construção civil contratadas pelo governo estadual a destinar 0,5% das vagas de trabalho para ex-detentos. Apesar da resistência de algumas empresas, Arar vê a medida como extremamente necessária.

"É essencial darmos oportunidade de vida aos que erraram. Não adianta apenas punir os criminosos e depois soltá-los. Se a sociedade não der assistência a estes indivíduos, eles voltarão para a criminalidade", defende o vereador, cujo projeto deve ser votado até o fim do ano.

fonte: JB ONLINE

Balas usadas na morte de juíza são da Polícia Militar


Projéteis recolhidos pelos peritos na cena do crime haviam sido comprados pela PM. Parte da munição teria ido para quartel de São Gonçalo, onde há suspeitos lotados

Rio - As balas usadas no assassinato da juíza Patrícia Acioli são da Polícia Militar. Os agentes da Divisão de Homicídios (DH) já sabem que os cartuchos de calibre 40 arrecadados no local da execução, em Piratininga, Niterói, são de um lote de 10 mil projéteis vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) à PM. O próximo passo da investigação é descobrir quais foram os batalhões abastecidos. Informalmente, a Secretaria de Segurança levantou que parte da munição foi distribuída para três unidades — uma delas seria o 7º BPM (São Gonçalo).
Juíza chegava em casa dirigindo um Fiat Idea quando 21 tiros foram disparados pelos assassinos, em Niterói | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

No local onde a juíza foi assassinada, no dia 11, policiais da DH encontraram cápsulas de dois calibres: 40 e 45. No entanto, só os projéteis de calibre 40 são usados pela PM. Os de calibre 45 são exclusivos das Forças Armadas. A magistrada foi atingida por 21 disparos. Segundo fontes ligadas à investigação e à cúpula da Secretaria de Segurança, como os cartuchos têm número de lote, os investigadores pediram informações à fabricante do material e souberam o nome do comprador. Na sexta-feira, a PM foi consultada pela Secretaria sobre a distribuição do lote para fazer o levantamento. Numa verificação superficial, viu que parte dos cartuchos é do estoque enviado a unidades do Interior.

>> FOTOGALERIA: Imagens do assassinato da juíza Patrícia Acioli

Para os investigadores, a informação é importante, uma vez que há suspeitas de que entre os autores do crime estejam homens que respondiam a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde Patrícia atuava. Ela participou de julgamentos de integrantes de grupos de extermínio, milícia e contravenção. Entre os envolvidos, há policiais do 7º BPM.

Corregedor na mira de milícia

Na semana em que a juíza foi morta, outra autoridade recebeu ameaças. Informações passadas ao Disque-Denúncia no dia 18 dão conta de plano para matar o corregedor-geral da PM, coronel Ronaldo Menezes.

Segundo o relato, o crime estaria sendo tramado por policiais civis e militares (entre estes, um PM reformado), todos ligados a uma milícia de Ramos, Zona Norte. Dois dos policiais citados já foram presos pela Polícia Federal.

Ainda segundo a denúncia, o motivo do crime seria a suposta prisão dos envolvidos, determinada pelo coronel Menezes. Procurado, o oficial não comentou o assunto.

Outro pedido de escolta negado

Em processo de março de 2009, o Tribunal de Justiça negou escolta para Patrícia Acioli. O despacho foi dado pela juíza Sandra Kayat, por ordem do então presidente do TJ e atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Zveiter. A decisão foi tomada ‘por não se vislumbrar a necessidade de adoção de qualquer medida extraordinária de segurança’.

Zveiter afirmou que a escolta de Patrícia foi retirada, em 2007, antes de sua gestão no TJ. Advogado da família da juíza, Técio Lins e Silva disse que vai pedir cópia do processo para ver se as informações podem ajudar nas investigações.

Reportagem de João Antônio Barros e Vania Cunha


FONTE: O DIA ONLINE

Pesquisa mostra que doença de tireoide está mal controlada no Brasil



Plantão | Publicada em 22/08/2011 às 09h07m
Antônio Marinho (amarinho@oglobo.com.br)



RIO - Pelo menos 46% dos pacientes brasileiros que sofrem de hipotireoidismo - a baixa produção de hormônios pela glândula tireoide - estão recebendo tratamento inadequado, sendo que, desse total, 28% estão insuficientemente tratados e 18,6% recebem o tratamento em excesso, segundo dados preliminares de estudo inédito que está sendo realizado pela UFRJ, Unicamp, UFPR e Universidade Federal do Ceará. E 88,4% são mulheres, segundo um dos coordenadores da pesquisa, o endocrinologista Mario Vaisman. Esses dados foram apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Tireoide, em Lima, Peru.

Estima-se que 10% da população brasileira sofrem de hipotireoidismo. No levantamento, foram analisados 1.231 pacientes - a meta é chegar a 2.500 - com idade média de 53 anos, acompanhados em centros de referência dos hospitais das quatro universidades. O estudo foi baseado na aplicação de um questionário com os dados clínicos e bioquímicos, informações socioeconômicas e nas orientações recebidas por cada paciente. E os médicos mediram o nível de hormônio TSH.

- Apesar de orientados a tomar a medicação para controle do hipotireoidismo num intervalo maior do que 30 minutos antes do café da manhã, apenas 85,4% dos pacientes seguiam à risca essa recomendação - diz Vaisman. - E as consequências do tratamento inadequado são a falta de hormônio tireoidiano. É preciso insistir na orientação correta; os médicos precisam dar mais atenção a este problema e monitorar frequentemente seus pacientes em tratamento de reposição de hormônio tireoidiano.

Ainda de acordo com o levantamento, apenas 52,1% dos pacientes sabiam que não deveriam tomar o hormônio da tireoide juntamente com outros remédios, o que pode prejudicar o tratamento.

- A literatura em diferentes continentes mostra que apenas 50% dos pacientes que precisam de reposição do hormônio da tireoide apresentam o hormônio TSH em níveis normais. Antes não havia estudo no Brasil com esta abrangência - comenta Vaisman, acrescentando que os resultados com pacientes brasileiros são semelhantes aos publicados nos Estados Unidos, na Europa e no Oriente.

A tireoide é uma glândula que fica logo abaixo do pomo-de-adão ou gogó, e seu formato lembra uma borboleta. Ela produz dois hormônios essenciais para vários órgãos: o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Esses hormônios atuam diretamente em funções como crescimento, controle de peso, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, temperatura corporal, batimentos cardíacos, eliminação de líquidos, intestinos e força muscular.

No hipotireoidismo a glândula produz muito pouca quantidade de hormônio. Para detectar hiper ou hipotireoidismo são realizadas dosagens hormonais (TSH, T4 e/ou T3) em coleta de sangue. Os principais sintomas são cansaço, fraqueza, cãibras, maior sensibilidade ao frio, lentidão, pele seca, dor de cabeça, sangramento menstrual excessivo, prisão de ventre, unhas fracas, cabelos finos e ralos.

Com a evolução da doença, a pessoa apresenta ganho de peso, prisão de ventre, redução da sensibilidade a odores e ao tato, queimação gástrica, dores musculares, falta de ar e angina.

fonte: O GLOBO

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que fazer com as crianças do crack?


As revistas Isto É e Época trazem nas edições desta semana duas matérias sobre o abrigamento compulsório, iniciativa pioneira adotada pela SMAS aqui no Rio, e que, muito em breve, pode ser espalhada pelo país.
As reportagens apresentam a análise de juristas, médicos especialistas e de defensores de direitos humanos. A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, inclusive, afirma que a iniciativa do Rio pode se tornar um exemplo positivo para todo o Brasil. Ela também observa que a Prefeitura do Rio não está cometendo ilegalidades, já que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a adoção de medidas como forma de proteção aos menores de idade.

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, também destaca a responsabilidade do Estado frente ao problema. "Não fazer é política de desassistência", afirma. Já o médico Drauzio Valela, também favorável à internação, observa que as pessoas de bom-senso estão cientes de que estamos diante de uma epidemia de crack. “A internação compulsória é um recurso extremo, e não podemos ser ingênuos e dizer que o cara fica internado três meses e vira um cidadão acima de qualquer suspeita. Muitos vão retornar ao crack. Mas, pelo menos, eles têm uma chance", diz.


Sabemos que não há respostas fáceis para o tratamento dos dependentes químicos, especialmente no caso do crack, mas, como sugere a conclusão da reportagem da Revista Época, “longe de ser uma solução ideal, a internação compulsória talvez seja a única resposta para os casos mórbidos criados pelo vício”.

Leia a íntegra das reportagens das revistas Isto É e Época.


Postado por Rodrigo Bethlem

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Abrigamento compulsório no Profissão Repórter



O programa Profissão Repórter, da TV Globo, exibiu nesta terça-feira, dia 19, a realidade de crianças e adolescentes dependentes químicos, principalmente aqueles viciados em crack. Caco Barcellos e sua equipe acompanharam durante alguns dias o trabalho que desenvolvemos aqui na SMAS. Eles registraram uma de nossas operações para a retirada desses meninos e meninas das cracolândias do Rio e também conferiram como funciona o sistema de abrigamento compulsório para os menores com dependência química.

O programa apresentou o caso de um menino de 15 anos que foi retirado da região de Manguinhos e encaminhado para um dos Centros Especializados no Atendimento à Dependência Química (CEADQs), em Guaratiba. As imagens mostraram a crise de abstinência, o abandono por parte da família e a carência de afeto que todos eles têm.

Confira o programa na íntegra:
http://g1.globo.com/videos/profissao-reporter/v/jovens-e-drogas-parte-1/1569427/

http://g1.globo.com/videos/profissao-reporter/v/jovens-e-drogas-parte-2/1569430/


Postado por Rodrigo Bethlem

Usuário de crack poderá ter internação imediata




Elton Bomfim
Ratinho Júnior
Ratinho Júnior: objetivo é dar oportunidade ao usuário.

O Projeto de Lei 440/11, em tramitação na Câmara, estabelece que o juiz, a seu critério, poderá obrigar o Poder Público a providenciar a imediata internação do usuário de crack para tratamento especializado.

A proposta, do deputado Ratinho Junior (PSC-PR), altera a Lei Antidrogas (11.343/06). A lei já diz que o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do usuário de drogas, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

Ratinho Junior afirma que o projeto busca modificar a triste realidade do viciado em crack, oferecendo uma oportunidade de internação imediata. Pela proposta, explica o deputado, cabe ao juiz avaliar a gravidade da situação e exigir do Poder Público o acolhimento imediato em instituição especializada.

Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.
Íntegra da proposta:

PL-440/2011

Reportagem – Luiz Claudio Pinheiro
Edição – Wilson Silveira

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Governo aplicou apenas 20% dos R$ 410 mi previstos para o combate às drogas




Maria Clara Prates

Publicação: 11/07/2011 07:32 Atualização: 11/07/2011 10:09
Eles já chegam à impressionante marca de 900 mil no país, formando um exército de dependentes químicos da cocaína e crack que não para de crescer, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde junho do ano passado, o governo reservou quase meio bilhão de reais para alterar a realidade, mas até agora não foram aplicados nem 20% dos recursos previstos, apesar da deficitária estrutura de atendimento. O Plano Nacional de Combate ao Crack e Outras Drogas, anunciado ainda no governo Lula, não decola. Isso, apesar de a considerável cifra de R$ 410 milhões ter sido pulverizada entre os ministérios da Justiça, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Usuários da substância ontem à tarde na Esplanada dos Ministérios: 98% dos 5,5 mil municípios do país têm dependentes (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Usuários da substância ontem à tarde na Esplanada dos Ministérios: 98% dos 5,5 mil municípios do país têm dependentes
Hoje, o Brasil sequer conhece a face de seus dependentes químicos, em especial do crack. O último levantamento oficial sobre o uso de drogas no país foi feito em 2005 e uma nova pesquisa seria concluída em março. Mais uma vez, fez água, conforme admite a própria Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad). Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em dezembro do ano passado, mostrou que 98% dos municípios brasileiros têm dependentes químicos, inclusive, de crack. Desses, apenas 14,7% têm Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e 8,4% contam com programas locais de combate ao crack.

Mesmo sem dados científicos sobre a realidade brasileira do crack, a secretária Nacional de Política sobre Drogas, Paulina Duarte, desdenhou da tese sobre o país viver uma epidemia de crack: “É uma grande bobagem.” O presidente da Comissão Especial de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), discorda. Para ele, há um endemia que deve ser tratada como crônica. “Do ponto de vista político, é melhor tratar como epidemia, aprimorar e efetivar políticas públicas do que depois correr atrás do prejuízo”, destacou.

Sem atendimento
Ainda assim, o Plano de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas deixa de contemplar cerca de 62% dos municípios brasileiros com a rede de atendimento pública a dependentes. Ele limitou o acesso às ações apenas a cidades com população acima de 20 mil habitantes, um total de 1.643 (29,5%). Para os demais, está prevista apenas a possibilidade de implantação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Anunciada com alarde pela Senad, a construção de 2,5 mil leitos em todo o país significa apenas meia vaga para cada município brasileiro. Além disso, a tentativa de lançar editais públicos para contratação de vagas de internação não surtiu efeito. Foram tantas as exigências que não houve interessados.

Financiamento das ações
Agora, a presidente Dilma tenta tomar as rédeas do processo. No último dia 22, ela prometeu incluir as entidades de combate às drogas dentro das estratégias de governo, além de criar forma de financiamento das ações. A presidente, no entanto, rejeitou proposta de criar por medida provisória uma contribuição social de 1% sobre a venda de bebida e tabaco, para financiar o Fundo Nacional de Combate às Drogas. O governo analisa agora como financiar o problema. Os R$ 410 milhões destinados ao combate às drogas no ano passado foram pulverizados entre os ministérios da Saúde, que ficou com R$ 90 milhões; da Justiça, ao qual coube R$ 220 milhões; e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que abocanhou R$ 100 milhões. Dos agraciados com a verba, apenas a pasta de Saúde diz ter gasto R$ 70 milhões dos R$ 90 milhões recebidos para a área.

Apesar da baixa execução orçamentária, a base do governo na Câmara dos Deputados pretende impedir um contigenciamento dos recursos destinados ao enfrentamento de drogas na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve entrar na pauta na próxima semana. “Primeiro é necessário trabalhar a destinação orçamentária e a qualidade da política pública e depois a baixa execução, que não corresponde com a necessidade de enfrentamento”, destacou a deputada Érika Kokay (PT-DF), que integra a Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas.

Saiba mais...
DF sofre sem verbas para programas de atendimento aos usuários de drogas
O psiquiatra Aloísio Andrade, presidente do Conselho Estadual de Política sobre Drogas de Minas Gerais, diz que é frustrante ver que os recursos do governo federal não têm conseguido alterar a realidade do assistência ao dependente no Brasil. “Enquanto patinamos sem uma política eficaz de combate à dependência química, estamos formando um exército de mulas em cabeça, soltando fogo pelas ventas", diz Andrade, se referindo aos usuários de crack.

Colaborou Débora Álvares

CCJ debate internação compulsória de crianças com dependência química

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, presidida pelo deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), realiza nesta terça-feira, 12, a partir das 14h30, audiência pública para discutir a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro de internar compulsoriamente crianças e adolescentes dependentes químicos que moram na rua. A medida está prevista na Resolução nº 20, de 27 de maio de 2011, da Secretaria Municipal de Assistência Social.

A decisão de internar compulsoriamente as crianças e os adolescentes será aplicada para aqueles que, na avaliação de especialistas, estiverem comprometidos com o uso do crack e de outras drogas psicoativas, diz a deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), que sugeriu a audiência.

A deputada lembra que, segundo a resolução, as crianças só poderão deixar os abrigos após a identificação de seus responsáveis e com a anuência de entidades como o Conselho Tutelar e as Varas da Infância.

Cabe ao Estado a função constitucional de ser presente nos espaços de ausências da família. Não pode, sob hipótese alguma, um menor ser alvo do flagelo das drogas e as autoridades responsáveis ficarem de braços cruzados por inércia, diz a deputada.

A medida, no entanto, recebeu críticas de entidades como o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Para o conselho, a internação compulsória fere direitos fundamentais de crianças e adolescentes e privilegia a atuação policial ao invés de políticas de assistência social.

Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlem;
- a secretária nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte;
- o especialista em dependência química e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Jorge Jaber;
- a juíza da 1ª Vara da Infância, Adolescência e Juventude do Rio de Janeiro Ivone Caetano;
- a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS);
- o presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).


FONTE:Extraído de Deputado Federal João Paulo

Abrigamento compulsório para viciados será tema de audiência pública em Brasília

A decisão inédita da Prefeitura do Rio de internar compulsoriamente crianças e adolescentes dependentes químicos será tema de audiência pública, nesta terça-feira, dia 12, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, às 14h30, no Plenário 1, em Brasília.

O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, irá apresentar os avanços das ações realizadas pela secretaria, a partir da adoção do novo Protocolo de Abordagem Social, de 30 de maio de 2011, que já apresenta uma redução de 86% nos números de adolescentes e crianças acolhidos nas cracolândias e em outros pontos de consumo de drogas na cidade.

- Os resultados provam que estamos no caminho certo. Estamos conseguindo reverter a situação de degradação da comunidade. É preciso agir com responsabilidade para devolver a dignidade à vida dessas pessoas. Por tudo isso, nossas ações continuam recebendo o apoio das polícias e da Justiça e despertam o interesse dos governos de vários estados que nos procuram para que o programa seja implantado em outros lugares do país - avalia Bethlem.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) tem 81 crianças e adolescentes abrigados compulsoriamente por conta do vício em drogas psicoativas, principalmente o crack. No total, são disponibilizadas 145 vagas nas instituições de atendimento especializado da rede sociassistencial do município. Desde o dia 31 de março, já foram realizadas 17 operações entre a SMAS em parceria com as polícias Civil e Militar, com a retirada de 1.111 pessoas das ruas - 894 adultos e 217 crianças e adolescentes.

A audiência na CCJ foi proposta pela deputada Solange Almeida. De acordo com a parlamentar, cabe ao Estado a função constitucional de ser presente nos espaços de ausências da família. Também foram convidados a participar do encontro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux; a secretária nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, Denise Colin; o especialista em dependência química e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Jorge Jaber; o coordenador nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori; a juíza da 1ª Vara da Infância, Adolescência e Juventude do Rio de Janeiro Ivone Caetano; a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS) e o presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).



FONTE: Prefeitura do Rio de Janeiro

Deputada vai apresentar projeto sobre internação obrigatória de criança viciada

Por Redação.. - 12.07.2011 às 21:24:00 - 36 Views



BRASÍLIA (Agência Câmara) - A experiência da cidade do Rio de Janeiro no abrigamento compulsório de crianças usuárias de crack pode servir de base para um projeto de lei na Câmara dos Deputados. Na capital fluminense, desde maio, a Secretaria Municipal de Assistência Social retira das ruas as crianças viciadas em crack. Elas são internadas com autorização da Justiça e recebem tratamento especializado para se libertar do vício. A experiência foi discutida nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a pedido da deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).

A parlamentar estuda, agora, a possibilidade de apresentar um projeto que obrigue o governo a garantir a internação compulsória de crianças e adultos viciados em crack, mesmo que eles não queiram ser internados.

A Secretaria de Assistência Social do Rio já conseguiu reduzir em 86% o número de adolescente e crianças acolhidos nas cracolândias e em outros pontos de consumo de drogas. Solange Almeida explica que o secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlem, conseguiu romper uma barreira que havia com a legislação que não permite a internação involuntária - o chamado abrigamento compulsório. “Ele conseguiu isso numa parceria com o Ministério Público, a Vara da Infância e Juventude, a Delegacia de Proteção de Crianças e Adolescentes. Ele vai à Cracolândia, onde estão os usuários de crack, e recolhe aquelas pessoas. Os menores de idade, via liminar judicial, ele consegue interná-los."

Estudo brasileiro publicado na revista da Academia Americana de Psiquiatria mostra a eficácia da internação compulsória no tratamento de dependentes químicos.

O psiquiatra Jorge Jaber, diretor da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas, estudou casos de viciados em diversos tipos de drogas - como cocaína, crack, maconha e álcool. Mesmo internados por 18 meses para tratamento contra a própria vontade, 66% dos dependentes se recuperaram do vício.

"Em relação à dependência química, havia o mito de que a pessoa deveria querer se tratar. Realmente isso acontece, mas é preciso que essa pessoa passe um período sem usar drogas para que ela recupere a capacidade mental e possa reconhecer que o tratamento é importante para ela", explicou o psiquiatra na audiência pública.

O apoio à internação compulsória para o tratamento de viciados, no entanto, não é unânime. A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), alerta para uma possível afronta aos direitos da criança, quando um juiz, e não um familiar, decide pela internação.

“Em nosso País não existem espaços para internação, não existem padrões de internação”, lembrou a parlamentar. “E nós não podemos, por ordem judicial, internar uma criança, por exemplo, numa fazenda terapêutica de uma religião distinta da sua. É preciso respeitar valores, a cultura”.

A juíza da 1ª Vara da Infância do Rio de Janeiro Ivone Caetano, que também participou do debate, discorda de Manuela d'Avila. Segundo a magistrada, a criança viciada em crack e exposta aos perigos do vício e das ruas, já não tem nenhum direito garantido. Ivone Caetano afirmou que enquanto não houver lei que permita o tratamento adequado, ela vai continuar autorizando a internação compulsória de crianças viciadas.

fonte :O REPORTER

terça-feira, 5 de julho de 2011

Assistência Social abre 720 vagas para cursos de hotelaria

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e a rede Windsor de hotéis formalizam nesta terça-feira, dia 5, às 9h30, durante as comemorações dos sete anos do Centro Municipal de Cidadania Rinaldo de Lamare, acordo de cooperação técnica para a criação do projeto Escola de Hotelaria, com 720 vagas em cursos gratuitos, destinados à população de baixa renda.
Pela parceria, serão disponibilizados cursos de camareira, mensageiro, capitão de portaria, garçom e barman. A programação completa será dividida em seis etapas, com duração de quatro meses cada etapa. A rede Windsor ficará responsável pelas aulas, fornecimento de material didático, uniformes, lanches e transporte quando necessário. A previsão de início da Escola de Hotelaria é ainda para o mês de julho e as inscrições já podem ser realizadas no próprio local.
Programação de aniversário
Durante a cerimônia de assinatura, também será realizada uma homenagem aos profissionais e colaboradores de diversos setores, que dedicaram o seu trabalho ao longo desses sete anos de existência. do Centro Municipal de Cidadania Rinaldo de Lamare. A programação especial de aniversário vai até a próxima sexta-feira, dia 8, com diversas atividades organizadas pela SMAS, como apresentações teatrais, rodas de capoeira, feira de artesanato e palestras, destinadas aos usuários da rede de proteção social do município.
Nesses sete anos de atividades, o Centro de Cidadania já atendeu a 1 milhão e 750 mil pessoas. Administrado pela SMAS, a unidade abriga cursos de capacitação profissional, acesso à educação de crianças, jovens e adultos, atendimento odontológico, escola de música, aulas de judô, atendimento às pessoas portadoras de deficiência, apoio à moradia e outras atividades voltadas para a inclusão social de pessoas com baixa renda, em especial para as comunidades da Rocinha, Vidigal e Vila Canoas, além de projetos e programas de várias secretarias e órgãos da Prefeitura do Rio.
Os órgãos municipais presentes no espaço são: secretarias municipais de Assistência Social, Educação, Trabalho e Emprego, Cultura, Saúde e Defesa Civil, da Pessoa com Deficiência, além da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudaudável e Qualidade de Vida e da Coordenadoria Especial de Promoção da Política de Prevenção a Dependência Química. O espaço conta ainda com biblioteca, centro de convenções, auditório e brinquedoteca.
Toda a programação de atividades é gratuita. Os interessados em participar dos cursos e projetos do Centro de Cidadania Rinaldo de Lamare podem se informar no local à Avenida Niemeyer, 776, em São Conrado, de 2ª a 6ª feira, das 8 às 22 horas e aos sábados, das 9 às 16 horas.

fonte : D.O do Municipio RJ.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Telefone de R$ 9,50 nas mãos da Anatel

Agência já prepara a regulamentação da novidade que vai atender 13 milhões de beneficiários do Programa Bolsa Família

POR ALESSANDRA HORTO

Rio - Está na área técnica da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o estudo das sugestões que foram enviadas pela população, durante consulta pública que tratou sobre o novo telefone popular de R$ 9,50 mensais para famílias cadastradas no Programa Bolsa Família.

Logo após a análise, caberá à equipe enviar a regulamentação para aprovação do Conselho Diretor da agência. Após essa etapa, será publicada a resolução com as novas regras. Segundo a Anatel, o cuidado para finalização dessas etapas é fundamental para o sucesso da iniciativa.

Com a mensalidade de R$ 9,50, o consumidor poderá falar 90 minutos por mês em ligações locais fixas. Com as mudanças serão beneficiadas 13 milhões de famílias.

A doméstica Marta de Almeida Pereira comemorou a novidade: “Será bom para manter mais contato com os familiares. Atualmente, não tenho telefone por falta de condições financeiras”.

As famílias que desejarem se inscrever no Bolsa Família, por meio de atendimento da Prefeitura do Rio, precisam se dirigir aos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). A localização dessas unidades pode ser consultada pelo telefone 3973-3800. É necessário que a família tenha renda mensal de até três salários mínimos.

De lupa

ISENÇÃO — O telefone popular poderá ter isenção de ICMS. O procedimento vai ficar por conta de cada Estado e a redução dos preços será arcada pelas empresas de telecomunicações.

ICMS— O imposto ainda tem grande impacto no cálculo do serviço de telefonia fixa no País. Com isso, os consumidores não conseguem baixar ainda mais as contas, mesmo após negociação.


fonte : O DIA online

sábado, 2 de julho de 2011

Procurador diz que liberação da maconha favorece o tráfico e a violência

Agência Brasil
Elaine Patricia Cruz


São Paulo - A liberação da maconha no Brasil favorecerá o tráfico e não diminuirá a violência no país, segundo o procurador de Justiça de São Paulo Marcio Sergio Christino, especialista na área de crime organizado.

“Toda medida que defende o consumo e permite a compra da droga de maneira massiva indiretamente favorece o traficante, porque ele é o grande fornecedor. Quando se aumenta o consumo, se aumenta ou se dá força àquele que tem o produto para vender”, disse o procurador à Agência Brasil.

Segundo ele, como não há diferença entre quem vende maconha e quem vende as demais drogas, é difícil imaginar que a violência poderádiminuir com a liberação do alucinógeno. “O traficante que vende maconha é o mesmo que vende o crack, que vende o óxi, que vende a cocaína. Não há diferença no mercado nesse sentido. Então, atribuir a liberação da maconha à diminuição da violência é uma afirmação aventureira.”

Um dos problemas, segundo Christino, é que a legislação brasileira sobre drogas é “esquizofrênica”. “Temos uma série de casos de diminuição de pena de forma que a pena por tráfico hoje no Brasil é a menor pena de tráfico do mundo, o que causa espanto, dado à força e ao crescimento que o tráfico tem hoje no Brasil.”

Para ele, a solução é a legislação brasileira ter como exemplo os países que defendem penas mais rigorosas para os traficantes. “Se isso acontecer, vai ter uma diminuição do tráfico. Mas definitivamente [isso não ocorrerá] com as penas e com o processo que temos hoje aqui.”

De acordo com o procurador, também é difícil supor que o Brasil possa regulamentar o plantio, a distribuição e o uso da maconha. “Nossas condições econômicas e sociais não permitem qualquer tipo de fiscalização sobre a produção desse tipo de produto. Já temos uma saúde carente, temos um Estado deficitário e é difícil atribuir ao Estado mais um ônus, que é perfeitamente dispensável.”

Christino também considera “falácia o argumento de que a maconha é uma droga leve, que pode até ser usada para fins medicinais. “É um tema polêmico na medicina, mas até hoje não se conseguiu isolar um princípio ou um determinado efeito da maconha que não possa ser feito por outras espécies de medicamentos. É mais um subterfúgio usado para justificar o consumo. Apesar de ser uma droga considerada leve, o fato é que o simples consumo da maconha já serve como elemento alterador de consciência. E isso é um fato inegável. Leve ou não, ela é uma droga”.

Na tarde de hoje (2), o Coletivo Marcha da Maconha promove uma manifestação por mudança na Lei de Drogas, na Avenida Paulista, em São Paulo. Durante a marcha, os manifestantes vão defender a regulamentação do plantio, distribuição e uso da maconha Eles também defendem que o consumo e a propaganda sejam restritos, assim como o do tabaco e do álcool.


fonte: JB online

Evento da Saúde Mental da SMAS Com participação do CREAS Arlindo Rodrigues

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CREAS - Centros de Referência Especializados de Assistência Social

Os Centros de Referência Especializados da Assistência Social - CREAS são unidades de serviços de proteção social especial (média complexidade), para atendimento de famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social.

Risco social

Estar em situação de risco pessoal e social significa ter os direitos violados, ou estar em situação de contingência (pessoa com deficiência ou idosa necessitando de atendimento especializado). Normalmente, as pessoas em situação de risco social ainda estão convivendo com suas famílias.

O atendimento, personalizado e continuado, exige intervenções especializadas, e acontece desde a escuta, feita por profissionais,psicologos,pedagogos,assistentes sociais, até os encaminhamentos para a rede de proteção social e o sistema de garantia de direitos.

Objetivos:

- Fortalecer a família função de protetora de seus membros;
- Incluir as famílias na rede de proteção social e nos serviços públicos;
- Romper com o ciclo de violência no interior da família;
- Oferecer condições para reparar danos e interromper a violação de direitos;
- Prevenir a reincidência de violações de direitos.

Nos CREAS são atendidas(os):

Crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência doméstica e/ou intrafamiliar: que acontecem nas situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência física, psicológica e negligência, afastamento do convívio familiar por medida socioeducativa ou de proteção, discriminação, e outras situações (ver pág 18 da Tipificação dos Serviços).

Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade).

Mulheres e pessoas idosas, vítimas de violência doméstica/intrafamiliar.

Famílias e indivíduos em situação de rua; com pessoas abrigadas ou egressas do acolhimento institucional; com usuários de substâncias psicoativas; com idosos atendidos em Centro Dia; ou que necessitam de serviços de habilitação e reabilitação para pessoas com deficiência.

Como acessar os serviços:

Crianças e adolescentes normalmente são encaminhados pelo Conselho Tutelar, ou por pessoas que espontaneamente buscam apoio por elas. Também podem buscar sozinhas este amparo, assim como as demais pessoas vítimas de violência,trabalho infantil.

Unidades especializadas de execução dos serviços de média complexidade a públicos específicos, em âmbito municipal. Atende crianças e adolescentes vítimas de violência sexual (e suas famílias), e do CREAS para a População em Situação de Rua.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Apoio à Recuperação do Dependente Quimico


Apoio à Recuperação do Dependente Químico
Mais um avanço no combate ao crack. A Alerj aprovou, ontem, dia 29, o projeto de lei que institui no estado o Programa de Apoio à Recuperação do Dependente Químico. A proposta prevê o desenvolvimento de uma série de atividades de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes de drogas. As ações serão desenvolvidas pela Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos que pretende firmar parceria com entidades religiosas e instituições da sociedade civil sem fins lucrativos, que já atendem usuários e dependentes químicos, por meio do Fundo Estadual de Saúde.

O projeto será enviado para o governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta. É o Estado do Rio entrando em um novo momento no combate ao crack. Mais do que combater o tráfico de drogas e acolher a quem precisa, o poder público tem a responsabilidade de promover a reinserção social desses homens e mulheres que querem se livrar do vício e buscam por uma nova oportunidade de vida.

Parcerias são sempre muito positivas. A chave da reinserção realmente eficaz, aquela que vai melhorar de fato o panorama da exclusão social é persistir na ideia e atuar em conjunto com as secretarias de Saúde e Segurança. Não é um trabalho fácil, leva tempo, mas é um trabalho que precisa ser feito. Quanto mais êxito tivermos, mais parceiros iremos conseguir. E o que mais queremos agora é que essas ações se multipliquem não só no Rio, mas em todo o país.


SMAS Rodrigo Bethlem

terça-feira, 28 de junho de 2011

SMAS retira 58 pessoas da cracolândia de Manguinhos






Realizamos mais uma operação na manhã de hoje, dia 28, desta vez, na cracolândia de Manguinhos, comunidade da Zona Norte, marcada pela violência. Com o apoio do 22º BPM, DPCA e Guarda Municipal, foram retiradas 58 pessoas (48 adultos e 10 crianças e adolescentes). Entre os adultos estavam duas mulheres grávidas. Os usuários acolhidos foram conduzidos para as unidades da rede socioassistencial da Prefeitura. As crianças passaram por uma avaliação sobre a necessidade de abrigamento compulsório. Para os adultos que manifestarem vontade de seguir para tratamento, a SMAS disponibilizará 28 vagas divididas em duas instituições parceiras, Retiro do Maranathá, em Engenho de Dentro, e Emaús, em Cordovil. Em relação às grávidas, os bebês correm risco de vida e neste caso, se elas não aceitarem o tratamento em saúde, teremos que recorrer à Justiça para solicitar o abrigamento compulsório, como aconteceu com outra gestante há algumas semanas no Jacarezinho.

Durante a operação, a polícia encontrou grande quantidade de drogas, material para o consumo de crack, facas, canivetes, tesouras e documentos roubados. A operação em Manguinhos foi resultado de um trabalho minucioso do 22º BPM, que investigou e mapeou os principais pontos de consumo de drogas na comunidade. A ação teve início às 5h e envolveu um efetivo duas vezes maior do que normalmente é utilizado. No total, foram 133 profissionais. Estas operações serão constantes, sempre com a parceria das polícias Civil e Militar. A existência de cracolândias na cidade do Rio não será encarada como algo normal pela Prefeitura.

Desde o dia 31 de março, esta foi a 16ª operação realizada em parceria com as polícias, e a 7ª após a adoção do novo Protocolo de Abordagem Social. Com o novo modelo, 49 jovens foram retirados das ruas. No total, 70 crianças e adolescentes permanecem em sistema de abrigamento compulsório.


28.06.2011 Operação Combate ao Crack . Manguinhos (7)

fonte : SMAS

“Crianças com deficiência têm as mesmas esperanças e sonhos de todas as crianças”



Special Olympics World Summer GamesNo contexto dos ‘Special Olympics World Summer Games’ – Jogos Mundiais de Verão para Pessoas com Deficiência Intelectual –, em Atenas, a ‘Special Olympics’ e o UNICEF assinaram hoje um memorando de entendimento para reforçar o empenho conjunto em defender os direitos, a dignidade e a inclusão de crianças com deficiência.

“As crianças com deficiência têm as mesmas esperanças e sonhos de todas as crianças, e o mesmo direito de tirar o máximo do seu potencial”, disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake. “A negação desse direito é uma perda, não só para as crianças, mas para nossa sociedade. O que é inadmissível. Por meio do reforço da parceria entre Special Olympics e UNICEF, nós vamos ajudar a proteger esse direito para mais crianças com deficiência e, assim, permitir a essas crianças que contribuam ainda mais para as suas comunidades e países.”

Crianças com deficiência são frequentemente alvos de discriminação e negligência, e têm negados serviços essenciais como saúde, educação entre outros. Atitudes negativas da sociedade também expõem as crianças com deficiência a um maior risco de violência, abuso e exploração. Combater a discriminação que as mantêm à margem da sociedade é fundamental para incluí-las como membros iguais e ativos de suas comunidades.

Desde 2007, UNICEF e Special Olympics têm trabalhado em conjunto para aumentar a consciência das aptidões e dos direitos das crianças com deficiência intelectual, no sentido de mudar percepções e atitudes negativas. Juntas, as duas organizações promovem a participação e o aumento das capacidades das crianças com deficiência intelectual e de suas famílias em todo o mundo, e procuram reforçar sua autossuficiência, confiança e defesa por meio de programas de esporte e serviços relacionados à saúde.

Atualmente trabalhando em conjunto em 15 países, incluindo a Grécia, UNICEF e Special Olympics esperam expandir o alcance geográfico de sua parceria. Uma prioridade é encorajar os governos para que ratifiquem e implementem a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CRPD), o primeiro tratado de direitos humanos do século 21 e o primeiro instrumento juridicamente vinculativo com a proteção integral dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo crianças. Adotada pela Assembleia Geral da ONU em 2006, essa Convenção havia sido ratificada por 100 países até maio de 2011.

Special Olympics

Special Olympics é um movimento global sem fins lucrativos que, por meio de treinamento esportivo e competições de qualidade, pretende melhorar a vida de pessoas com diferentes capacidades intelectuais e, consequentemente, a vida de todas as pessoas que as cercam.

O Special Olympics World Summer Games 2011 é um evento com mais de 7.500 atletas de 185 países, competindo em 22 esportes olímpicos, que está sendo realizado na Grécia de 25 de junho a 4 de julho.

fonte:ONU no Brasil