segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Não à Privatização da Saúde no Rio!

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) obteve, no dia 24/2/2011, uma liminar que suspendeu o processo de licitação para contratação de Organizações Sociais (OSs) para a gestão das principais emergências da Cidade que seria realizada no dia 25/02. O Secretário Municipal de Saúde alega que "as OSs são a única alternativa para resolver o problema da Saúde Pública no Município do Rio".
"Não acreditamos que esse modelo de transferência de gestão dos serviços públicos de saúde para a iniciativa privada seja a única alternativa para viabilizar atendimento de qualidade nas emergências", afirmou o Presidente do CREMERJ.
"O caminho para a solução dos problemas da Saúde Pública é o concurso com salários dignos e não alternativas temporárias", acrescentou.
Ao abrirmos os jornais, não encontramos nenhuma nota a respeito desse tema. Nem mesmo em telejornais isso foi informado ao público. Por que a Mídia não deu destaque a essa decisão judicial ? Que interesses estão sendo guardados a sete chaves? Saúde Pública no Rio de Janeiro não é matéria para Jornalismo ? A falta de médicos em diversas especialidades, a má gestão de hospitais, os escândalos de superfaturamentos, o aumento de incidência de diversas doenças como dengue, a morte de pacientes por falta de atendimento, a superlotação nos corredores das unidades de saúde e a falta de equipamentos, a implementação de um plano de carreira atrativo e salários compatíveis só podem ser resolvidos pelas OSs?
Há serviços em que o Poder Público tem a obrigação de prestar atendimento de qualidade à população, tendo em vista os elevados impostos que pagamos, pelo menos para tentar justificar essa abusiva cobrança. Não temos retorno em Educação Pública, em saúde Pública nem em outros serviços essenciais. No Brasil, a maioria das privatizações só trouxe benefícios para o lado que privatizou (Governo e empresários). O bom e atual exemplo é o da Supervia que apresenta trens em mau estado de conservação, atrasos, trens que se locomovem por 9 km sem maquinista no comando, truculência dos seguranças, pancadaria etc.
A concorrência entre a iniciativa privada e o setor público é saudável para os usuários. Além do mais, há muitas denúncias em relação aos procedimentos de muitas ONGs e OSs. Privatizar é transferir responsabilidade de gestão, pois o controle nunca é igual ao que seria se fosse puramente público. Os escândalos sobre superfaturamento em serviços prestados por essas entidades já nos servem de alerta...

Célio Lupparelli
Professor, Medico, Pedagogo, Administrador

Choque de Ordem leva 205 mijões a delegacias neste fim de semana

Redação SRZD | Rio+ | 27/02/2011 18h44

Foto: DivulgaçãoCom apoio de guardas municipais, agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) prenderam 205 pessoas que faziam xixi na rua durante desfiles de blocos de carnaval neste fim de semana. A ação faz parte da operação Choque de Ordem.

Neste domingo, no desfile do bloco "Suvaco de Cristo", no Jardim Botânico, 43 mijões - sendo 4 mulheres - foram levados para a 15ª DP (Gávea) e no desfile do "Bloco da Preta", em Ipanema, 13 foram encaminhados à 14ª DP (Leblon).

No desfile do bloco "Imagino, Agora Amassa", no Leblon, 33 mijões foram levados à delegacia no sábado. Em Ipanema, no "Simpatia É Quase Amor, 44 foram levados para a 14ª DP. Na sexta-feira, 72 foliões do "Cordão do Bola Preta" que urinavam na rua foram detidos e levados à 5ª DP (Mem de Sá).

Neste fim de semana, 266 veículos foram rebocados e 753 foram multados por estacionamento irregular em pontos da cidade onde eram realizados os blocos pré-carnavalescos. Os agentes apreenderam com vendedores ambulantes não autorizados 300 tirinhas de cachaça, 380 cervejas, 120 refrigerantes e 16 garrafas de água.

"Este ano a Prefeitura disponibilizou o triplo de banheiros químicos se comparado ao Carnaval passado. A desculpa de que faltam banheiros não cola mais. Praças, jardins e a porta das residências não podem se transformar em mictório a céu aberto. Pular Carnaval e se divertir não significa desordem", afirmou o secretário de Ordem Pública, Alex Costa.


fonte:Redação SRZD

Central do Brasil ganhará camelódromo vertical Orçada em R$ 10 milhões, obra deve começar nesta semana e durar um ano

POR CHRISTINA NASCIMENTO

Rio - Destruído em abril do ano passado num incêndio, o Camelódromo da Central do Brasil vai ganhar sede vertical. As obras, que vão durar um ano, estão previstas para começar nesta semana. Dois prédios, de três andares cada um, interligados por uma passarela — que vai cortar a Rua Bento Ribeiro, no Centro —, serão o novo endereço dos ambulantes que perderam suas lojas.

O Mercado Popular da Central, como foi batizado pela prefeitura, terá um dos prédios na Rua Bento Ribeiro e outro na Rua Coronel Audomaro Costa. A sede fica a cerca de 200 metros do terreno onde funcionava o antigo Camelódromo, na Rua Senador Pompeu.

A prioridade para ocupação do Mercado Popular será dos comerciantes desalojados no incidente. Planejado, inicialmente, para ser semelhante ao Mercadão de Madureira, o conjunto terá estrutura para parecer um shopping center. Além de elevadores de carga, haverá escadas rolantes, praça de alimentação, estacionamento e terraços com jardim.

De acordo com a RioUrbe, responsável pela obra, o investimento será de R$ 10 milhões. No camelódromo antigo, todos os 438 boxes foram demolidos em operação que durou 15 dias. Uma das suspeitas da época era que o fogo começou numa fiação elétrica.

No incêndio, 7 mil proprietários de lojas e vendedores foram atingidos. Os ambulantes tiveram tempo só para recolher o que sobrou. O Mercado Popular será maior, segundo a Prefeitura. Serão 9,7 mil m² de área construída e 607 boxes, todos com ligação de água, esgoto e energia.


fonte : O DIA

Mijões já botaram o bloco na rua mesmo antes do início oficial do carnaval no Rio




Publicada em 27/02/2011 às 17h41m
O Globo, com a colaboração das leitoras Mary Singer e Adriana Schnoor

Eu-repórter: leitor flagra mijões ao lado de banheiros químicos no Simpatia / Mary Singer

RIO - Nem bem o carnaval começou e os mijões já botaram o bloco, e muito xixi, nas ruas do Rio. No final de semana que antecede os festejos de Momo, leitores flagraram foliões se aliviando em árvores, muros e até atrás de banheiros químicos durante os desfiles do Simpatia É Quase Amor, no sábado (26), e do Suvaco de Cristo, neste domingo (27).

Na orla de Ipanema, na Zona Sul, os banheiros químicos foram utilizados do lado errado, como mostra a foto da leitora Mary Singer. "Não vi nenhuma simpatia nesta foto. Os mijões continuam fazendo xixi fora do penico. Eca!", relatou ao Eu-repórter , a seção de jornalismo participativo do GLOBO.

Todos os anos, o batuque de fevereiro também causa calafrios aos moradores da Rua Major Rubens Vaz, um dos "banheiros" prediletos dos frequentadores dos blocos do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Neste domingo, durante o desfile do Suvaco de Cristo, não foi diferente. Segundo a leitora Adriana Schoonor, uma horda de foliões apertados se revezava entre as árvores e canteiros da ruela para se aliviar.
Eu-repórter: leitor flagra mijões no Jardim Botânico / Adriana Schnoor

"A cada desfile de bloco, ano após ano, tudo se repete. Os foliões vandalizam e os moradores se desesperam, tendo que arcar com a despesa de muitos litros de água, desinfetante e a reposição das plantas dos canteiros", reclama ela, que fotografou mijões da janela do seu apartamento.

Desde o início da temporada pré-carnavalesca, nesta sexta-feira (25), a Operação Choque de Ordem deteve 205 pessoas urinando nas ruas da cidade . Somente durante a passagem do Suvaco de Cristo, agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) flagrou 43 mijões. Eles tiveram que prestar esclarecimentos na 15ª DP (Gávea). Já no Simpatia, a Prefeitura do Rio deteve 44 foliões fazendo xixi na rua.


fonte: O GLOBO

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A indecente pseudorrevitalização do Rio

Projeções feitas pelo presidente do Instituto Pereira Passos e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Felipe Góes, mostram um caixa do município bem mais robusto, com a retomada do controle dos territórios pelo estado e a incorporação à cidade formal dos 46 milhões de metros quadrados ocupados pelas 1.020 favelas do Rio. O aumento de receita é parte de um processo que economistas modernos passaram a chamar de círculo virtuoso. Só de adicionais no bolo tributário municipal, seriam R$ 90 milhões por ano. Os cálculos de Góes estimam um crescimento de 4% (R$ 50 milhões) no recolhimento de IPTU, sendo aplicada a alíquota mínima de cobrança. No ISS, o aumento seria de 1,6% (R$ 40 milhões), com a regularização de 30 mil estabelecimentos em favelas.

Como um secretário pode fazer uma afirmação desssas sabendo que somente 32% dos imóveis da cidade pagam IPTU? Hoje, dos mais de 2,2 milhões de construções residenciais e comerciais (sem contar salas) existentes na cidade – tanto no asfalto como em favelas e loteamentos irregulares, cerca de 710 mil apenas (32,22%) pagam IPTU, segundo a Secretaria Municipal de Fazenda. O próprio secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, informa que a prefeitura deixa de arrecadar cerca de R$ 150 milhões por ano.

A pergunta é: se a economia fosse revitalizada, a cidade ganhasse qualidade de vida, não seria mais fácil rever o sistema de isenções e atualizar as cobranças? Porque, como se sabe, onde a cidade funciona, como na orla marítima e na Lagoa, por exemplo, 91,5% dos imóveis pagam IPTU. Já nas zonas Norte e Oeste, onde a realidade é radicalmente diferente, esse percentual chega a ser inferior a 1% em alguns bairros.

O importante é tornar esta parte da “Cidade partida” integrante do tal ciclo virtuoso, e isso não se resolve sem um plano diretor voltado para encarar um problema que já vem de décadas. A partir desta constatação, sabendo que nada está sendo feito nesse sentido e que também nada foi feito para se dar titularidade nas áreas já ocupadas, como cobrar? Desta forma o valor calculado acima não será atingido, e o ciclo virtuoso, como fica? Cidades que se reinventaram tinham, sem exceção, um transparente plano diretor ancorado em uma atividade âncora exatamente para mobilizar toda a sociedade e se concretizar com rapidez.

O município do Rio de Janeiro tem praticamente 6 milhões de moradores (IBGE). Metade mora em favelas ou similares e não possui sequer comprovante de residência, o que ocasiona o fato de essa pessoa ser invisível à sociedade, pois ao não possuir comprovante de residência não se pode abrir sequer um crediário. Sendo que o crédito é o principio básico da economia. Ou seja, dizer que o índice de desemprego está em 5% é uma falácia criminosa. O Ipea acabou de produzir um estudo demonstrando isso. O desemprego entre os mais pobres, que era 11 vezes maior em 2005, pulou para 37 vezes mais cinco anos depois.

As pessoas não moram em favelas porque gostam e sim porque foram levadas a isso pela deterioração das políticas públicas e privadas. Com o programa das UPPs e a instalação de apenas 14 unidades, 600 mil pessoas passaram de repente à formalidade e estão pagando por isso: conta de luz (social), net, água... Ainda faltam 2,6 milhões.

Com isso, a prefeitura aproveitou e em entrou com o programa Tolerância Zero para levar também à formalidade o comércio que ronda essas pessoas, as micro e pequenas empresas. Num momento inicial tudo parece estar funcionando. Contudo, a contrapartida exigida por essa entrada na sociedade será dada pelo município e pelo estado? Sem ela o futuro do programa será comprometido.

Sabidamente, não há verba para investimento porque não há um aumento de arrecadação que permita isto, porque o setor produtivo está seriamente afetado por meio século de incúria administrativa que levou a um estado de guerra civil, que culminou com a exigência das UPPs. É o cachorro mordendo o próprio rabo. O que vamos fazer, ficar esperando que a situação se resolva sozinha? Ou vamos acordar e fazer como outras cidades que se reinventaram? Todas tinham um projeto sólido que uniu toda a sociedade. E aqui, como vai ser?

Como a indústria foi expulsa para a economia voltar a funcionar e absorver estas pessoas à formalidade, é necessário que haja um planejamento de longo prazo, com uma âncora clara, plano diretor com metas factíveis e principalmente envolvimento de todos. Deveria ser discutido por toda a sociedade, mostrando as mudanças e obviamente seus ganhos para que quando fosse implantado, obtivesse sucesso. E isso não é sequer pensado, quanto mais discutido.

Na Colômbia, de onde foi trazido o conceito das UPPs, como não houve esta contrapartida, a violência voltou e de forma mais acentuada. Na década de 90 o índice era de absurdas 80 mortes por cem mil habitantes. Com os investimentos governamentais com dinheiro americano diminuíram para 18, número ainda elevado, mas bem melhor. Hoje, com o fracasso do programa, os índices estão beirando 94 mortes por cem mil habitantes. Será que é isso que queremos pós-2016? Hoje os índices aqui no Rio são acima de 28 mortes por cem mil habitantes. São Paulo, mesmo com uma continuidade de políticas públicas de mais de 20 anos, está pouco acima de 10 mortes por cem mil habitantes. O Rio está fazendo como a ONU fez no Haiti, o minustah, mas não revitalizou a economia e os pobres comem bolachas de barro. Lá é um caldeirão a ponto de explodir; e aqui? A realidade das áreas suburbanas é diferente? Sem revitalizar os subúrbios, quando o Rio deixará de ser a “Cidade Partida”?

Está na hora de a sociedade acordar. Caso contrário, os investimentos de R$ 50 bilhões programados terão o mesmo efeito do Pan de 2007, ou seja, só elefante branco e nenhum benefício para a cidade. Tão somente a vergonha de termos perdido a última oportunidade de nos reinventarmos e de termos errado duas vezes seguidas.



Jornal do BrasilJosé Paulo Grasso*
* Engenheiro e coordenador do Movimento Acorda Rio

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dez pessoas são detidas em fiscalização no Mercado Popular da Uruguaiana

Rio - Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) realizaram, na manhã desta quarta-feira, uma fiscalização no Mercado Popular da Uruguaiana. Na ação dez pessoas foram conduzidas a delegacia e estão sendo autuadas em flagrante, por comercializarem ou estocarem produtos falsificados.

Segundo o delegado titular da especializada, Alessandro Thiers, centenas de produtos foram apreendidos dentre eles, Cd’s e Dvd’s, jogos de videogame, aparelhos eletrônicos, memória para computador, roupas e mochilas.

Ainda de acordo com o delegado, as operações no Mercado Popular da Uruguaiana serão intensificadas em dias e horários aleatórios, que tem como objetivo de acabar com a comercialização de produtos falsificados na localidade.


fonte: O DIA

Tempo de espera em emergências particulares se equipara ao das públicas: duas horas

Publicada em 23/02/2011 às 23h50m
Maria Elisa Alves


Atendimento de emergências do Hospital Souza Aguiar (Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)

RIO - Emergência lotada, demora no atendimento, pacientes revoltados que abandonam o hospital, cansados de esperar. O drama que sempre se desenrolou na porta de hospitais da rede pública do Rio tem mudado de endereço. Com o o crescimento do número de usuários de planos de saúde - dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, nos nove primeiros meses do ano passado, a adesão subiu 6,3%, o que significa um acréscimo de cerca de 2,6 milhões de pessoas em todo o Brasil -, hospitais privados passaram a sofrer os mesmos problemas. Uma equipe do GLOBO visitou, na segunda e na terça-feira, duas emergências escolhidas aleatoriamente, apenas a título de exemplo - a do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, a maior da cidade, e a do Copa D'Or, em Copacabana, uma das mais procuradas da Zona Sul - e constatou que o tempo de espera para receber atendimento tem sido semelhante nas duas unidades: duas horas em média. Em alguns casos, a emergência da rede pública foi até mais rápida.

- O atendimento está mais rápido na rede pública e demorado na privada, como um todo. Enquanto a rede pública tem conseguido desafogar os hospitais, com o programa Saúde em Família e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), as emergências da rede suplementar têm recebido mais pacientes, que não conseguem rapidez para marcar consultas pelo plano de saúde e acabam indo para o hospital. Esse modelo, que sempre foi da rede pública, está migrando para a privada - diz Pablo Queimados, diretor-secretário do Conselho Regional de Medicina (Cremerj).

Na porta do Copa D'Or, um dos hospitais, entre tantos outros privados, que sofrem com o aumento da procura, era possível perceber a insatisfação dos usuários. De dez entrevistados, seis consideraram absurdo o tempo de espera. Outros dois, embora tenham aguardado mais de duas horas, relevaram o problema diante do bom atendimento. Apenas dois pacientes foram atendidos em menos de uma hora - um senhor com artrose e um rapaz com conjuntivite, que foi passado à frente dos demais por estar com tuberculose.

Presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze diz que os hospitais privados enfrentam o mesmo problema dos públicos: a falta de pessoal. Por isso, trabalham com equipes que ficam de sobreaviso - especialistas chamados em caso de necessidade -, aumentando o tempo de espera.

Uma enfermeira faz a triagem na porta do Souza Aguiar, e casos que podem ser resolvidos em postos de saúde estão sendo, desde o ano passado, encaminhados para essas unidades. Na segunda-feira, por exemplo, um rapaz com conjuntivite foi recusado na emergência.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a respeito da percepção dos pacientes sobre o SUS, mostra que a maioria dos usuários tem avaliado positivamente a atuação da rede pública. No setor de emergência, por exemplo, 48,1% dos 2.773 entrevistados no país disseram que o serviço era bom ou muito bom, contra 31,4% que avaliaram como ruim ou muito ruim. No Sudeste, 52,8% do usuários acharam que as emergências são boas ou muito boas. A pesquisa mostrou ainda que a percepção muda: quem tem plano de saúde acha o SUS pior do que quem o usa.

fonte: O GLOBO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Camelôs e usuários flagrados com spray terão produto apreendido

Rio - Camelôs e usuários que forem flagrados portando os sprays têm os produtos apreendidos sem direito a indenização. “Agora, o carioca poderá brincar com confete e serpentina sem essa espuma, que a Unicamp já comprovou ser nociva à saúde”, garantiu Ricardo Rabelo, da Associação Folia Carioca.

Proibidos por lei municipal desde 2007 por causa do risco à saúde e confusões que geram com quem não curte a brincadeira, os sprays de espuma usados no Carnaval de rua foram alvo, ontem, de operação da prefeitura. Na Saara, Centro, e no Mercadão de Madureira, foram apreendidas 4.492 latas. Três lojas foram multadas em R$ 2 mil cada.

A operação, coordenada pela Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), foi possível após a Câmara de Vereadores derrubar liminar, obtida por comerciantes, que suspendia a eficácia da Lei 4.563. De autoria do vereador S. Ferraz (PMDB), o texto proíbe o comércio e o uso de sprays de espuma.

No momento da apreensão, de acordo com a lei, o lojista é multado em R$ 2 mil. Na reincidência, a multa dobra, e o alvará de funcionamento é suspenso por 30 dias. Depois disso, se o comerciante insistir na venda, pode ter o alvará cassado.


fonte: O DIA

Condomínio cria regra da ficha limpa para síndicos e causa controvérsia entre especialistas

Publicada em 22/02/2011 às 12h00m
O Globo

RIO - Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aprovado, em junho de 2010, a Lei da Ficha Limpa, que derruba a candidatura de políticos com condenação na Justiça, o condomínio Presidente, em Curitiba, decidiu introduzir o mesmo conceito em seu regulamento interno. O documento determina que seja proibida a candidatura a síndico ou a membro do conselho fiscal de pessoas que já administraram o condomínio e tiveram suas contas reprovadas em assembleia, ou que saíram sem prestar contas. A norma foi aprovada por unanimidade em assembleia geral extraordinária.

O edifício tem 117 apartamentos residenciais e um conjunto comercial, com seis lojas térreas. De acordo com o atual síndico, Cláudio Márcio, o regulamento interno foi criado depois de uma advogada, ex-síndica e proprietária de 35 apartamentos, ter se candidatado a síndica nas eleições de 2010, mesmo tendo acumulado três ações na justiça por irregularidades na prestação de contas do condomínio Presidente.

- Já que a Justiça tem se mostrado tão lenta e muitos corruptos se aproveitam disso para varrer para debaixo do tapete as irregularidades na administração, o condomínio criou uma norma moralizadora que será válida independentemente de quem for o síndico - explica o atual síndico do condomínio, Cláudio Márcio Araújo da Gama.

Pessoas condenadas em primeira instância em ações judiciais por fraudar o condomínio também estão incluídas. Além do conceito da ficha limpa, o regulamento prevê normas de convivência e punições mais efetivas contra infratores, preservando à defesa destes, seja em assembleia ou junto ao poder judiciário.

O vice-presidente do Sindicato de Habitação do Rio (Secovi Rio), Manoel Maia, incentiva a adoção da regra de ficha limpa para síndicos em outros condomínios e acrescenta a necessidade de se incluir a medida em convenção.

- Para aprovação de regulamento interno, não é necessário haver um quórum especial. Basta a maioria dos presentes à assembleia. Sou favorável ao regulamento por ser uma maneira de se criar um passaporte de seriedade do síndico. Mas acho que isso deveria ser incluído na convenção, pois é a lei maior do condomínio e que deve ser aprovada por dois terços dos condôminos - explica o vice-presidente do sindicato.

Já o presidente da Associação Brasileira de Administradores de Imóveis (Abadi), Pedro Carsalade, apesar de ser favorável ao conceito, questiona a sua aplicação e as lacunas deixadas pela norma.

- Acho importante haver instrumentos que certifiquem que o candidato tem ficha limpa. Mas, assim como a Lei da Ficha Limpa de políticos causa controvérsias, acho que no condomínio não é diferente. Por que uma pessoa condenada em primeira instância, e não em definitivo, não pode se candidatar? Acho que é uma norma muito subjetiva. Quando a pessoa é condenada definitivamente, aí sim, temos na mão um instrumento que dá direito ao veto da candidatura. Acho fraco usar a ficha limpa para resolver a honestidade das pessoas. Até porque, a ficha é limpa até sujá-la, concorda? - indaga o presidente da Abadi.

Para Carsalade, a fiscalização do síndico e a exigência de cumprimento de seus deveres durante o mandato são mais eficazes do que a norma do Condomínio Presidente. Além disso, ele também chama a atenção para a fragilidade do regulamento interno.

- Se a regra da ficha limpa não está na convenção do condomínio, ela pode ser anulada no dia seguinte - alerta.

FONTE: O GLOBO

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Série de mortes à sombra da cúpula da Polícia Civil Mais de 15 assassinatos serão investigados novamente pela Secretaria de Segurança


Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
No atentado a bomba contra Rogério Andrade, o contraventor, que estava no carona, escapou, mas o filho morreu | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia


POR JOÃO ANTÔNIO BARROS

Rio - O desdobramento da Operação Guilhotina promete devassar uma série de assassinatos de grande repercussão ocorridos nos últimos anos no Rio de Janeiro. São casos em que há evidências da participação de policiais civis e militares, que tinham acesso livre à cúpula da Polícia Civil, em mais de 15 homicídios. A informação sobre o envolvimento dos agentes foi encaminhada na terça-feira pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal à Secretaria Estadual de Segurança.
Entre os crimes, está o atentado ao bicheiro Rogério Andrade, em abril, na Barra da Tijuca, que liga bicheiros e policiais na contratação de um israelense para instalar e detonar a bomba no carro do contraventor, que escapou com ferimentos. Na explosão, morreu o filho de Rogério.

O relatório — com a descrição dos crimes, a forma de agir do grupo e o pedido de nova análise nas investigações — foi feito com base nas informações passadas pelos ex-informantes que ajudaram a Polícia Federal na Operação Guilhotina.

O atentado a Rogério ganha seis páginas de detalhes. Revela que o acerto final do crime foi num encontro em Duque de Caxias, onde um israelense procurado pela polícia dos Estados Unidos fechou a contratação de um amigo que veio de Israel especialmente para executar o ataque.

O crime, de acordo com o relatório, foi encomendado por dois bicheiros do Rio e contou com o auxílio de um PM, que tinha trânsito livre ao esquema de segurança de Rogério Andrade. O material para confeccionar o explosivo teria sido fornecido pelo sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho, morto ano passado por agentes da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae).

A bomba teria sido colocada no carro do bicheiro quando ele ficou parado em um estacionamento na Zona Oeste. O ‘homem-bomba’ teria parado seu carro perto e rastejado até o veículo do contraventor. É citado no relatório que o israelense enviou mensagens via MSN para o contato no Brasil com a promessa de retornar e ‘completar o serviço’.

O documento com os crimes cometidos pelos agentes investigados na Operação Guilhotina revela ainda bastidores da pistolagem no Rio de Janeiro, que inclui até um consórcio de mais de 20 homens para atuar em empreitadas. ‘Mão-de-obra’ empregada, segundo as investigações, na morte de quatro empresários e uma funcionária ligados à venda de títulos de clubes de turismo no Rio. Uma das vítimas do grupo teria sido o ex-deputado Ary Ribeiro Brum, assassinado a tiros de fuzil, na Linha Vermelha, em 2007.

Outros casos suspeitos

CAMELÓDROMO
Alexandre Frais Pereira foi morto em Caxias, em maio de 2007, e o crime estaria relacionado a disputa pelas propinas no Camelódromo, onde a vítima presidia a associação dos ambulantes. Um grupo de policiais planejava ‘tomar conta’ dos negócios e esbarrou em Alexandre. Uma semana após o crime, um almoço realizado num restaurante no Centro do Rio celebrava a criação da nova associação e a ‘parceria’ com um grupo de policiais. O encontro foi comandado por um delegado .

BRIGA NA SEGURANÇA
O relatório aponta alguns crimes na disputa pela segurança do contraventor Rogério Andrade. Um deles seria o atentado a bomba sofrido pelo sargento Ronnie Lessa, que é atribuído ao ex-sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho. O militar foi morto numa ação da Polícia Civil, no ano passado, durante uma troca de tiros num motel em Jacarepaguá. O tiroteio, segundo o relato dos informantes, teria sido uma farsa para encobrir o assassinato de ex-sargento.

BICHEIRO SUSPEITO
Outra série de assassinatos teria sido cometida, segundo o documento, a mando do bicheiro José Luiz Barros Lopes, o Zé Personal, que administra um pedaço do espólio do contraventor Valdomiro Paes Garcia, o Maninho. São cinco inquéritos citados no levantamento e, entre eles, o desaparecimento de quatro rapazes, a morte de um ex-colaborador e personalidades do samba. Alguns crimes teriam ocorrido durante a briga com o irmão de Maninho, Alcebyades Garcia, que reivindicava a administração dos negócios do irmão e do pai, Valdomiro Garcia.

SUMIÇO DA CHINESA
O documento aponta que entre os crimes atribuídos ao grupo de policiais civis e militares está o desaparecimento da chinesa Ye Goue, em junho de 2008, depois que ela trocou R$ 220 mil em U$ 130 mil dólares numa casa de câmbio, na Barra da Tijuca. O crime teria ocorrido durante uma extorsão à família da vítima.

MILÍCIA NA BAIXADA
A morte de Carlos Davi, em julho do ano passado, aparece no relatório como causa de uma crise interna em uma milícia de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. O assassinato ocorreu um dia antes de Carlos ser ouvido no Fórum da cidade para acusar dois policiais civis e dois militares — um deles, PM emprestado à Polícia Civil e lotado na Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae).

DISPUTA FATAL
A morte de dois policiais militares também está na lista dos crimes que devem ser investigados. Eles teriam sido mortos durante a divisão de 100 quilos de cocaína, apreendida durante uma extorsão a um traficante em Vitória, no Espírito Santo. Os suspeitos seriam dois PMs que durante anos foram lotados em delegacias do Rio.

Ex-PM acaba morto depois de assassinar delegado

Na lista de homicídios que sugere nova apuração, estão os que vitimaram o delegado Alcides Iantorno e o seu matador, o ex-PM Alexandre Lins de Medeiros. Conforme o documento, o policial teria sido morto depois de discutir com contraventor da Zona Norte. Um dos seguranças do bicheiro faria parte do consórcio e teria chamado um amigo para cometer o crime: o ex-PM, com quem trabalhara numa delegacia especializada e que era inimigo de Iantorno.

No plano, só ocorreu um problema: o ex-PM foi reconhecido e houve a necessidade, no dia seguinte, de ‘limpar a sujeira’. O agente ligou e combinou encontro com Alexandre, em Rocha Miranda, onde ele foi assassinado.
As armas encontradas na casa do ex-policial, detalham os informantes, pertenceriam à milícia da Favela da Praia de Ramos.

Outra forma de operar dos policiais investigados pela Operação Guilhotina, traçada na apuração da Polícia Federal, seria a de se valer das amizades na cúpula da Chefia da Polícia Civil para designar os ‘parceiros’ como responsáveis pela investigação dos assassinatos. Assim, alguns inquéritos teriam deixado a Delegacia de Homicídios do Centro para ser apurados por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, onde o efetivo de funcionários é bem menor


fonte: O DIA

Testemunha acusa Allan Turnowski de receber propina para proteger milícia e não reprimir pirataria em camelódromo

Publicada em 17/02/2011 às 01h53m
Sérgio Ramalho


RIO - Em depoimento à Polícia Federal, uma testemunha que atuou por 15 anos como informante do grupo do ex-subchefe operacional da Polícia Civil Carlos Oliveira - um dos 30 policiais presos na Operação Guilhotina - afirma que o ex-chefe da instituição, delegado Allan Turnowski, sabia de todas as ações criminosas dos agentes. X., de 41 anos, aponta Turnowski como beneficiário de um esquema sustentado por policiais ligados a milícias, contraventores e contrabandistas. No relato, ele diz ainda que o ex-chefe recebia R$ 100 mil para não reprimir a venda de produtos falsos no camelódromo da Uruguaiana, no Centro.

No fim de janeiro, os 1.508 boxes do camelódromo passaram por uma devassa da Polícia Civil e da Receita Federal. A operação fora determinada pela 6 Vara Empresarial do Tribunal de Justiça (TJ) para cumprir mandados de busca e apreensão de produtos falsificados, respondendo a solicitação do Grupo de Proteção à Marca, com sede em São Paulo. Investigações da PF apontam o envolvimento de policiais numa disputa pelo controle do mercado, acirrada com o assassinato de um dos líderes dos camelôs, Alexandre Farias Pereira, em maio de 2007. Ele teria sido morto por se recusar a pagar propina a policiais.

O relato de X. detalha também o suposto pagamento de R$ 500 mil mensais a Turnowski. A propina seria paga por um sargento PM que atuava como adido - policial militar lotado em delegacias especializadas - da Divisão Antissequestro (DAS) e domina uma milícia em Jacarepaguá, além de explorar caça-níqueis em Rio das Pedras. Segundo o informante, o PM, que mora num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, costuma participar de reuniões com policiais, entre eles Turnowski, numa badalada churrascaria do bairro e circula em veículos blindados, com escolta.

O informante não esconde o medo, devido à fama de violentos dos integrantes da quadrilha, que estariam envolvidos numa série de assassinatos. X. cita a execução do sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho, em junho passado. Segundo ele, o militar fora o responsável pela elaboração das bombas usadas no atentado ao contraventor Rogério Andrade, em abril de 2010, na Barra. Na ocasião, o filho do bicheiro morreu. Volber também teria feito a bomba que explodiu na picape Hilux do PM Rony Lessa, que perdeu a perna no episódio. X diz que o crime teria sido queima de arquivo, pois Volber negociava armas com policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) e da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae).

As investigações indicam ainda o suposto pagamento de R$ 2 milhões feito por Andrade aos policiais envolvidos na execução. A quantia seria uma recompensa pela "cabeça" do responsável pela elaboração da bomba que matou seu filho. Volber foi morto em um motel em Jacarepaguá, supostamente após reagir ao cerco montado por policiais da Decod, entre eles o PM Ivan Jorge Evangelista de Araújo, que atuava como adido e foi preso na Operação Guilhotina, acusado de vender armas a traficantes.

A vingança pela morte do filho do contraventor também teria motivado o assassinato do sargento bombeiro Antônio Carlos Macedo, em novembro passado. Ex-chefe da segurança de Andrade, ele foi executado na Avenida Sernambetiba, supostamente por três PMs, pois estaria ligado a um complô montado por PMs para matar Rogério e dominar o território onde este explora caça-níqueis.

A testemunha contou ainda que participou de uma operação nos morros de São Carlos e da Mineira, em 2008, na qual policiais de delegacias especializadas desviaram parte do material apreendido. Dos oito fuzis encontrados nas favelas, quatro foram vendidos para o chefe da segurança da Igreja Universal, que seria um PM. X. afirmou que foram apreendidos 42 mil projéteis, mas apenas três mil foram apresentados. Drogas também teriam sido roubadas pelos policiais.

O informante passou a colaborar com a PF após ter um irmão assassinado pela quadrilha. X. e sua família estão sob proteção do Ministério da Justiça. Ele era ligado ao sargento da reserva da PM Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, apontado pela PF como segundo homem no grupo do delegado Carlos Oliveira.

Em depoimento, X. diz que o grupo de policiais também sequestrava traficantes e parentes, libertados após o pagamento de resgate. Foi o caso de Carlos Eduardo Sales, o Capilé, considerado um dos principais fornecedores de drogas da Favela de Acari. Segundo X., o traficante foi preso por policiais e adidos - entre eles o sargento Afonsinho - da Drae e da Decod, que ficaram rodando por quase 12 horas com o bandido, liberado após pagar R$ 1 milhão. Metade do valor teria ficado com Afonsinho. A testemunha diz ainda que, na ocasião, Afonsinho teria se desentendido com o PM que atuava como adido na Decod por causa da divisão do dinheiro.


fonte: O GLOBO

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

LAPA X MENINOS DE RUA ... A LAPA PEDE SOCORRO

São imagens do ultimo final de semana,a Lapa precisa urgentemente de SEGURANÇA.
Não adianta revitalizar e deixar os frequentadores sem um minimo de segurança.



Ronaldo Fenômeno anuncia o fim da carreira, devido a dores, desgaste fís...

Escolha de Martha Rocha foi "praticamente uma unanimidade", diz Beltrame

Rio - Quatro dias depois de a Polícia Federal deflagrar a Operação Guilhotina — que prendeu 40 pessoas, entre elas o ex-subchefe operacional, delegado Carlos Oliveira — e gerar uma das maiores crises da história da Polícia Civil, o comando da instituição trocou de mãos. Allan Turnowski deixou o cargo após uma conversa com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e foi substituído pela delegada Martha Rocha.
Foto: Alexandre Bum / Agência O Dia
Beltrame disse estar honrado em quebrar mais um paradigma na Segurança do estado | Foto: Alexandre Bum / Agência O Dia

“Seu nome (Martha Rocha) foi praticamente uma unanimidade. Estou honrado em quebrar mais um paradigma na Segurança neste estado, ao escolher uma mulher para ocupar pela primeira vez a Chefia de Polícia Civil do Rio.

Ela foi galgada a esse cargo não por ser mulher, mas porque tem um histórico de 29 anos de Polícia Civil, praticamente vividos em todas as áreas que a instituição atua. É uma pessoa que está plenamente afinada com os nossos propósitos”, disse Beltrame, que fez questão de classificar Turnowski como grande policial e grande chefe de Polícia. “Ele deixou sua marca”.

Quase dois anos depois de assumir o cargo, Allan saiu após entrar em rota de colisão com o diretor da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), Cláudio Ferraz. O então chefe mandou lacrar a especializada para fazer uma varredura nos inquéritos. Na inspeção, foram encontrados dois procedimentos idênticos que teriam sido assinados por Ferraz. A denúncia é de que policiais da Draco participariam de esquema de propina envolvendo prefeituras e empresários.

A atitude de Allan foi encarada como retaliação, já que Ferraz foi um dos principais colaboradores da PF na investigação que culminou com a Operação Guilhotina.

Ao comentar o momento de crise em que assume o cargo, Martha afirmou não estar preocupada com quem foi preso, mas com os bons policiais. Ela ressaltou que vai continuar a limpa na polícia e, para isso, quer fortalecer a Corregedoria Interna.

“Prefiro ver o desafio por aquele policial que, quando a instituição é atingida, se sente atingido também. O bom policial deseja corregedoria forte”, enfatizou ela, acrescentando que vai investir mais na formação dos policiais. “Policial eficiente é o bem treinado”, avaliou ela. Sobre a varredura na Draco, disse que vai aguardar o fim das investigações.

“Nunca me vi como chefe de Polícia”, confessou.

Defesa da mulher e ‘caça’ a bicheiros

Até ser convidada para a Chefia de Polícia, Martha Rocha comandava a Divisão de Polícias de Atendimento à Mulher (DPAM). Ela entrou para a instituição como escrivã na década de 80 e, em 1990, fez concurso e se tornou delegada.

Em 92, participou da implantação da Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat) e, no ano seguinte, chegou ao comando do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Em 1999, foi subchefe de Polícia Civil. Em 2000, como titular da 15ª DP (Gávea), Martha foi responsável pelo inquérito que apurou o caso do ônibus 174, que resultou na morte de uma refém e do sequestrador. Na conclusão da investigação, a delegada indiciou o então comandante do Bope, José Penteado, por homicídio culposo.

Martha também ocupuou a Corregedoria da Polícia Civil. Dentro da instituição, a delegada é conhecida como uma ‘caçadora’ de contraventores. A fama começou depois de um episódio em 1994. Na época, seu chefe de gabinete, o delegado Inaldo Santana, foi preso ao tentar intermediar pagamento de propina de bicheiros ao então corregedor.

Reportagem de Isabel Boechat, Leslie Leitão e Maria Inez Magalhães

fonte: O DIA

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Marta Rocha será a nova chefe da Polícia Civil do Rio

Plantão | Publicada em 15/02/2011 às 19h30m
O Globo

RIO - Após cerca de cinco horas de reunião, a secretaria de Segurança Pública anunciou o nome do novo chefe da Polícia Civil do Rio. A delegada Marta Rocha, que já foi candidata a deputada estadual, foi escolhida pela cúpula da secretaria para substituir o delegado Allan Turnowski, que deixou o cargo quatro dias após o início da Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que já prendeu mais de 35 policiais acusados de corrupção.


fonte:O GLOBO

Turnowski compra briga com Beltrame

Infelizmente não há mais lugar na mesma polícia para Allan Turnowski e José Mariano Beltrame. Um dos dois terá que pedir pra sair. Na verdade esses dois agentes da lei nunca pertenceram a mesma corporação. Como se sabe, Allan é delegado da Polícia Civil e Beltrame, delegado federal. Eles foram se encontrar na Secretaria de Segurança Pública por obra de uma indicação de pessoas muito próximas do governador Sérgio Cabral. Turnowski não foi escolhido por Beltrame. Desde que teve início a fritura por Beltrame, em setembro do ano passado, Turnowski se ocupou de fortalecer os vínculos com o governador.

Os problemas entre Beltrame e Turnowski começaram em meados do ano passado, quando o secretário descobriu que levava bola nas costas por parte de policiais ligados ao chefe da Polícia Civil. Sem titubear, Turnowski exonerou seu então braço direito, delegado Carlos Oliveira, que retornou à Secretaria municipal da Ordem Pública. A justificativa para a exoneração foi que Oliveira não havia atingido as metas exigidas pela Secretaria de Segurança. Turnowski tentou mostrar alguma lealdade a Beltrame.

Como a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, não obteve provas contundentes contra Turnowski ele foi mantido no cargo, a despeito do constrangimento de ter sido chamado para prestar esclarecimentos sobre o que faziam de errado os policiais que eram administrativamente ligados a ele. Em qualquer país sério Turnowski cairia porque não se pode admitir que uma autoridade na polícia desconheça ilegalidades praticadas por seus subordinados. Por um dois até se entende. Mas por quatro quadrilhas que vendiam proteção para traficantes, milicianos e contraventores, é muita gente pra guardar segredo de alguma coisa. Qualquer pessoa com QI médio é capaz de perceber ou ao menos suspeitar de algo de errado que acontece ao seu redor.

A inteligência de Turnowski é com certeza acima da média. Ao notar que aumentava o calor da fritura (Beltrame disse no sábado que ninguém, nem o chefe da Polícia, tem carta branca para agir), Turnowski partiu para o ataque. Seu alvo foi justamente o delegado Claudio Ferraz, que colaborou com a Operação Guilhotina, e contava com total apoio de Beltrame. Tanto assim que o secretário tratou de convidá-lo para o novo cargo de subsecretário da Contra Inteligência - ligado à Subsecretaria de Inteligência - e levar a Draco (Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas Organizadas) para o guarda-chuva da Secretaria de Segurança. Com a medida, Beltrame pretendia dar carta branca a Ferraz para combater a banda podre na Polícia Civil. Coragem não falta a Ferraz, que foi o principal responsável por mais de 500 prisões de milicianos, policiais e ex-policiais civis e militares, que não eram incomodados desde o governo que antecedeu o de Cabral.

Convicto de que estava prestes a cair, Turnowski atacou com uma denúncia anônima para manchar seus oponentes, que alega ter recebido em casa na noite de domingo. A verdade é que essas supostas denúncias de extorsão já estavam rolando nos bastidores, mas havia fortes suspeitas de que os documentos seriam apócrifos. Não existe santo na polícia, mas o delegado Claudio Ferraz não daria tanto mole depois de botar em cana mais de cinco centenas de milicianos sedentos de vingança. Com a habilidade de um enxadrista, Turnowski deu um xeque ao usar inclusive o mesmo discurso de Beltrame: o combate à corrupção na polícia. Com certeza um golpe de mestre. Se deixasse o cargo, Turnowski cairia arrastando a imagem de outros com ele, especialmente de um que conta com o apoio de Beltrame.

O único lance mal dado por Turnowski foi quando afirmou, numa entrevista na TV, que se Ferraz fosse seu subordinado não pensaria duas vezes antes de exonerá-lo, apesar de o inquérito na Corregedoria ter sido aberto ontem e com base numa denúncia anônima - algo que os policiais detestam admitir usar, para investigar seus pares. A afirmação de Turnowski, de que exoneraria o colega, a meu ver insinua que o secretário de Segurança estaria prevaricando se não o fizesse. Com a firmeza com que apresentou as supostas denúncias envolvendo Ferraz, Turnowski tentou dar um golpe na opinião pública. Com tanto escândalo vindo à tona, muita gente não consegue mais distinguir mocinhos de bandidos. Com tanto criminoso para ser preso, é triste ver os policiais não se entenderem na cúpula. Depois da vitória celebrada na conquista do Alemão, é lamentável o nível de disputa pelo poder dentro da própria polícia.

O que Turnowski pode ter esquecido é que Beltrame, com a credibilidade conquistada pela redução dos índices de criminalidade e o relativo sucesso do projeto de pacificação de favelas, se tornou o grande avalista da política de segurança do governo Cabral, uma das pontes que o levou à reeleição. Beltrame goza de grande prestígio nas mais diversas camadas sociais do Rio e do país e essa popularidade lhe daria vantagem até mesmo numa eventual corrida política. Entre Turnowski e Beltrame, o governador Sérgio Cabral não tem dúvida de quem pode abrir espaço para suas ambições políticas. A dificuldade de Cabral será obter uma saída honrosa para Turnowski, sem deixar insatisfeitos os grupos que apoiam o chefe da Polícia e órfãos os policiais civis que têm nele um dos maiores líderes que já passaram pelo cargo.

fonte: BLOG Repórter de Crime

Chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski deixa o cargo após conversa com Beltrame

Publicada em 15/02/2011 às 13h01m
O Globo
RIO - O chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, deixou o cargo após uma longa conversa na manhã desta terça-feira com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Segundo nota da Secretaria de Segurança, a decisão foi tomada após os dois concluírem que esta seria a decisão mais adequada para preservar o bom funcionamento das instituições.

Também em nota, o secretário agradeceu publicamente a dedicação e a fidelidade do delegado Turnowski durante sua gestão.

No dia em que a Operação Guilhotina foi deflagrada, na última sexta-feira, Turnowski foi chamado a depor na Polícia Federal sobre o envolvimento de seu ex-subchefe operacional, Carlos Antônio Luiz Oliveira, com uma quadrilha ligada ao desvio e venda de armas a traficantes. Perguntado pelo delegado federal Paulo César Barcelos sobre o "suposto recebimento da quantia de R$ 200 mil" pela Chefia de Polícia Civil - propina que seria recebida por cada delegacia -, Turnowski alegou que, sendo 180 delegacias no estado, o total chegaria a um valor estratosférico, o que, por si só, desqualificaria a denúncia. Ele disse ainda que, se houvesse alguma prova de sua participação no esquema, ele teria sido preso, mas sequer foi indiciado. No entanto, depois da Operação Guilhotina, sua substituição na chefia de polícia passou a ser considerada.

Dois dias depois de prestar seu depoimento, Turnowski determinou uma devassa na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde, sob o comando do delegado Claudio Ferraz, começou parte da investigação que resultou na Operação Guilhotina. A delegacia teve as portas lacradas. A iniciativa de investigar a Draco, segundo o chefe da Polícia Civil, foi tomada a partir de denúncias sobre o suposto envolvimento da equipe do delegado Claudio Ferraz em extorsões contra empresários e prefeituras.

Turnowski ingressou na Polícia Civil em 1996, depois de passar no concurso para delegado de polícia. Desde então, ele atuou na 16ª DP (Barra da Tijuca), na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFA), sendo promovido a diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde ficou por seis anos. Neste último cargo, ele foi nomeado pelo ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins - que chegou a ser preso por formação de quadrilha e ainda responde a processo por lavagem de dinheiro - e mantido pelo sucessor dele, Gilberto Ribeiro. Ele assumiu o cargo de chefe de Polícia em março do ano passado.

Em um ano e dez meses de trabalho sob o comando de Allan, a Polícia Civil ganhou uma delegacia exclusiva para investigação de homicídios; aprimorou o atendimento nas delegacias distritais através do Dedic. Também foram feitas prisões importantes contra a milícia e houve a redução nas taxas de roubo de veículos.


fonte: O GLOBO

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Meia Hora Online - Plantão de Polícia - Mortágua e Edmundo vão ter que se explicar

Meia Hora Online - Plantão de Polícia - Mortágua e Edmundo vão ter que se explicar

Jornal do Brasil - Rio - Complexo do Alemão terá internet sem fio e gratuita

Jornal do Brasil - Rio - Complexo do Alemão terá internet sem fio e gratuita: "Complexo do Alemão terá internet sem fio e gratuita
Portal Terra

O complexo do Alemão vai ganhar acesso gratuito à internet em junho, segundo nota divulgada pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. O anúncio oficial será feito pelo secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, nesta segunda-feira, no Centro Técnico de Ensino Profissionalizante (Cetep) do Complexo do Alemão.

De acordo com o secretário, duas universidades estarão no comando da ação: a Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que firmaram parceria com o governo do Estado para a instalação de 257 antenas que cobrirão 14 favelas do conjunto.

Com um custo estimado entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, o programa Rio Estado Digital no complexo do Alemão será dividido em cinco áreas, ainda indefinidas.



– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Jornal do Brasil - Rio - Juiz dá voz de prisão a agente da Operação Lei Seca no Rio

Delegacia é lacrada por ordem do chefe de Polícia
Supostas extorsões a empresários e prefeituras estão sendo investigadas

Delegacia é lacrada por ordem do chefe de Polícia Supostas extorsões a empresários e prefeituras estão sendo investigadas

Rio - Quarenta e oito horas depois de a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, fazer uma devassa na Polícia Civil e prender 38 pessoas, entre elas o ex-subchefe de Polícia Civil, Carlos Oliveira, ontem foi a vez da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco-IE) entrar no foco. O chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, determinou que a especializada fosse lacrada para a apuração de supostas denúncias de extorsão.
Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

Duas equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estão de plantão na porta da Draco, na Gamboa, de onde ninguém sai ou entra, para evitar que qualquer documento seja retirado. Às 8h de hoje, equipe da Corregedoria Interna (Coinpol) fará buscas na sede da delegacia.

A crise na Segurança Pública do Rio, desta vez, atravessou a esfera da Polícia Civil e esbarrou na Secretaria de Segurança Pública (Seseg), já que o diretor da Draco, Claudio Ferraz, é homem de confiança do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame e, esta semana, será nomeado diretor da Contra-Inteligência da Secretaria.

>>> LEIA TAMBÉM: Futuro chefe da Draco terá novo sistema de proteção a testemunha

Desde a semana passada, a Draco não pertence mais aos quadros da Polícia Civil. Em Diário Oficial, foi publicado que a delegacia ficaria sob a responsabilidade da Seseg e colaboraria com a Corregedoria Geral Unificada (CGU) nas investigações de desvios de conduta de servidores públicos.

SECRETÁRIO FOI AVISADO
Para agir, Turnowski primeiro avisou a Beltrame que iria lacrar o cartório da delegacia. O secretário decidiu cancelar a viagem que faria hoje. Nem ele, nem Turnowski e nem Ferraz comentaram o caso.

Hoje de manhã, Ferraz, que não foi comunicado pelo chefe de Polícia sobre a decisão de lacrar a Draco, vai à Corregedoria Interna. Sob o comando de Ferraz, a Draco foi responsável pela prisão de mais de 700 milicianos, em sua maioria, policiais civis e militares.
Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia
Material apreendido pela Polícia Federal na Operação Guilhotina é apresentado na sede da PF pelo delegado Alan Dias | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

Federal apresenta material apreendido

A Polícia Federal apresentou ontem parte do material arrecadado nas buscas feitas durante a Operação Guilhotina, deflagrada na sexta-feira. Havia dois fuzis calibre 5.56, três granadas, duas carabinas, sete pistolas, um revólver, duas lunetas, 12 radiotransmissores, 49 carregadores de pistola e quatro de fuzil, além de cerca de cinco mil munições.

Parte dessas munições estava na 22ªDP (Penha). Segundo o delegado Allan Dias, foram apreendidas porque não estavam acauteladas em nome de nenhum policial, nem armazenadas no lugar correto. “Se tivéssemos feito a operação logo após a do Alemão, teríamos pego muito mais. Fizeram um verdadeiro saque lá. E revenderam armas para traficantes de facções rivais”, disse o delegado, que deve relatar o inquérito em 10 dias com o pedido de prisão de outras pessoas.

Cerca de R$ 60 mil foram apreendidos também. As investigações revelam que um PM agia como agiota e, num dia, chegava a movimentar R$ 50 mil na conta da mulher.

Ontem, o inspetor Giovanni Gaspar Fernandes se apresentou. Dos 45 mandados de prisão, 38 já foram cumpridos — dos presos, 30 são policiais.

Ontem, o prefeito Eduardo Paes voltou a comentar as acusações ao ex-subsecretário de Ordem Pública, Carlos Oliveira, um dos presos: “Graças a Deus ele não teve tempo de fazer nada. E não vamos passar a mão na cabeça de ninguém”.



fonte:O DIA

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Especialistas em gastronomia conferem receitas de ambulantes que conquistaram o público

POR KAMILLE VIOLA

Rio - Atire o primeiro “podrão” quem nunca comprou um quitute na rua na hora em que a fome apertou. E o melhor é que, numa dessas incursões, é possível descobrir verdadeiras delícias, muitas delas agora listadas no ‘Guia Carioca da Gastronomia de Rua’ (ed. Arte Ensaio, 138 págs., R$ 60), concebido e editado por Sérgio Bloch e com texto de Ines Garçoni. Levados pelo Guia Show & Lazer, especialistas em gastronomia conferiram alguns desses tesouros vendidos com muita criatividade.

O figuraça Rafael Marques há cinco anos vende, na Praia de Ipanema, o Hareburguer (de R$ 6 a R$ 8), hambúrguer de soja com receitas nada básicas. O Hare Saturno (R$ 6), feito com “hambúrguer vegetal astral, abacaxi giratório de Saturno e tomates verdes fritos”, agradou ao chef Pedro de Artagão, que comanda as cozinhas do Laguiole, no MAM, e do Soba, no Leblon. “São vários sabores. Então, a carne não faz falta”, aprovou Pedro. “É uma boa opção, porque na praia só tem coisa engordativa”, observa o chef. Rafael leva cerca de 60 ‘harebúrgueres’ no isopor. “Se tem mais movimento, a ‘haregirl’ traz mais para mim”, conta.

Erisvaldo, que vende rosca no Catete e na Glória, com o chef francês Damien Montecer, do restaurante Térèze | Foto: Felipe O´Neill/ Agência O Dia

Engraçadíssimo também é Erisvaldo Corrêa dos Santos, que abusa dos duplos sentidos para anunciar sua rosca com açúcar e canela (R$ 2) no Catete e na feira da Glória. “Eu falo: ‘Gente, acabei de queimar a rosca agora’, ou ‘Minha rosca é cheirosa e quentinha’”, conta. Em dias bons, ele vende até 400 unidades. O francês Damien Montecer, chef do Térèze, em Santa Teresa, comeu a rosca: “Ele armou uma coisa lúdica, que é a cara do carioca. Além disso, tem regularidade, faz todo dia o mesmo produto, do mesmo jeito. Isso faz sucesso”, analisa.

Há 28 anos vendendo picolé na Praia do Leblon, com marca própria, Adriano de Almeida Morais, o Morais, faz o maior sucesso no bairro. E sua especialidade, o picolé de polpa de fruta (R$ 2,50), agradou em cheio o sushiman Luis Carlos Gonçalves de Araújo, que há 16 anos trabalha no Sushi Leblon. “O picolé do Morais é maravilhoso, com boa consistência e sabor indiscutível de fruta natural”, aprova Luis Carlos. “São de frutas que eu compro na feira, na Cadeg, e só trabalho com as da época. Atualmente, os sabores são abacate, abacaxi, banana frita com canela, caju, coco, goiaba, jaca, limão, maracujá e manga”, explica Morais. Em dias de muito calor, ele leva 120 picolés no carrinho. Aos domingos, para a praia, leva 300.

Com o chapéu que lhe rendeu o apelido, Récion Gama Filho, o Curinga, prepara caipirinhas em meio a malabarismos às sextas-feiras, na Lapa, e aos sábados, na Mangueira. “É tanta gente que a minha mulher fica do meu lado, ajudando,” conta. Para uma noite na Lapa, ele carrega em geral uma caixa de vodca e dez garrafas de cachaça. O drinque vem em copo 400 ml e leva duas doses de cachaça (R$ 5), vodca comum (R$ 7) ou da marca Smirnoff (R$ 10).

Ele faz combinações como a Caipirinha do Curinga, com limão e maracujá. A sommelier Deise Novakosky, do restaurante Eça, dos supermercados Zona Sul e do ‘Happy Hour’, no GNT, provou a caipivodca de morango com hortelã. “Eu adorei, tomei assim num tapa”, conta Deise. “Muito gostosa, muito levezinha, o Curinga faz mágica”, brinca ela, fã da cultura de comida de rua: “É a cara do carioca. E, afinal, por que não?”, resume.


fonte : O DIA

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