quinta-feira, 21 de julho de 2011

Abrigamento compulsório no Profissão Repórter



O programa Profissão Repórter, da TV Globo, exibiu nesta terça-feira, dia 19, a realidade de crianças e adolescentes dependentes químicos, principalmente aqueles viciados em crack. Caco Barcellos e sua equipe acompanharam durante alguns dias o trabalho que desenvolvemos aqui na SMAS. Eles registraram uma de nossas operações para a retirada desses meninos e meninas das cracolândias do Rio e também conferiram como funciona o sistema de abrigamento compulsório para os menores com dependência química.

O programa apresentou o caso de um menino de 15 anos que foi retirado da região de Manguinhos e encaminhado para um dos Centros Especializados no Atendimento à Dependência Química (CEADQs), em Guaratiba. As imagens mostraram a crise de abstinência, o abandono por parte da família e a carência de afeto que todos eles têm.

Confira o programa na íntegra:
http://g1.globo.com/videos/profissao-reporter/v/jovens-e-drogas-parte-1/1569427/

http://g1.globo.com/videos/profissao-reporter/v/jovens-e-drogas-parte-2/1569430/


Postado por Rodrigo Bethlem

Usuário de crack poderá ter internação imediata




Elton Bomfim
Ratinho Júnior
Ratinho Júnior: objetivo é dar oportunidade ao usuário.

O Projeto de Lei 440/11, em tramitação na Câmara, estabelece que o juiz, a seu critério, poderá obrigar o Poder Público a providenciar a imediata internação do usuário de crack para tratamento especializado.

A proposta, do deputado Ratinho Junior (PSC-PR), altera a Lei Antidrogas (11.343/06). A lei já diz que o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do usuário de drogas, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

Ratinho Junior afirma que o projeto busca modificar a triste realidade do viciado em crack, oferecendo uma oportunidade de internação imediata. Pela proposta, explica o deputado, cabe ao juiz avaliar a gravidade da situação e exigir do Poder Público o acolhimento imediato em instituição especializada.

Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.
Íntegra da proposta:

PL-440/2011

Reportagem – Luiz Claudio Pinheiro
Edição – Wilson Silveira

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Governo aplicou apenas 20% dos R$ 410 mi previstos para o combate às drogas




Maria Clara Prates

Publicação: 11/07/2011 07:32 Atualização: 11/07/2011 10:09
Eles já chegam à impressionante marca de 900 mil no país, formando um exército de dependentes químicos da cocaína e crack que não para de crescer, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde junho do ano passado, o governo reservou quase meio bilhão de reais para alterar a realidade, mas até agora não foram aplicados nem 20% dos recursos previstos, apesar da deficitária estrutura de atendimento. O Plano Nacional de Combate ao Crack e Outras Drogas, anunciado ainda no governo Lula, não decola. Isso, apesar de a considerável cifra de R$ 410 milhões ter sido pulverizada entre os ministérios da Justiça, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Usuários da substância ontem à tarde na Esplanada dos Ministérios: 98% dos 5,5 mil municípios do país têm dependentes (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Usuários da substância ontem à tarde na Esplanada dos Ministérios: 98% dos 5,5 mil municípios do país têm dependentes
Hoje, o Brasil sequer conhece a face de seus dependentes químicos, em especial do crack. O último levantamento oficial sobre o uso de drogas no país foi feito em 2005 e uma nova pesquisa seria concluída em março. Mais uma vez, fez água, conforme admite a própria Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad). Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em dezembro do ano passado, mostrou que 98% dos municípios brasileiros têm dependentes químicos, inclusive, de crack. Desses, apenas 14,7% têm Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e 8,4% contam com programas locais de combate ao crack.

Mesmo sem dados científicos sobre a realidade brasileira do crack, a secretária Nacional de Política sobre Drogas, Paulina Duarte, desdenhou da tese sobre o país viver uma epidemia de crack: “É uma grande bobagem.” O presidente da Comissão Especial de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), discorda. Para ele, há um endemia que deve ser tratada como crônica. “Do ponto de vista político, é melhor tratar como epidemia, aprimorar e efetivar políticas públicas do que depois correr atrás do prejuízo”, destacou.

Sem atendimento
Ainda assim, o Plano de Enfrentamento do Crack e Outras Drogas deixa de contemplar cerca de 62% dos municípios brasileiros com a rede de atendimento pública a dependentes. Ele limitou o acesso às ações apenas a cidades com população acima de 20 mil habitantes, um total de 1.643 (29,5%). Para os demais, está prevista apenas a possibilidade de implantação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Anunciada com alarde pela Senad, a construção de 2,5 mil leitos em todo o país significa apenas meia vaga para cada município brasileiro. Além disso, a tentativa de lançar editais públicos para contratação de vagas de internação não surtiu efeito. Foram tantas as exigências que não houve interessados.

Financiamento das ações
Agora, a presidente Dilma tenta tomar as rédeas do processo. No último dia 22, ela prometeu incluir as entidades de combate às drogas dentro das estratégias de governo, além de criar forma de financiamento das ações. A presidente, no entanto, rejeitou proposta de criar por medida provisória uma contribuição social de 1% sobre a venda de bebida e tabaco, para financiar o Fundo Nacional de Combate às Drogas. O governo analisa agora como financiar o problema. Os R$ 410 milhões destinados ao combate às drogas no ano passado foram pulverizados entre os ministérios da Saúde, que ficou com R$ 90 milhões; da Justiça, ao qual coube R$ 220 milhões; e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que abocanhou R$ 100 milhões. Dos agraciados com a verba, apenas a pasta de Saúde diz ter gasto R$ 70 milhões dos R$ 90 milhões recebidos para a área.

Apesar da baixa execução orçamentária, a base do governo na Câmara dos Deputados pretende impedir um contigenciamento dos recursos destinados ao enfrentamento de drogas na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve entrar na pauta na próxima semana. “Primeiro é necessário trabalhar a destinação orçamentária e a qualidade da política pública e depois a baixa execução, que não corresponde com a necessidade de enfrentamento”, destacou a deputada Érika Kokay (PT-DF), que integra a Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas.

Saiba mais...
DF sofre sem verbas para programas de atendimento aos usuários de drogas
O psiquiatra Aloísio Andrade, presidente do Conselho Estadual de Política sobre Drogas de Minas Gerais, diz que é frustrante ver que os recursos do governo federal não têm conseguido alterar a realidade do assistência ao dependente no Brasil. “Enquanto patinamos sem uma política eficaz de combate à dependência química, estamos formando um exército de mulas em cabeça, soltando fogo pelas ventas", diz Andrade, se referindo aos usuários de crack.

Colaborou Débora Álvares

CCJ debate internação compulsória de crianças com dependência química

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, presidida pelo deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), realiza nesta terça-feira, 12, a partir das 14h30, audiência pública para discutir a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro de internar compulsoriamente crianças e adolescentes dependentes químicos que moram na rua. A medida está prevista na Resolução nº 20, de 27 de maio de 2011, da Secretaria Municipal de Assistência Social.

A decisão de internar compulsoriamente as crianças e os adolescentes será aplicada para aqueles que, na avaliação de especialistas, estiverem comprometidos com o uso do crack e de outras drogas psicoativas, diz a deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), que sugeriu a audiência.

A deputada lembra que, segundo a resolução, as crianças só poderão deixar os abrigos após a identificação de seus responsáveis e com a anuência de entidades como o Conselho Tutelar e as Varas da Infância.

Cabe ao Estado a função constitucional de ser presente nos espaços de ausências da família. Não pode, sob hipótese alguma, um menor ser alvo do flagelo das drogas e as autoridades responsáveis ficarem de braços cruzados por inércia, diz a deputada.

A medida, no entanto, recebeu críticas de entidades como o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Para o conselho, a internação compulsória fere direitos fundamentais de crianças e adolescentes e privilegia a atuação policial ao invés de políticas de assistência social.

Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlem;
- a secretária nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte;
- o especialista em dependência química e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Jorge Jaber;
- a juíza da 1ª Vara da Infância, Adolescência e Juventude do Rio de Janeiro Ivone Caetano;
- a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS);
- o presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).


FONTE:Extraído de Deputado Federal João Paulo

Abrigamento compulsório para viciados será tema de audiência pública em Brasília

A decisão inédita da Prefeitura do Rio de internar compulsoriamente crianças e adolescentes dependentes químicos será tema de audiência pública, nesta terça-feira, dia 12, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, às 14h30, no Plenário 1, em Brasília.

O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, irá apresentar os avanços das ações realizadas pela secretaria, a partir da adoção do novo Protocolo de Abordagem Social, de 30 de maio de 2011, que já apresenta uma redução de 86% nos números de adolescentes e crianças acolhidos nas cracolândias e em outros pontos de consumo de drogas na cidade.

- Os resultados provam que estamos no caminho certo. Estamos conseguindo reverter a situação de degradação da comunidade. É preciso agir com responsabilidade para devolver a dignidade à vida dessas pessoas. Por tudo isso, nossas ações continuam recebendo o apoio das polícias e da Justiça e despertam o interesse dos governos de vários estados que nos procuram para que o programa seja implantado em outros lugares do país - avalia Bethlem.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) tem 81 crianças e adolescentes abrigados compulsoriamente por conta do vício em drogas psicoativas, principalmente o crack. No total, são disponibilizadas 145 vagas nas instituições de atendimento especializado da rede sociassistencial do município. Desde o dia 31 de março, já foram realizadas 17 operações entre a SMAS em parceria com as polícias Civil e Militar, com a retirada de 1.111 pessoas das ruas - 894 adultos e 217 crianças e adolescentes.

A audiência na CCJ foi proposta pela deputada Solange Almeida. De acordo com a parlamentar, cabe ao Estado a função constitucional de ser presente nos espaços de ausências da família. Também foram convidados a participar do encontro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux; a secretária nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, Denise Colin; o especialista em dependência química e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Jorge Jaber; o coordenador nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori; a juíza da 1ª Vara da Infância, Adolescência e Juventude do Rio de Janeiro Ivone Caetano; a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS) e o presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).



FONTE: Prefeitura do Rio de Janeiro

Deputada vai apresentar projeto sobre internação obrigatória de criança viciada

Por Redação.. - 12.07.2011 às 21:24:00 - 36 Views



BRASÍLIA (Agência Câmara) - A experiência da cidade do Rio de Janeiro no abrigamento compulsório de crianças usuárias de crack pode servir de base para um projeto de lei na Câmara dos Deputados. Na capital fluminense, desde maio, a Secretaria Municipal de Assistência Social retira das ruas as crianças viciadas em crack. Elas são internadas com autorização da Justiça e recebem tratamento especializado para se libertar do vício. A experiência foi discutida nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a pedido da deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).

A parlamentar estuda, agora, a possibilidade de apresentar um projeto que obrigue o governo a garantir a internação compulsória de crianças e adultos viciados em crack, mesmo que eles não queiram ser internados.

A Secretaria de Assistência Social do Rio já conseguiu reduzir em 86% o número de adolescente e crianças acolhidos nas cracolândias e em outros pontos de consumo de drogas. Solange Almeida explica que o secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlem, conseguiu romper uma barreira que havia com a legislação que não permite a internação involuntária - o chamado abrigamento compulsório. “Ele conseguiu isso numa parceria com o Ministério Público, a Vara da Infância e Juventude, a Delegacia de Proteção de Crianças e Adolescentes. Ele vai à Cracolândia, onde estão os usuários de crack, e recolhe aquelas pessoas. Os menores de idade, via liminar judicial, ele consegue interná-los."

Estudo brasileiro publicado na revista da Academia Americana de Psiquiatria mostra a eficácia da internação compulsória no tratamento de dependentes químicos.

O psiquiatra Jorge Jaber, diretor da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas, estudou casos de viciados em diversos tipos de drogas - como cocaína, crack, maconha e álcool. Mesmo internados por 18 meses para tratamento contra a própria vontade, 66% dos dependentes se recuperaram do vício.

"Em relação à dependência química, havia o mito de que a pessoa deveria querer se tratar. Realmente isso acontece, mas é preciso que essa pessoa passe um período sem usar drogas para que ela recupere a capacidade mental e possa reconhecer que o tratamento é importante para ela", explicou o psiquiatra na audiência pública.

O apoio à internação compulsória para o tratamento de viciados, no entanto, não é unânime. A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), alerta para uma possível afronta aos direitos da criança, quando um juiz, e não um familiar, decide pela internação.

“Em nosso País não existem espaços para internação, não existem padrões de internação”, lembrou a parlamentar. “E nós não podemos, por ordem judicial, internar uma criança, por exemplo, numa fazenda terapêutica de uma religião distinta da sua. É preciso respeitar valores, a cultura”.

A juíza da 1ª Vara da Infância do Rio de Janeiro Ivone Caetano, que também participou do debate, discorda de Manuela d'Avila. Segundo a magistrada, a criança viciada em crack e exposta aos perigos do vício e das ruas, já não tem nenhum direito garantido. Ivone Caetano afirmou que enquanto não houver lei que permita o tratamento adequado, ela vai continuar autorizando a internação compulsória de crianças viciadas.

fonte :O REPORTER

terça-feira, 5 de julho de 2011

Assistência Social abre 720 vagas para cursos de hotelaria

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e a rede Windsor de hotéis formalizam nesta terça-feira, dia 5, às 9h30, durante as comemorações dos sete anos do Centro Municipal de Cidadania Rinaldo de Lamare, acordo de cooperação técnica para a criação do projeto Escola de Hotelaria, com 720 vagas em cursos gratuitos, destinados à população de baixa renda.
Pela parceria, serão disponibilizados cursos de camareira, mensageiro, capitão de portaria, garçom e barman. A programação completa será dividida em seis etapas, com duração de quatro meses cada etapa. A rede Windsor ficará responsável pelas aulas, fornecimento de material didático, uniformes, lanches e transporte quando necessário. A previsão de início da Escola de Hotelaria é ainda para o mês de julho e as inscrições já podem ser realizadas no próprio local.
Programação de aniversário
Durante a cerimônia de assinatura, também será realizada uma homenagem aos profissionais e colaboradores de diversos setores, que dedicaram o seu trabalho ao longo desses sete anos de existência. do Centro Municipal de Cidadania Rinaldo de Lamare. A programação especial de aniversário vai até a próxima sexta-feira, dia 8, com diversas atividades organizadas pela SMAS, como apresentações teatrais, rodas de capoeira, feira de artesanato e palestras, destinadas aos usuários da rede de proteção social do município.
Nesses sete anos de atividades, o Centro de Cidadania já atendeu a 1 milhão e 750 mil pessoas. Administrado pela SMAS, a unidade abriga cursos de capacitação profissional, acesso à educação de crianças, jovens e adultos, atendimento odontológico, escola de música, aulas de judô, atendimento às pessoas portadoras de deficiência, apoio à moradia e outras atividades voltadas para a inclusão social de pessoas com baixa renda, em especial para as comunidades da Rocinha, Vidigal e Vila Canoas, além de projetos e programas de várias secretarias e órgãos da Prefeitura do Rio.
Os órgãos municipais presentes no espaço são: secretarias municipais de Assistência Social, Educação, Trabalho e Emprego, Cultura, Saúde e Defesa Civil, da Pessoa com Deficiência, além da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudaudável e Qualidade de Vida e da Coordenadoria Especial de Promoção da Política de Prevenção a Dependência Química. O espaço conta ainda com biblioteca, centro de convenções, auditório e brinquedoteca.
Toda a programação de atividades é gratuita. Os interessados em participar dos cursos e projetos do Centro de Cidadania Rinaldo de Lamare podem se informar no local à Avenida Niemeyer, 776, em São Conrado, de 2ª a 6ª feira, das 8 às 22 horas e aos sábados, das 9 às 16 horas.

fonte : D.O do Municipio RJ.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Telefone de R$ 9,50 nas mãos da Anatel

Agência já prepara a regulamentação da novidade que vai atender 13 milhões de beneficiários do Programa Bolsa Família

POR ALESSANDRA HORTO

Rio - Está na área técnica da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o estudo das sugestões que foram enviadas pela população, durante consulta pública que tratou sobre o novo telefone popular de R$ 9,50 mensais para famílias cadastradas no Programa Bolsa Família.

Logo após a análise, caberá à equipe enviar a regulamentação para aprovação do Conselho Diretor da agência. Após essa etapa, será publicada a resolução com as novas regras. Segundo a Anatel, o cuidado para finalização dessas etapas é fundamental para o sucesso da iniciativa.

Com a mensalidade de R$ 9,50, o consumidor poderá falar 90 minutos por mês em ligações locais fixas. Com as mudanças serão beneficiadas 13 milhões de famílias.

A doméstica Marta de Almeida Pereira comemorou a novidade: “Será bom para manter mais contato com os familiares. Atualmente, não tenho telefone por falta de condições financeiras”.

As famílias que desejarem se inscrever no Bolsa Família, por meio de atendimento da Prefeitura do Rio, precisam se dirigir aos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). A localização dessas unidades pode ser consultada pelo telefone 3973-3800. É necessário que a família tenha renda mensal de até três salários mínimos.

De lupa

ISENÇÃO — O telefone popular poderá ter isenção de ICMS. O procedimento vai ficar por conta de cada Estado e a redução dos preços será arcada pelas empresas de telecomunicações.

ICMS— O imposto ainda tem grande impacto no cálculo do serviço de telefonia fixa no País. Com isso, os consumidores não conseguem baixar ainda mais as contas, mesmo após negociação.


fonte : O DIA online

sábado, 2 de julho de 2011

Procurador diz que liberação da maconha favorece o tráfico e a violência

Agência Brasil
Elaine Patricia Cruz


São Paulo - A liberação da maconha no Brasil favorecerá o tráfico e não diminuirá a violência no país, segundo o procurador de Justiça de São Paulo Marcio Sergio Christino, especialista na área de crime organizado.

“Toda medida que defende o consumo e permite a compra da droga de maneira massiva indiretamente favorece o traficante, porque ele é o grande fornecedor. Quando se aumenta o consumo, se aumenta ou se dá força àquele que tem o produto para vender”, disse o procurador à Agência Brasil.

Segundo ele, como não há diferença entre quem vende maconha e quem vende as demais drogas, é difícil imaginar que a violência poderádiminuir com a liberação do alucinógeno. “O traficante que vende maconha é o mesmo que vende o crack, que vende o óxi, que vende a cocaína. Não há diferença no mercado nesse sentido. Então, atribuir a liberação da maconha à diminuição da violência é uma afirmação aventureira.”

Um dos problemas, segundo Christino, é que a legislação brasileira sobre drogas é “esquizofrênica”. “Temos uma série de casos de diminuição de pena de forma que a pena por tráfico hoje no Brasil é a menor pena de tráfico do mundo, o que causa espanto, dado à força e ao crescimento que o tráfico tem hoje no Brasil.”

Para ele, a solução é a legislação brasileira ter como exemplo os países que defendem penas mais rigorosas para os traficantes. “Se isso acontecer, vai ter uma diminuição do tráfico. Mas definitivamente [isso não ocorrerá] com as penas e com o processo que temos hoje aqui.”

De acordo com o procurador, também é difícil supor que o Brasil possa regulamentar o plantio, a distribuição e o uso da maconha. “Nossas condições econômicas e sociais não permitem qualquer tipo de fiscalização sobre a produção desse tipo de produto. Já temos uma saúde carente, temos um Estado deficitário e é difícil atribuir ao Estado mais um ônus, que é perfeitamente dispensável.”

Christino também considera “falácia o argumento de que a maconha é uma droga leve, que pode até ser usada para fins medicinais. “É um tema polêmico na medicina, mas até hoje não se conseguiu isolar um princípio ou um determinado efeito da maconha que não possa ser feito por outras espécies de medicamentos. É mais um subterfúgio usado para justificar o consumo. Apesar de ser uma droga considerada leve, o fato é que o simples consumo da maconha já serve como elemento alterador de consciência. E isso é um fato inegável. Leve ou não, ela é uma droga”.

Na tarde de hoje (2), o Coletivo Marcha da Maconha promove uma manifestação por mudança na Lei de Drogas, na Avenida Paulista, em São Paulo. Durante a marcha, os manifestantes vão defender a regulamentação do plantio, distribuição e uso da maconha Eles também defendem que o consumo e a propaganda sejam restritos, assim como o do tabaco e do álcool.


fonte: JB online

Evento da Saúde Mental da SMAS Com participação do CREAS Arlindo Rodrigues

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CREAS - Centros de Referência Especializados de Assistência Social

Os Centros de Referência Especializados da Assistência Social - CREAS são unidades de serviços de proteção social especial (média complexidade), para atendimento de famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social.

Risco social

Estar em situação de risco pessoal e social significa ter os direitos violados, ou estar em situação de contingência (pessoa com deficiência ou idosa necessitando de atendimento especializado). Normalmente, as pessoas em situação de risco social ainda estão convivendo com suas famílias.

O atendimento, personalizado e continuado, exige intervenções especializadas, e acontece desde a escuta, feita por profissionais,psicologos,pedagogos,assistentes sociais, até os encaminhamentos para a rede de proteção social e o sistema de garantia de direitos.

Objetivos:

- Fortalecer a família função de protetora de seus membros;
- Incluir as famílias na rede de proteção social e nos serviços públicos;
- Romper com o ciclo de violência no interior da família;
- Oferecer condições para reparar danos e interromper a violação de direitos;
- Prevenir a reincidência de violações de direitos.

Nos CREAS são atendidas(os):

Crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência doméstica e/ou intrafamiliar: que acontecem nas situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência física, psicológica e negligência, afastamento do convívio familiar por medida socioeducativa ou de proteção, discriminação, e outras situações (ver pág 18 da Tipificação dos Serviços).

Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade).

Mulheres e pessoas idosas, vítimas de violência doméstica/intrafamiliar.

Famílias e indivíduos em situação de rua; com pessoas abrigadas ou egressas do acolhimento institucional; com usuários de substâncias psicoativas; com idosos atendidos em Centro Dia; ou que necessitam de serviços de habilitação e reabilitação para pessoas com deficiência.

Como acessar os serviços:

Crianças e adolescentes normalmente são encaminhados pelo Conselho Tutelar, ou por pessoas que espontaneamente buscam apoio por elas. Também podem buscar sozinhas este amparo, assim como as demais pessoas vítimas de violência,trabalho infantil.

Unidades especializadas de execução dos serviços de média complexidade a públicos específicos, em âmbito municipal. Atende crianças e adolescentes vítimas de violência sexual (e suas famílias), e do CREAS para a População em Situação de Rua.