quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Internautas organizam ato contra corrupção na Cinelândia



Publicada em 18/08/2011 às 16h43m
Emanuel Alencar (emanuel.alencar@oglobo.com.br)



Movimento 'Contra a Corrupção' fará ato na Cinelândia.
RIO - Na esteira da série de escândalos que já derrubou o quarto ministro do governo Dilma em dois meses e meio, um grupo de cariocas está usando a internet para organizar um ato contra a corrupção. O evento está marcado para 20 de setembro, das 17h às 20h, na Cinelândia. Uma das idealizadoras do "Todos Juntos Contra a Corrupção", Cristine Maza, diretora de uma empresa de cenografia, conta que o movimento começou há duas semanas, na rede social. O sucesso foi instantâneo:

NA WEB: Internet já tem o mapa da corrupção brasileira

FRENTE SUPRAPARTIDÁRIA: Senador Pedro Simon diz que sociedade tem que liderar movimento contra corrupção

CRUZADA: Senador lidera grupo de apoio à faxina de Dilma na corrupção

INFOGRÁFICO: Relembre os escândalos no governo Dilma

- A gente discutia na rede o porquê de não existir um movimento organizado contra a corrupção e a impunidade. Amigos embarcaram na ideia, as pessoas começaram a espalhar, virou uma loucura - conta Cris. - Já fizemos duas reuniões, em bares. A próxima será na casa de alguém.

No grupo "Todos juntos contra a corrupção", do Facebook , 460 pessoas já confirmaram presença no ato. Cris Maza diz que a escolha do local foi criteriosa:

A gente discutia na rede o porquê de não existir um movimento organizado contra a corrupção e a impunidade

- Queríamos evitar batuque e oba-oba, por isso não escolhemos a orla para a manifestação. O movimento é completamente apartidário. Vamos disponibilizar o logotipo do grupo para que os interessados possam chupar da internet e façam seus cartazes e camisetas. Todo o dinheiro investido sairá de nossos bolsos.

Ainda de acordo com a empresária, o grupo chama a atenção pela diversidade.

- São jovens, adultos, de diversas ocupações. Não dá para identificar um perfil de quem está aderindo ao movimento. Mas é claro que queremos participação maciça de jovens. Eles são a base dessa mudança. Eles precisam achar que não é bacana se corromper, que não é bacana a "lei de Gérson", que o bacana é ser honesto.

Presidente da ABI considera fundamental que movimento ganhe as ruas para conquistar legitimidade

Um dos entusiastas da frente lançada no Senado, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, disse ser fundamental que o movimento ganhe as ruas para conquistar legitimidade.

- Os que defendem interesses escusos estão encastelados. Não é fácil vencê-los. Para que a frente tenha êxito, é fundamental o apoio da população, como aconteceu no caso da Lei da Ficha Limpa. O Congresso teve que recuar e aprovar a lei depois da mobilização das ruas.

O presidente da ABI afirmou estar otimista com o movimento, que, segundo avaliou, caminhará paralelamente à CPI da Corrupção - "nosso grupo não tem o componente político-partidário da CPI". Lembrou o papel histórico da entidade:

- A ABI teve papel fundamental no processo de impeachment de Collor.

Mais informações sobre o movimento podem ser solicitadas pelo e-mail crismazarj@gmail.com


fonte: O GLOBO online

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Trabalho escravo. Sim, ainda convivemos com esse tipo de problema!




Em um mundo de beleza e vaidade encontramos um lado muito feio. Grandes marcas do mundo da moda estão sendo investigadas devido ao uso de trabalho escravo. Crianças e estrangeiros em condições ilegais se submetem ao trabalho escravo, recebem cerca de 2 reais por peça produzida num mundo que movimenta milhões de reais.

O flagrante de trabalho escravo num dos fornecedores da rede Zara no Brasil parece ser apenas a ponta do iceberg. Estão em andamento no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras 20 investigações contra grifes de roupas nacionais e internacionais.

Na oficina irregular de Americana (SP), foram encontradas peças com etiqueta da rede espanhola, o lote de roupas encontrado levou os fiscais do trabalho a investigar os 50 fornecedores da Zara no Brasil. Um deles chamou a atenção. Com apenas 20 máquinas e 20 costureiras registradas, a empresa AHA produziu mais de 50 mil peças para a rede em três meses.

Os fiscais estiveram em duas das 30 oficinas de costura dessa empresa e encontraram lá 16 bolivianos e 5 crianças, trabalhando e vivendo num ambiente sujo, apertado e sem condições mínimas de segurança.

Os trabalhadores recebiam apenas R$ 2 por peça produzida. A multinacional foi responsabilizada pelas irregularidades e terá de responder a 48 autos de infração. Ser for condenada, a multa é de R$ 1 milhão. Os dois locais foram interditados e os costureiros bolivianos, legalizados.

A AHA arcou com o pagamento de R$ 140 mil de encargos trabalhistas – uma exigência da própria Zara. A multinacional divulgou, em nota, que vai fiscalizar seus fornecedores no Brasil e descredenciar os irregulares.

Desde 1995, mais de 40 mil trabalhadores que eram mantidos em regime análogo à escravidão foram libertados no País – a maioria deles na zona rural. Desde que as investigações começaram a ser feitas na capital paulista, quatro grandes redes varejistas de roupa foram denunciadas: Marisa, Pernambucanas, Collins e, agora, a Zara.

Informações: ESTADO DE S. PAULO

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jornal do Brasil - País - Sarney usa helicóptero da polícia em viagem particular no Maranhão

Jornal do Brasil - País - Sarney usa helicóptero da polícia em viagem particular no Maranhão

Projeto de lei prevê reserva de vagas para presidiários no Rio de Janeiro


Jornal do Brasil
Jorge Lourenço


Tramita na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro uma lei que prevê a reserva de 5% das vagas em empresas contratadas pela prefeitura para detentos em regime semiaberto.

Proposto pelo vereador Marcelo Arar (PSDB), é similar a outros que já estão em vigor pelo país. Na Bahia, deputada estadual Luiza Maia (PT) conseguiu a aprovação de uma lei semelhante, obrigando empresas de limpeza, conservação e construção civil contratadas pelo governo estadual a destinar 0,5% das vagas de trabalho para ex-detentos. Apesar da resistência de algumas empresas, Arar vê a medida como extremamente necessária.

"É essencial darmos oportunidade de vida aos que erraram. Não adianta apenas punir os criminosos e depois soltá-los. Se a sociedade não der assistência a estes indivíduos, eles voltarão para a criminalidade", defende o vereador, cujo projeto deve ser votado até o fim do ano.

fonte: JB ONLINE

Balas usadas na morte de juíza são da Polícia Militar


Projéteis recolhidos pelos peritos na cena do crime haviam sido comprados pela PM. Parte da munição teria ido para quartel de São Gonçalo, onde há suspeitos lotados

Rio - As balas usadas no assassinato da juíza Patrícia Acioli são da Polícia Militar. Os agentes da Divisão de Homicídios (DH) já sabem que os cartuchos de calibre 40 arrecadados no local da execução, em Piratininga, Niterói, são de um lote de 10 mil projéteis vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) à PM. O próximo passo da investigação é descobrir quais foram os batalhões abastecidos. Informalmente, a Secretaria de Segurança levantou que parte da munição foi distribuída para três unidades — uma delas seria o 7º BPM (São Gonçalo).
Juíza chegava em casa dirigindo um Fiat Idea quando 21 tiros foram disparados pelos assassinos, em Niterói | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

No local onde a juíza foi assassinada, no dia 11, policiais da DH encontraram cápsulas de dois calibres: 40 e 45. No entanto, só os projéteis de calibre 40 são usados pela PM. Os de calibre 45 são exclusivos das Forças Armadas. A magistrada foi atingida por 21 disparos. Segundo fontes ligadas à investigação e à cúpula da Secretaria de Segurança, como os cartuchos têm número de lote, os investigadores pediram informações à fabricante do material e souberam o nome do comprador. Na sexta-feira, a PM foi consultada pela Secretaria sobre a distribuição do lote para fazer o levantamento. Numa verificação superficial, viu que parte dos cartuchos é do estoque enviado a unidades do Interior.

>> FOTOGALERIA: Imagens do assassinato da juíza Patrícia Acioli

Para os investigadores, a informação é importante, uma vez que há suspeitas de que entre os autores do crime estejam homens que respondiam a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde Patrícia atuava. Ela participou de julgamentos de integrantes de grupos de extermínio, milícia e contravenção. Entre os envolvidos, há policiais do 7º BPM.

Corregedor na mira de milícia

Na semana em que a juíza foi morta, outra autoridade recebeu ameaças. Informações passadas ao Disque-Denúncia no dia 18 dão conta de plano para matar o corregedor-geral da PM, coronel Ronaldo Menezes.

Segundo o relato, o crime estaria sendo tramado por policiais civis e militares (entre estes, um PM reformado), todos ligados a uma milícia de Ramos, Zona Norte. Dois dos policiais citados já foram presos pela Polícia Federal.

Ainda segundo a denúncia, o motivo do crime seria a suposta prisão dos envolvidos, determinada pelo coronel Menezes. Procurado, o oficial não comentou o assunto.

Outro pedido de escolta negado

Em processo de março de 2009, o Tribunal de Justiça negou escolta para Patrícia Acioli. O despacho foi dado pela juíza Sandra Kayat, por ordem do então presidente do TJ e atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Zveiter. A decisão foi tomada ‘por não se vislumbrar a necessidade de adoção de qualquer medida extraordinária de segurança’.

Zveiter afirmou que a escolta de Patrícia foi retirada, em 2007, antes de sua gestão no TJ. Advogado da família da juíza, Técio Lins e Silva disse que vai pedir cópia do processo para ver se as informações podem ajudar nas investigações.

Reportagem de João Antônio Barros e Vania Cunha


FONTE: O DIA ONLINE

Pesquisa mostra que doença de tireoide está mal controlada no Brasil



Plantão | Publicada em 22/08/2011 às 09h07m
Antônio Marinho (amarinho@oglobo.com.br)



RIO - Pelo menos 46% dos pacientes brasileiros que sofrem de hipotireoidismo - a baixa produção de hormônios pela glândula tireoide - estão recebendo tratamento inadequado, sendo que, desse total, 28% estão insuficientemente tratados e 18,6% recebem o tratamento em excesso, segundo dados preliminares de estudo inédito que está sendo realizado pela UFRJ, Unicamp, UFPR e Universidade Federal do Ceará. E 88,4% são mulheres, segundo um dos coordenadores da pesquisa, o endocrinologista Mario Vaisman. Esses dados foram apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Tireoide, em Lima, Peru.

Estima-se que 10% da população brasileira sofrem de hipotireoidismo. No levantamento, foram analisados 1.231 pacientes - a meta é chegar a 2.500 - com idade média de 53 anos, acompanhados em centros de referência dos hospitais das quatro universidades. O estudo foi baseado na aplicação de um questionário com os dados clínicos e bioquímicos, informações socioeconômicas e nas orientações recebidas por cada paciente. E os médicos mediram o nível de hormônio TSH.

- Apesar de orientados a tomar a medicação para controle do hipotireoidismo num intervalo maior do que 30 minutos antes do café da manhã, apenas 85,4% dos pacientes seguiam à risca essa recomendação - diz Vaisman. - E as consequências do tratamento inadequado são a falta de hormônio tireoidiano. É preciso insistir na orientação correta; os médicos precisam dar mais atenção a este problema e monitorar frequentemente seus pacientes em tratamento de reposição de hormônio tireoidiano.

Ainda de acordo com o levantamento, apenas 52,1% dos pacientes sabiam que não deveriam tomar o hormônio da tireoide juntamente com outros remédios, o que pode prejudicar o tratamento.

- A literatura em diferentes continentes mostra que apenas 50% dos pacientes que precisam de reposição do hormônio da tireoide apresentam o hormônio TSH em níveis normais. Antes não havia estudo no Brasil com esta abrangência - comenta Vaisman, acrescentando que os resultados com pacientes brasileiros são semelhantes aos publicados nos Estados Unidos, na Europa e no Oriente.

A tireoide é uma glândula que fica logo abaixo do pomo-de-adão ou gogó, e seu formato lembra uma borboleta. Ela produz dois hormônios essenciais para vários órgãos: o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Esses hormônios atuam diretamente em funções como crescimento, controle de peso, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, temperatura corporal, batimentos cardíacos, eliminação de líquidos, intestinos e força muscular.

No hipotireoidismo a glândula produz muito pouca quantidade de hormônio. Para detectar hiper ou hipotireoidismo são realizadas dosagens hormonais (TSH, T4 e/ou T3) em coleta de sangue. Os principais sintomas são cansaço, fraqueza, cãibras, maior sensibilidade ao frio, lentidão, pele seca, dor de cabeça, sangramento menstrual excessivo, prisão de ventre, unhas fracas, cabelos finos e ralos.

Com a evolução da doença, a pessoa apresenta ganho de peso, prisão de ventre, redução da sensibilidade a odores e ao tato, queimação gástrica, dores musculares, falta de ar e angina.

fonte: O GLOBO

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que fazer com as crianças do crack?


As revistas Isto É e Época trazem nas edições desta semana duas matérias sobre o abrigamento compulsório, iniciativa pioneira adotada pela SMAS aqui no Rio, e que, muito em breve, pode ser espalhada pelo país.
As reportagens apresentam a análise de juristas, médicos especialistas e de defensores de direitos humanos. A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, inclusive, afirma que a iniciativa do Rio pode se tornar um exemplo positivo para todo o Brasil. Ela também observa que a Prefeitura do Rio não está cometendo ilegalidades, já que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a adoção de medidas como forma de proteção aos menores de idade.

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, também destaca a responsabilidade do Estado frente ao problema. "Não fazer é política de desassistência", afirma. Já o médico Drauzio Valela, também favorável à internação, observa que as pessoas de bom-senso estão cientes de que estamos diante de uma epidemia de crack. “A internação compulsória é um recurso extremo, e não podemos ser ingênuos e dizer que o cara fica internado três meses e vira um cidadão acima de qualquer suspeita. Muitos vão retornar ao crack. Mas, pelo menos, eles têm uma chance", diz.


Sabemos que não há respostas fáceis para o tratamento dos dependentes químicos, especialmente no caso do crack, mas, como sugere a conclusão da reportagem da Revista Época, “longe de ser uma solução ideal, a internação compulsória talvez seja a única resposta para os casos mórbidos criados pelo vício”.

Leia a íntegra das reportagens das revistas Isto É e Época.


Postado por Rodrigo Bethlem