terça-feira, 24 de março de 2009

ERA LULA

Data: 30/07/2007 Autor: Waldomiro Cavalcanti da Silva - Diretor do CENPRE

A ERA LULA

( Editorial )

A era Lula se caracteriza com uma fase, aparentemente, amorfa de nossa História. Isso significa dizer, que o País vive uma fase de, aparente, estabilidade, mas que, em essência, a sua realidade é turbulenta econômica, social e politicamente.
A sua política econômica é a mais conservadora, desde o fim do Império e o início da República, porque a sua gestão está, substancialmente, orientada para satisfazer a gula insaciável dos interesses escusos dos exportadores e do capital financeiro.
Seguindo uma lógica econômica nociva aos interesses da ampla maioria do povo brasileiro, o Exmo. Sr. Luiz Inácio Lula da Silva – atual presidente da República – tende a se tornar uma figura extremamente impopular no seio das massas.
A Revolução Francesa de 1789 subtraiu o privilégio da nobreza de cobrar imposto em benefício próprio, impondo-lhe, além do mais, a lei que a obrigava, inclusive, a pagar impostos.
A partir de então, a República foi edificada, tendo como sua base econômica o referido montante tributário.
A propriedade privada dos meios de produção foi confirmada como um direito natural.
Assim sendo, um governo republicano é julgado, politicamente, pela forma como o mesmo gerencia essa massa tributária. Daí, a sua “representatividade” ser aquilatada de acordo com a sua postura relativa ao gerenciamento dessa massa tributária arrecadada
A referência básica para esse julgamento está atrelada aos interesses nacionais, quando esse julgamento provem dos setores populares.
O Primeiro Mandatário Brasileiro – Luiz Inácio Lula da Silva – renega esse princípio elementar da República Representativa, destinando a massa tributária arrecadada para os setores exportadores e o capital financeiro, reservando, demagogicamente, algumas migalhas para os indigentes sociais.
Em decorrência disso, o mesmo conseguiu criar uma situação de paralisia do processo de desenvolvimento nacional, fazendo engendrar uma caótica situação de decomposição de algumas estruturas que já se haviam configurado:
a) a moral pública ( corrupção generalizada)
b) os direitos públicos coletivos ( as bicicletas trafegam, normalmente, pelas calçadas);
c) a transferência do poder de mando do executivo para a mídia;
d) falência da ordem pública; ( falência do ensino público e da saúde pública)
e) a cultura nacional está encolhendo, rapidamente. No entanto, o citado fenômeno vem revelando uma acirrada resistência, expressa no regionalismo cultural, onde Pernambuco desponta como o principal foco de resistência.
Aliás, Lula foi uma opção das elites dominantes, por falta de uma outra alternativa político-eleitoral favorável. Por isso mesmo, é pertinente a repetição da frase, atribuída a um monarca absolutista da França, que teria dito, num momento de insanidade: “Depois de mim, o dilúvio”.

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