sexta-feira, 27 de março de 2009

COMÉRCIO AMBULANTE

Permanências e tranformações


Tópico enviado por Yvelise Moura
28/10/2008 - 18h11m



O COMÈRCIO DO RIO DE JANEIRO
No Rio de Janeiro do início do século XVII nascia uma incipiente forma de comércio na beira da praia, as mercadorias dos navios europeus eram disputadíssimas: vinho, veludos, tafetá, azeitonas, vinagre e chapéus .... Apesar dos entraves legais e das atribulações políticas e econômicas, no final do século seguinte o comércio já transformaria negociantes num grupo próspero e respeitado que formava a elite carioca ao lado de burocratas e proprietários rurais. A partir daí, uma série de medidas favoreceria o crescimento das atividades comerciais, sendo um das mais importantes o decreto de 1810 que suspenderia a proibição das vendas de mercadorias nas residências e nas vias públicas; o comércio ambulante incorporaria à paisagem urbana os escravos de ganho (trabalhavam para seus senhores) e os negros libertos que percorriam as ruas vendendo capim, milho, aves, frutas, legumes, verduras, refrescos e doces e seriam sucedidos pelos imigrantes- mascates que vendiam tecidos, miudezas e bijuterias à prestação. Em 1822, 1.600 casas de negócio estavam licenciadas no Rio de Janeiro e em 1843 o número já chegava aos 4.700 entre tabernas, lojas de fazendas e modas, cabeleireiros, floriculturas, charutarias, hotéis, joalherias e outras. A maior parte dos comerciantes se concentrava nas ruas Sete de Setembro, Miguel Couto e Ouvidor e a sede de sua primeira organização, obra do arquiteto francês Montigny, abriga hoje a Casa França-Brasil. O Rio de Janeiro de 1920, que já se aproximava do primeiro milhão de habitantes, possuía um crescente eixo das linhas de bonde e de trem, assistia a multiplicação dos automóveis e tinha um forte comércio em áreas tradicionalmente demarcadas. Essas áreas resistiram até os anos 50 do século XX, quando surgiram as primeiras galerias, as grandes cadeias de lojas e, por fim, os shopping-centers... As dificuldades crescentes de deslocamento e estacionamento favoreceram essa diversificação e sofisticação dos pólos comerciais de bairro, o primeiro shopping center da cidade foi inaugurado em 1965 no Méier, que junto com, Tijuca, Copacabana e Madureira substituíram definitivamente o centro e passaram a concentrar a oferta de bens e serviços e a atender aos bairros vizinhos. Entretanto, quando o Barrashopping, que já não sei se é mais o maior shopping do Rio, construiu uma réplica do antigo Mercado da Praça XV ficou aquela pergunta no ar... saudades do comércio do Rio Antigo?





Parabéns!Tópico recomendado com sucesso!

Um comentário:

Yvelise Ramos Ribeiro de Moura disse...

Eu sou a Yvelise Ramos Ribeiro de Moura que escreveu o texto sobre o comércio do Rio de Janeiro na minha comunidade PESQUISA HISTÓRICA no Globonliners (em fase de extinção) e fiquei surpresa ao vê-lo publicado aqui... Prazer em ser lida e conhecer mais este "sítio" com intereses históricos.