segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que fazer com as crianças do crack?


As revistas Isto É e Época trazem nas edições desta semana duas matérias sobre o abrigamento compulsório, iniciativa pioneira adotada pela SMAS aqui no Rio, e que, muito em breve, pode ser espalhada pelo país.
As reportagens apresentam a análise de juristas, médicos especialistas e de defensores de direitos humanos. A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, inclusive, afirma que a iniciativa do Rio pode se tornar um exemplo positivo para todo o Brasil. Ela também observa que a Prefeitura do Rio não está cometendo ilegalidades, já que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a adoção de medidas como forma de proteção aos menores de idade.

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, também destaca a responsabilidade do Estado frente ao problema. "Não fazer é política de desassistência", afirma. Já o médico Drauzio Valela, também favorável à internação, observa que as pessoas de bom-senso estão cientes de que estamos diante de uma epidemia de crack. “A internação compulsória é um recurso extremo, e não podemos ser ingênuos e dizer que o cara fica internado três meses e vira um cidadão acima de qualquer suspeita. Muitos vão retornar ao crack. Mas, pelo menos, eles têm uma chance", diz.


Sabemos que não há respostas fáceis para o tratamento dos dependentes químicos, especialmente no caso do crack, mas, como sugere a conclusão da reportagem da Revista Época, “longe de ser uma solução ideal, a internação compulsória talvez seja a única resposta para os casos mórbidos criados pelo vício”.

Leia a íntegra das reportagens das revistas Isto É e Época.


Postado por Rodrigo Bethlem

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