terça-feira, 23 de agosto de 2011

Trabalho escravo. Sim, ainda convivemos com esse tipo de problema!




Em um mundo de beleza e vaidade encontramos um lado muito feio. Grandes marcas do mundo da moda estão sendo investigadas devido ao uso de trabalho escravo. Crianças e estrangeiros em condições ilegais se submetem ao trabalho escravo, recebem cerca de 2 reais por peça produzida num mundo que movimenta milhões de reais.

O flagrante de trabalho escravo num dos fornecedores da rede Zara no Brasil parece ser apenas a ponta do iceberg. Estão em andamento no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras 20 investigações contra grifes de roupas nacionais e internacionais.

Na oficina irregular de Americana (SP), foram encontradas peças com etiqueta da rede espanhola, o lote de roupas encontrado levou os fiscais do trabalho a investigar os 50 fornecedores da Zara no Brasil. Um deles chamou a atenção. Com apenas 20 máquinas e 20 costureiras registradas, a empresa AHA produziu mais de 50 mil peças para a rede em três meses.

Os fiscais estiveram em duas das 30 oficinas de costura dessa empresa e encontraram lá 16 bolivianos e 5 crianças, trabalhando e vivendo num ambiente sujo, apertado e sem condições mínimas de segurança.

Os trabalhadores recebiam apenas R$ 2 por peça produzida. A multinacional foi responsabilizada pelas irregularidades e terá de responder a 48 autos de infração. Ser for condenada, a multa é de R$ 1 milhão. Os dois locais foram interditados e os costureiros bolivianos, legalizados.

A AHA arcou com o pagamento de R$ 140 mil de encargos trabalhistas – uma exigência da própria Zara. A multinacional divulgou, em nota, que vai fiscalizar seus fornecedores no Brasil e descredenciar os irregulares.

Desde 1995, mais de 40 mil trabalhadores que eram mantidos em regime análogo à escravidão foram libertados no País – a maioria deles na zona rural. Desde que as investigações começaram a ser feitas na capital paulista, quatro grandes redes varejistas de roupa foram denunciadas: Marisa, Pernambucanas, Collins e, agora, a Zara.

Informações: ESTADO DE S. PAULO

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