Ricardo Feltrin
Colunista do UOL
Num discurso de nove minutos, improvisado, o pastor pentecostal Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, atacou pesadamente a Igreja Universal do Reino de Deus por causa da chamada "guerra das TVs". Dizendo-se imbuído (por Deus) da missão de defender o povo evangélico da guerra de duas emissoras, Malafaia comparou a Record com um império do mal. A Globo foi poupada. O discurso aparece em um vídeo gravado no final de 2007 que voltou a circular na internet.
Líder evangélico ataca Igreja Universal"Deus me levantou para falar", começou. "Como é que uma igreja investe milhões numa TV só pra ganhar audiência? Todo tipo de imoralidade numa TV bancada com dinheiro de oferta e de dízimo?"
Malafaia, que é famoso por sua oratória no meio evangélico, mandou ainda um recado pessoal para Edir Macedo.
"Vou te dizer... Lúcifer, Satanás... Eles caíram por três motivos, irmão: soberba, multiplicação do seu comércio e poder. Estou vendo a história se repetir com vocês."
O evangélico também cobrou da Universal menos empenho em ganhar dinheiro e mais "em pregar a palavra" de Deus. "Vocês estão perdendo o foco (como igreja)", criticou.
"Estou dando alerta como um profeta de Deus. A comunidade evangélica não vai ser jogada numa guerra porque alguém que tem um problema emocional não resolvido, de ódio, porque foi perseguido lá atrás... e agora, a todo custo, quer quebrar o concorrente, quer fazer uma guerra."
"Nós, evangélicos, não temos nada a ver com isso (...) O dinheiro da igreja a serviço do diabo e do pecado numa guerra ilógica."
Ao final da cabongada, Malafaia se desculpou: "Não me levem a mal, vos amo, é por isso que estou dando este alerta."
Missionário, conferencista Malafaia surge com frequência dentro do horário de outras igrejas, como a do Mundial do Poder de Deus, na Rede TV e canal 21. Ele tem programa na Band, é escritor, poeta e compositor.
A Igreja Universal foi procurada pela coluna para se manifestar sobre o vídeo. Até o momento não houve resposta. Se houver, será incluída neste texto.
fonte:uol
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