quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Botijão explode e queima amigas na Lapa

Carlos Braga, JB Online


RIO - Desde domingo passado, Juliana Silva Barbosa de Carvalho, 30 anos só tem conseguido dormir sob efeito de fortes analgésicos. A dor, provocada pela queimadura que toma quase metade de suas costas, é a razão. Não suporta nem o contato do tecido da roupa com a pele. Ela foi queimada por uma enorme labareda que lambeu suas costas e o rosto de sua amiga, Mariana Paradiso Martinez, 27, na madrugada de domingo. O fogo veio do botijão de gás de uma barraca de cachorro-quente instalada perto dos Arcos da Lapa, no Centro. Levadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, foram medicadas, mas não tiveram oportunidade, porém, de registrar o caso na polícia, o que pretendem fazer assim que possível.

– Estávamos conversando perto dos Arcos. A Juliana estava de costas para a barraca e eu, de frente – lembra Mariana. – De repente, vi o fogo e senti minha cara queimando. Saí correndo tentando apagar o fogo. Quando olhei para a Juliana, as roupas dela estavam pegando fogo. Mas demorei um pouco a perceber o que estava acontecendo. As pessoas ajudaram a apagá-lo, abafando as roupas da Juliana e tirando-as.

Juliana ficou com queimaduras de 2º grau profundas nas costas. Mariana teve queimaduras de 1º e 2º graus no rosto. Os médicos do Souza Aguiar que as atenderam disseram que não ficarão marcas do acidente. Mas elas terão que evitar sol e tomar remédios por algum tempo. Produtora da Conspiração Filmes, Mariana ainda não sabe quando poderá voltar ao trabalho. Juliana tem faltado às aulas do curso preparatório para a prova do Instituto Rio Branco.

– O atendimento no hospital foi ótimo. Lá, inclusive, nos disseram que não é a primeira vez que ocorre um acidente desse tipo nas barracas da Lapa – contou Mariana. – O médico falou que eu corri o risco de ficar cega. Meus cílios e sobrancelhas foram totalmente queimados.

Reconhecimento

Caminhando com dificuldade, Juliana conta que quando passa o efeito dos analgésicos a dor que sente fica insuportável.

– Na hora, nem anotamos a barraca. Mas, se formos lá de novo saberemos qual foi. Vamos fazer alguma coisa. Alguém tem que fiscalizar esse tipo de comércio.



22:05 - 15/10/2009


fonte:JB online

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