Atacado em blog de deputado, governador faz reunião para exigir defesa pública de seu governo e ataques ao inimigo
POR MARCOS GALVÃO
Rio - Alvo de ataques pela postagem no Blog do Garotinho de fotos e vídeos feitos em Paris que expõem sua ligação com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), partiu para o contra-ataque. Ontem de manhã, ele convocou seus principais aliados no Palácio Guanabara e deu o tom do discurso a ser adotado daqui por diante. Ele exigiu que a base aliada o defenda e que reúna munição contra seu principal desafeto, o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR), autor da divulgação do material contra Cabral pela Internet.
Além do secretário de Governo, Wilson Carlos, e do chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, que aparecem nas fotos com Cabral, durante a viagem a Paris em 2009, conforme o ‘Blog do Garotinho’, também participaram do encontro os deputados Paulo Melo (PMDB), presidente da Alerj; André Corrêa (PSD), líder de governo; e André Lazaroni, líder do PMDB.
Além do secretário de Governo, Wilson Carlos, e do chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, que aparecem nas fotos com Cabral, durante a viagem a Paris em 2009, conforme o ‘Blog do Garotinho’, também participaram do encontro os deputados Paulo Melo (PMDB), presidente da Alerj; André Corrêa (PSD), líder de governo; e André Lazaroni, líder do PMDB.
Cabral quer neutralizar na Alerj pedidos de CPI para investigar relação com dono da Delta | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
A ordem é repetir à exaustão o discurso de que a Delta — hoje investigada por suspeita de elo com o bicheiro Carlinhos Cachoeira — já era a empreiteira que tinha mais contratos com o governo do estado antes de Cabral assumir. Na outra frente, Cabral quer que a base aliada ataque Garotinho, lembrando dos processos de improbidade contra o ex-governador e acusações de conivência com a corrupção policial.
Oposição se movimenta
Ontem, na Alerj, deputados de oposição tentaram aprovar requerimentos de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), ações que Cabral também exigiu que sejam neutralizadas. Os deputados Marcelo Freixo e Janira Rocha, ambos do PSOL, pedem a investigação de todos os contratos da Delta com o governo do estado desde 2000. Clarissa Garotinho (PR) pede a apuração das circunstâncias das viagens de Cabral ao exterior. “Queremos saber quem pagou a conta e o patrimônio de cada um”, disse Janira Rocha.
Por acordo, governadores ficam fora da CPI
Em Brasília, um acordo entre base aliada e oposição prevê a exclusão do governador Sérgio Cabral (PMDB) de depoimento à CPMI do Cachoeira, que investiga a relação de políticos com o contraventor Carlinhos Cachoeira. No acordo, os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, suspeitos de ligação com Cachoeira, também serão excluídos. Ontem, o deputado federal Odair Cunha, relator da comissão, excluiu do trabalho do colegiado o depoimento dos três governadores até o fim de maio. Segundo ele, “não há elementos suficientes que justifiquem a aprovação dos requerimentos”.
Quebra de sigilos de bicheiro
A CPMI do Cachoeira aprovou ontem a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do contraventor nos últimos 10 anos e decidiu que ele será convocado a depor no Congresso dia 15. O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), suspeito de ter usado o mandato a serviço de Cachoeira, deverá depor no dia 31. A comissão, que ontem recebeu o inquérito aberto para investigar os elos do contraventor com parlamentares e empresários, deverá também convocar Fernando Cavendish, dono da Delta Construções. Convidado a depor na CPI, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rejeitou o convite alegando “uma questão técnica”.
Blog ataca outro empresário, que nega irregularidades
Ontem, em seu blog, o deputado federal Anthony Garotinho acusou o empresário Georges Sadala Rihan, um dos integrantes do grupo que foi a Paris com Cabral, de ser o “testa-de-ferro” de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, em vários negócios. Garotinho citou o consórcio Agiliza Rio, do empresário, que teria recebido R$ 57 milhões em quatro anos, através do programa Rio Poupa Tempo, do governo do estado.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, disse que existe um contrato com a Agiliza Rio que passou por inspeção da Procuradoria Geral do Estado e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A assessoria de Sadala confirmou que Sadala é “amigo do governador” e que foi a Paris na época das fotos postadas no blog, 2009, mas nega todas as acusações de Garotinho, informando que o valor de R$ 57 milhões não está correto.
Oposição se movimenta
Ontem, na Alerj, deputados de oposição tentaram aprovar requerimentos de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), ações que Cabral também exigiu que sejam neutralizadas. Os deputados Marcelo Freixo e Janira Rocha, ambos do PSOL, pedem a investigação de todos os contratos da Delta com o governo do estado desde 2000. Clarissa Garotinho (PR) pede a apuração das circunstâncias das viagens de Cabral ao exterior. “Queremos saber quem pagou a conta e o patrimônio de cada um”, disse Janira Rocha.
Por acordo, governadores ficam fora da CPI
Em Brasília, um acordo entre base aliada e oposição prevê a exclusão do governador Sérgio Cabral (PMDB) de depoimento à CPMI do Cachoeira, que investiga a relação de políticos com o contraventor Carlinhos Cachoeira. No acordo, os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, suspeitos de ligação com Cachoeira, também serão excluídos. Ontem, o deputado federal Odair Cunha, relator da comissão, excluiu do trabalho do colegiado o depoimento dos três governadores até o fim de maio. Segundo ele, “não há elementos suficientes que justifiquem a aprovação dos requerimentos”.
Quebra de sigilos de bicheiro
A CPMI do Cachoeira aprovou ontem a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do contraventor nos últimos 10 anos e decidiu que ele será convocado a depor no Congresso dia 15. O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), suspeito de ter usado o mandato a serviço de Cachoeira, deverá depor no dia 31. A comissão, que ontem recebeu o inquérito aberto para investigar os elos do contraventor com parlamentares e empresários, deverá também convocar Fernando Cavendish, dono da Delta Construções. Convidado a depor na CPI, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rejeitou o convite alegando “uma questão técnica”.
Blog ataca outro empresário, que nega irregularidades
Ontem, em seu blog, o deputado federal Anthony Garotinho acusou o empresário Georges Sadala Rihan, um dos integrantes do grupo que foi a Paris com Cabral, de ser o “testa-de-ferro” de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, em vários negócios. Garotinho citou o consórcio Agiliza Rio, do empresário, que teria recebido R$ 57 milhões em quatro anos, através do programa Rio Poupa Tempo, do governo do estado.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, disse que existe um contrato com a Agiliza Rio que passou por inspeção da Procuradoria Geral do Estado e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A assessoria de Sadala confirmou que Sadala é “amigo do governador” e que foi a Paris na época das fotos postadas no blog, 2009, mas nega todas as acusações de Garotinho, informando que o valor de R$ 57 milhões não está correto.
fonte: O DIA online
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