Luis Philipe Souza | Rio+ | 02/05/2012 21h11
A deputada estadual Clarissa Garotinho (PR-RJ) tenta protocolar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar viagens do governador Sérgio Cabral. O recolhimento de assinaturas começou nesta quarta-feira e recebeu o "sim" de 14 parlamentares, mas, de acordo com a própria deputada, a ideia - que para vingar necessita de 24 votos favoráveis - não deve ser aceita.
"Acho que não vamos conseguir o número de assinaturas, porque não vejo mudanças na base governista. Isso mostra que a forma de aliciamento, que não sei qual é, está muito forte. Isso é medo de perder alguns cargos, todos temem perder algo", disse ao SRZD.
Nesta quarta-feira, 32 deputados negaram o pedido. Segundo ela, estes impedem que o povo saiba sobre relações suspeitas entre o governo e iniciativas privadas.
"É um comportamento lamentável. Mesmo com tudo isso, a gente não vê mudanças na base governista. Existem elementos suficientes para uma CPI. A partir do momento que blindam a população de saber dessa relação suspeita, eles colocam o mandato acima dos direitos da população", explicou.
Sobre o fato de Sérgio Cabral ainda não ter se posicionado em resposta à repercussão dos vídeos gravados em uma viagem com empresários bastante ligados ao governo, a filha do deputado federal e ex-governador do Rio Anthony Garotinho afirmou que o governador se articula para se defender internamente.
"Ele não se pronuncia para a população, mas para a base aliada sim. Hoje mesmo (quarta-feira) ele teve uma reunião de manhã com os partidos da base para montar uma estratégia de defesa", disse.
"Ele não se pronuncia para a população, mas para a base aliada sim. Hoje mesmo (quarta-feira) ele teve uma reunião de manhã com os partidos da base para montar uma estratégia de defesa", disse.
Embora desacreditada, a busca por assinaturas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) continuará nesta quinta-feira.
fonte:Blog do SRZD.
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