segunda-feira, 5 de julho de 2010

Najara Turetta: ‘Não desisto nunca’

Vendedora de coco, ela não perde a esperança de voltar a viver da profissão de atriz

POR SARA PAIXÃO

Rio - Há oito anos vendendo coco na esquina da Rua Inhangá, em Copacabana, Narjara Turetta, 43 anos, hoje é atriz nas horas vagas. Mas viver do ofício que a tornou famosa não deixa de ser o seu maior sonho. “Meu negócio é ser atriz, adoro. Não desisto nunca, me faço presente, falo com diretor, autor, ligo, mando email, alguns respondem, outros não”, diz ela, que hoje volta à TV numa participação de ‘Malhação’.

‘Uma leve depressão bate. Sou uma pessoa famosa, mas falta dinheiro. Se não tiver uma boa cabeça, você pira’

Na novelinha, faz uma trambiqueira sem nome, que aluga o próprio bebê para uma ‘periguete’. O papel pequeno não a desanima. Sua última personagem fixa foi em ‘Páginas da Vida’ (2006) e, desde então, só faz participações. Sua estreia aconteceu no seriado ‘Malu Mulher’, nos anos 70, como a filha de Regina Duarte. Manteve contrato com a Globo nos 19 anos seguintes e, nas décadas de 90 e 2000, pouco apareceu.

“Sinto uma torcida pela minha volta por gente de gerações mais novas. A mãe é minha fã e influencia o filho jovem. Na barraca, pessoas vêm de longe para me ver. Quando vou gravar na Globo, maquiadores e cabeleireiras que não me conhecem brigam para me maquiar. Isso me deixa muito feliz. ”, diz ela, que já deu nome a uma banda rock, se candidatou a vereadora em 2006 e ultrapassou a marca de 5 mil seguidores no Twitter.

“Tive 2.676 votos, dei muito autógrafo em santinho. Mas achava chato pedir voto”, relembra Narjara, que não tem explicação quando questionam o fato de ela não estar na TV.

“Uma leve depressão bate. Sou pessoa famosa, mas falta dinheiro. Se não tiver uma boa cabeça, você pira. Fico brava quando dizem que sou complicada”, conta.

A fama de geniosa chegou quando Narjara brigou com a mulher de um juiz na barraca de coco. “Lá, sou respondona. Na rua, as pessoas são cruéis, te nivelam por baixo, acham que, por trabalhar ali, você é menos. Mas barraca já foi um negócio legal, paguei minhas contas. Não posso cuspir no coco em que eu bebi”, garante a atriz

fonte : O DIA

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