| 
 | 
 Prefeitura anunciou mais seis áreas em que  haverá presença diária da Polícia Militar nas ruas da capital, além dos  seis locais onde a PM já faz operações. Prefeito quer realizar ‘sonho’  de ver a cidade livre de camelôs até o fim de sua gestão    Luísa Alcalde, Mariana Lenharo     A Prefeitura de São Paulo vai fechar ainda  mais o cerco aos camelôs irregulares. Na próxima segunda-feira, a PM vai  ampliar em 500 o efetivo destinado ao combate dos ambulantes ilegais na  cidade. O número de homens da corporação envolvidos nesse tipo de  operação vai saltar de 770 para 1.270 - o equivalente a dois batalhões  da Polícia Militar.
 Esse trabalho, iniciado em dezembro após  convênio entre a Prefeitura e Estado, já é feito em seis regiões da  cidade onde havia aglomeração de ambulantes: 25 de Março, Florêncio de  Abreu, Brás, Santa Ifigênia e José Paulino, no centro; e Largo 13, em  Santo Amaro, zona sul. Ontem, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou  mais seis locais onde haverá presença da PM: o centro velho e áreas das  subprefeituras de Vila Mariana, Casa Verde, Santana, Pinheiros e Lapa.
 
 Na  Rua Pedro de Toledo, Vila Mariana, as opiniões dos comerciantes  divergem. “Não é porque sou lojista que desejo o mal para os camelôs,  quero que eles também possam trabalhar, mas de maneira organizada”,  disse Beta Campos, dona de uma loja de bijuterias. A comerciante, que  foi ambulante por quatro anos, teme que a PM seja truculenta. Já Fábio  Contiero, dono de uma loja de roupas na mesma rua, é mais otimista.  “Eles são uma concorrência desleal e atrapalham o fluxo de pessoas na  calçada.”
 
 A ampliação da operação vai ao encontro do “sonho”  revelado por Kassab no ano passado - um dia após ter sido reeleito - de  ver São Paulo livre de camelôs até o fim de sua segunda gestão.
 
 De  agora em diante, nesses pontos, só podem trabalhar ambulantes com  autorização da Prefeitura e que tiverem visível nas barracas o Termo de  Permissão de Uso (TPU). Ao anunciar a extensão da “operação delegada”,  nome dado ao trabalho da PM, Kassab disse tratar-se da mais importante  parceria entre Prefeitura e Estado nos últimos anos. Por meio do  convênio, a PM recruta seus homens em horário de folga para fazer a  segurança na cidade e a Prefeitura paga por essas “horas extras”. O  mecanismo passou a ser conhecido como “bico oficial”.
 
 “Por  exemplo, na 25 de Março, o combate é ao comércio ilegal de mercadorias. É  um convênio que vai muito bem”, afirmou Kassab. Segundo ele, a partir  de segunda-feira, os 1.270 homens da PM atuarão em áreas de oito  subprefeituras. E em quase 100 locais. “E vamos continuar ampliando.”
 
 Segundo  o Comandante Geral da PM, coronel Álvaro Camilo, o comércio irregular  causa desordem urbana e o infrator da lei se aproveita dessa  oportunidade. “Na 25 de Março, a criminalidade caiu 80%. Antigamente,  nem carro passava na 25 de Março.”
 
 Desde 2007 não são emitidos  TPUs pela Prefeitura. De janeiro de 2005 a setembro de 2009, o número de  camelôs legalizados caiu de 7.051 para 2.424. Só no Largo da Concórdia,  no Brás, havia cerca de 2 mil ambulantes. Antes tomado por centenas de  barracas, o local virou uma praça.
 
 Para Gil Santos, da  Cooperativa Nacional do Comércio Informal do Micro e Pequeno  Empreendedor, colocar PM na rua para inibir o trabalho dos camelôs não  vai resolver. “A Prefeitura tem de oferecer alternativas de locais  organizados para eles trabalharem
 fonte: Jornal da Tarde
 | 
Nenhum comentário:
Postar um comentário