Só este ano, 17 pessoas morreram no estado. No mesmo período de 2009 foram 4 vítimas fatais. Situação de São Gonçalo preocupa
Rio - O número de mortos por dengue no estado do Rio aumentou 325% entre janeiro e maio desse ano, em relação ao mesmo período de 2009. Segundo a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, 17 pessoas morreram com a doença no estado até ontem. No ano passado, foram 4 óbitos até maio. Só em São Gonçalo, cidade que concentra o maior número de mortes, a doença transmitida pelo Aedes aegypti já matou 6 pessoas este ano, entre elas duas crianças.

“Em São Gonçalo, o número de mortos em relação ao de casos está muito  alto. Em todo o estado, a letalidade dos  pacientes internados com  dengue é de 2,2%. Em São Gonçalo, é de 5%. Ou seja, é mais do que o  dobro do restante do estado”, disse o superintendente de Vigilância  Ambiental e Epidemiológica, Alexandre Chieppe.
Segundo ele, técnicos do governo do estado irão hoje a São Gonçalo  investigar a razão do elevado índice de letalidade esse ano. Em 2009,  foi notificada uma morte no município.
“Vamos rastrear as mortes e verificar como foi a assistência. Os  pacientes podem não estar sendo orientados sobre os sinais de alerta  para o agravamento da dengue. A pessoa com suspeita da doença deve ser  orientada a retornar ao serviço de saúde, principalmente depois que a  febre passa, para verificar se há queda de plaquetas, o que aumenta o  risco de hemorragias”, diz Chieppe.
Moradora do bairro Boaçu, Lorena Oliveira, 8 anos, foi atendida duas  vezes no Pronto Socorro Municipal Darcy Vargas sem que a suspeita da  doença fosse levantada. “Eles davam injeção para parar o vômito e sequer  falaram em dengue. Na última vez, minha filha foi atendida à noite e  liberada. No dia seguinte de manhã eu corri com ela para outro hospital e  ela ficou internada”, conta a mãe, Daniela Almeida, 30.
Chieppe admitiu que o estado enfrenta um “crescimento importante” do  número de vítimas fatais da doença, se comparado ao ano anterior. E  citou as mortes registradas na região metropolitana 2, que inclui São  Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, como causa.
“Esses municípios não enfrentaram epidemia em 2008, quando o Rio teve  uma epidemia importante. Ou seja, temos uma quantidade grande de pessoas  que não tiveram contato com o  vírus 2 , que está circulando  agora, e que não têm qualquer imunidade contra esse tipo da doença”
fonte: O DIA
 
 
 
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