quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mortes por dengue no Rio disparam


Só este ano, 17 pessoas morreram no estado. No mesmo período de 2009 foram 4 vítimas fatais. Situação de São Gonçalo preocupa

Rio - O número de mortos por dengue no estado do Rio aumentou 325% entre janeiro e maio desse ano, em relação ao mesmo período de 2009. Segundo a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, 17 pessoas morreram com a doença no estado até ontem. No ano passado, foram 4 óbitos até maio. Só em São Gonçalo, cidade que concentra o maior número de mortes, a doença transmitida pelo Aedes aegypti já matou 6 pessoas este ano, entre elas duas crianças.



“Em São Gonçalo, o número de mortos em relação ao de casos está muito alto. Em todo o estado, a letalidade dos pacientes internados com dengue é de 2,2%. Em São Gonçalo, é de 5%. Ou seja, é mais do que o dobro do restante do estado”, disse o superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Alexandre Chieppe.

Segundo ele, técnicos do governo do estado irão hoje a São Gonçalo investigar a razão do elevado índice de letalidade esse ano. Em 2009, foi notificada uma morte no município.

“Vamos rastrear as mortes e verificar como foi a assistência. Os pacientes podem não estar sendo orientados sobre os sinais de alerta para o agravamento da dengue. A pessoa com suspeita da doença deve ser orientada a retornar ao serviço de saúde, principalmente depois que a febre passa, para verificar se há queda de plaquetas, o que aumenta o risco de hemorragias”, diz Chieppe.

Moradora do bairro Boaçu, Lorena Oliveira, 8 anos, foi atendida duas vezes no Pronto Socorro Municipal Darcy Vargas sem que a suspeita da doença fosse levantada. “Eles davam injeção para parar o vômito e sequer falaram em dengue. Na última vez, minha filha foi atendida à noite e liberada. No dia seguinte de manhã eu corri com ela para outro hospital e ela ficou internada”, conta a mãe, Daniela Almeida, 30.

Chieppe admitiu que o estado enfrenta um “crescimento importante” do número de vítimas fatais da doença, se comparado ao ano anterior. E citou as mortes registradas na região metropolitana 2, que inclui São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, como causa.

“Esses municípios não enfrentaram epidemia em 2008, quando o Rio teve uma epidemia importante. Ou seja, temos uma quantidade grande de pessoas que não tiveram contato com o vírus 2 , que está circulando agora, e que não têm qualquer imunidade contra esse tipo da doença”


fonte: O DIA

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