terça-feira, 15 de junho de 2010

Romeu Tuma Júnior é exonerado da Secretaria Nacional de Justiça

Redação SRZD | Nacional | 14/06/2010 11h39

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, foi exonerado no cargo na manhã desta segunda-feira. O seu nome vinha sendo envolvido uma série de denúncias de tráfico de influência, envolvendo o comerciante chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso por contrabando em São Paulo. Desde o surgimento do caso, ele estava em férias desde o dia 30 de maio e tinha voltado nesta segunda, já com o pedido de exoneração encaminhado para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto e para a Casa Civil.

"Estando fora do cargo que atualmente ocupa, Tuma Jr. poderá melhor promover sua defesa", diz o texto da nota divulgada à imprensa, divulgada pelo ministério. No comunicado, o período em que o demissionário esteve à frente da secretaria é descrito como "relevante trabalho prestado".

O pedido de licença tinha se encerrado na última sexta-feira. A saída de Tuma do cargo foi definida após uma reunião realizada no último domingo entre o ministro Barreto e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o encontro, a conclusão tirada foi de que ele não tinha mais condições de prosseguir à frente da secretaria.

O caso começou em maio, após uma reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" ter divulgado gravações de ligações telefônicas e troca de e-mails entre Romeu Tuma Júnior e Paulo Li interceptados pela Polícia Federal (PF). O secretário é suspeito de tráfico de influência e envolvimento com o contrabando feito pela máfia chinesa. Ele admitiu ser amigo de Paulo, mas sempre negou envolvimento com ilegalidades na profissão do cargo. Há três processos correndo contra o demissionário: na Comissão de Ética da Presidência da República, no próprio Ministério da Justiça e na PF.

O agora ex-secretário afirmou estar sendo vítima de uma campanha difamatória por causa de seu trabalho contra as ações da criminalidade organizada: "O objetivo não é me investigar, é desmoralizar. O crime organizado age assim: mata testemunhas e desmoraliza os chefes da investigação", chegou a afirmar no mês passado.

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