sexta-feira, 5 de junho de 2009

Rodrigo Bethlem garante que cadastro de camelôs não será adiado

Laura Machado | Rio+ | 04/06/2009 12:36
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Cerca de 500 vendedores de mercados populares acompanharam, na Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, na manhã desta quinta-feira, a audiência pública que discutiu a reforma da lei que regulamenta o comércio de ambulantes. Por conta da grande quantidade vendedores na audiência, o camelódromo da Uruguaiana ficou fechado até as 10h. Cento e 50 pessoas assistiram a audiência na Casa, enquanto 250 ocuparam a praça em frente à Câmara.

O cadastro dos camelôs, previsto para 22 de junho, corria o risco de ser adiado novamente em função do Projeto de Decreto Legislativo proposto pelo vereador Reimont (PT), que dispõe sobre a revisão do decreto 30587/09, publicado no Diário Oficial em 8 de abril desse ano, pelo prefeito Eduardo Paes. Reimont, que é presidente da Comissão Especial do Comércio Ambulante, afirmou que o decreto é conflitante com a lei 1876/92, que rege o comércio ambulante. Pela lei, deve existir uma comissão de zoneamento para os locais, e demarcação das áreas de venda dos ambulantes.

Porém, o decreto publicado determina que apenas a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) pode definir esses locais. Reimont informou que se reuniu com Eduardo Paes, na semana passada, e o prefeito prometeu rever o decreto para garantir a participação dos camelôs nas comissões.

"Se, de fato, a promessa do prefeito for verdade, será uma vitória para os trabalhadores deste tipo de comércio", garantiu Reimont, acrescentando que a ideia do cadastro único é positiva, mas é necessário também escutar o ambulante. "O poder público tem que ter como palavra de ordem o diálogo, pois só através dele podemos combater a desordem urbana".

O secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, garantiu que não haverá alteração no início do cadastramento dos ambulantes, apesar da proposta apresentada pelo vereador Reimont. Bethlem afirmou que seria temerário adiar o início da legalização, e que esta lei é uma oportunidade de acesso ao mercado de trabalho para muitos que não encontram.

"No primeiro momento será feito o recadastramento de quem já tem licença. Os camelôs podem ficar tranquilos quanto às 18 mil e 400 vagas, pois neste número não estão incluídos os mercados populares, cujos responsáveis serão transformados em microempresários. Os espertalhões serão retirados, porque pirataria é crime. Já os feirantes possuem uma legislação própria", explicou o secretário, acrescentando que a orla ganhará um projeto específico posteriormente.

Rodrigo Bethlem ressaltou a importância da revisão e atualização da lei 1876/92. Para ele, a legalização é primordial para resguardar os ambulantes dos seus direitos e das práticas de maus políticos.

"Quando não existe licença, a pessoa fica sempre refém de políticos que não são sérios. Os camelôs podem ficar tranquilos porque o objetivo não é retirar a pessoa que tradicionalmente trabalha na rua. O ambulante não vai precisar ser amigo do secretário ou do prefeito", ressaltou.

O presidente da Federação dos Ambulantes do Rio de Janeiro, Marcelo Veras, declarou que os ambulantes devem acompanhar junto com a prefeitura a revisão da lei.

"O cadastramento é bem-vindo pois a categoria quer a legalidade. Desde o início o poder público errou em não tratar o ambulante como gerador de riqueza", afirmou.

Excessos: ações de repressão da Guarda Municipal são levantadas na audiência

A vereadora Clarissa Garotinho (PMDB) criticou as operações de choque de ordem.

"Estou indignada com as ações. Quando a imprensa não está acompanhando, eles agem de uma forma diferente. Presenciei uma no Largo do Machado que parecia um arrastão. Não queriam saber quem tinha ou não licença", contou.

Durante a audiência, Rodrigo Bethlem ouviu uma série de depoimentos de ambulantes sobre ações de violência da Guarda Municipal. Ele afirmou que toda denúncia é investigada pela corregedoria, e disse que alguns excessos são cometidos por ambas as partes.

"Temos uma corregedoria da Guarda na Seop, e apuramos tudo. Alguns excessos são cometidos por ambas as partes, mas ambos são coibidos. Os excessos são normalmente cometidos por marginais que vendem produtos piratas e partem com violência para cima dos guardas", garantiu.





fonte: site SRZD.
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4 comentários:

Anônimo disse...

nos camelos so encontra mos promeças, so esperamos que essas promessas de linsença se realize,e parem de chamar camelo de marginas,nos tambe temos familias ,e filhos
afinal fomos nas quem te elegemos,agora vc. nos chamam de marginal!!!!!!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

olá,sou camelô e tenho 31 anos não consigo um trabalho formal por falta de experiencia na carteira,apesar de ter dois cursos pelo senai,gostaria de saber si eu vou ser beneficiado neste segundo cadastramento,pois trabalho todos os dia correndo da guarda municipal e eu não aguento mais trabalhar irregularmente popis tenho 3 filhos para criar.