segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lapa (bairro do Rio de Janeiro)



Conhecido como berço da boemia carioca, também é famoso pela arquitetura, a começar pelos Arcos - conhecidos como Arcos da Lapa, construídos para funcionarem como aqueduto nos tempos do Brasil Colonial e que agora servem como via para os bondinhos que sobem o morro de Santa Teresa.
Arcos da Lapa


O Aqueduto da Carioca é considerado a obra arquitetônica de maior importância do Rio Antigo e um dos principais símbolos da cidade. A imponente construção em estilo romano tem 17,6 metros de altura, 270 metros de extensão e 42 arcos que ligam o bairro de Santa Teresa ao Morro de Santo Antônio. O Aqueduto da Carioca foi construído em 1723, no período do Brasil Colonial, e tinha como objetivo conduzir a água do rio Carioca da altura do Morro do Desterro, atual bairro de Santa Teresa, para o Morro de Santo Antônio. A obra ajudaria a resolver o problema da falta de água na cidade. Problema este que já era antigo. Os estudos para trazer as águas do rio Carioca para a cidade começaram nos primeiros anos do século XVII, mas as obras de instalação de canos de água no Rio de Janeiro só tiveram início um século depois.


Residiram na Lapa: Machado de Assis (cujos imóveis foram tombados) e diversos de seus personagens, Carmem Miranda, Manuel Bandeira, Jorge Amado (em momento de sua vida), Péricles Maranhão (autor de "O amigo da onça"), Lamartine Babo, Orestes Barbosa, Villa-Lobos, Silvio Santos (nascido no bairro), etc.


Nos últimos tempos o paisagismo da Lapa sofreu significativas alterações. Onde era o Largo dos Pracinhas (uma praça anexa aos arcos) hoje existe um enorme Circo Voador. A rua dos Arcos, que atravessa o aqueduto, era um via ocupada por edificações centenárias, entre elas a Fundição Progresso, que hoje é uma casa de shows. O bairro nasce no final da zona sul, quando a rua da Glória torna-se rua da Lapa. Também faz limite com o bairro de Santa Teresa, subindo suas ladeiras e o pequeno Bairro de Fátima.
Casarões da Lapa


Na tentativa de resgatar a vocação residencial do bairro foi criado o Movimento Eu Sou da Lapa. Inspirado na famosa campanha I love NY, que ajudou a revitalizar a cidade americana que estava em decadência na década de 1970, o movimento busca resgatar o orgulho de dizer “Eu sou da Lapa”. Com o apoio do poder público e a adesão da maioria dos estabelecimentos comerciais da Lapa, o Eu Sou da Lapa foi espalhado pela cidade, mas com poucas conquistas efetivas na área de segurança, reinserção da população de rua e combate ao crime, antigas reclamações dos moradores aos poderes públicos.


O bairro concentra a sede e prédios administrativos de muitas grandes empresas (Petrobras, BNDES, CEF, etc.), bem como inúmeros prédios (arranha-céus) comerciais de elevadíssimo padrão na Avenida Chile (Ventura I e II, Rio Metropolitan, etc.). Com o adensamento populacional das demais regiões da cidade, a proximidade da Zona Sul (com a qual faz fronteira pela Glória), e a intensificação do trânsito, começou também a despertar o interesse de moradores das regiões norte, sul e oeste do Rio de Janeiro, ávidos por habitar próximo ao trabalho no Centro, escapando dos congestionamentos. Por essa razão empreendimentos residenciais recém lançados oferecendo ampla infra-estrutura ou estrutura de apart-hotel (Viva a Lapa, Cores da Lapa, etc), têm esgotado suas vendas em pleno lançamento, o que deixa clara a demanda reprimida por habitações de padrão elevado no bairro.


Com o andamento de obras de vulto como a da nova sede da Petrobras, Eletrobrás, Centro Empresarial da Evaristo da Veiga, etc. estima-se que a demanda por residências no bairro torne-se ainda maior, sobretudo por executivos que já vêm adquirindo imóveis no bairro como "pied à terre" (segundo imóvel na região onde se trabalha, para evitar grandes deslocamentos e trânsito durante dias de semana).

Outrora famosa por inspirar tipos como Madame Satã, e é claro, os malandros cariocas que tanto habitaram as páginas literárias dos nossos autores, a Lapa é hoje ponto de referência absoluta para os amantes da vida noturna. Uma das características marcantes do bairro é a absoluta harmonia com que convivem as mais diversas tribos musicais. Desde os anos 1950, quando começou a ser chamada de "Montmartre Carioca", a Lapa é palco de encontro intelectuais, artistas, políticos e, principalmente, do povo carioca, que ali se reúne para celebrar o samba, o forró, a MPB, o choro e mais recentemente, a música eletrônica e o rock.


Por suas principais vias, rua Mem de Sá, rua do Riachuelo (antiga Rua Matacavalos, freqüentemente mencionada na obra de Machado de Assis), avenida Chile, rua Gomes Freire e rua do Lavradio, espalham-se atrações como a Sala Cecília Meireles, que é considerada a melhor casa para concertos de música de câmara existente no Rio.


Nos últimos anos o bairro consolidou-se como o segundo maior destino de turistas estrangeiros na cidade, ficando atrás apenas de Copacabana.


O Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Desterro são referências para o turista que quer ver uma boa amostra da arquitetura do Rio antigo. A Catedral Metropolitana (na moderna Avenida Chile), adorada por uns, criticada por outros, é outro ponto de referência do bairro. Bares como Belmonte, Taberna e Buteko do juca, Antonio´s, Arco Irís, Mas é o Benedito, etc. cairam no gosto do público, por seu cardápio diversificado.


Também localiza-se na Lapa o prédio da Chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro.


As escadarias Selarón são outro ponto marcante do bairro.


Como destaques da noite, existem os famosos Asa Branca, reduto principal do forró, os bares Semente, onde surgiram artistas como Teresa Cristina e o grupo Casuarina, Ernesto, Café Cultural Sacrilégio, além do destacado Rio Scenarium, do Bar e Restaurante Gabinete, e do Carioca da Gema, onde reinam absolutas as rodas de samba. Recentemente foi inaugurada a gafieira Lapa 40 Graus, na rua do Riachuelo, ao lado do tradicional Clube dos Democráticos, onde há espaço para o forró, o choro e o samba de gafieira.


Para o público que prefere a música eletrônica e os shows de rock, destacam-se, dentre outros, a Fundição Progresso e o Circo Voador, reinaugurado em 2004.


A Lapa possui uma infinidade de bares e casas de shows que atendem a todos os gostos. Só para se ter uma ideia da atual "efervescência" do bairro mais de 15 novos estabelecimentos foram abertos apenas em 2009.



fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.

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