Japoneses fazem um minuto de silêncio uma semana depois da tragédia.
Entenda os níveis de acidente nuclear - Editoria de Arte
VIENA - O Japão elevou o nível do acidente nuclear no complexo de Fukushima, informou nesta sexta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A mudança passa o acidente na usina Fukushima Daiichi do nível 4 para o nível 5, em uma escala que vai de 1 a 7. Esse nível equipara a gravidade do incidente com o ocorrido em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979. A Autoridade de Segurança Nuclear (ANS) da França já havia elevado o nível do acidente japonês de 4 para 6. O 7 só foi usado para o acidente de Chernobyl, em 1986.
O Japão parou durante um minuto nesta sexta-feira em homenagem às milhares de vítimas do terremoto de 9 graus e da tsunami que aconteceram há uma semana. O minuto de silêncio ocorreu às 14h46m (2h46m no horário de Brasília), mesmo horário do desastre natural registrado na última sexta-feira.
A agência da polícia do Japão disse que mais de 6.500 pessoas foram mortas e mais de 10 mil estão desaparecidas após o terremoto e a tsunami que devastou o nordeste do país na sexta-feira passada.
Alguns dos desaparecidos podem ter estado fora da região no momento do desastre, mas a força da tsunami pode ter levado muitas pessoas para o mar. Na tsunami que atingiu a Indonésia em 2004, a maior parte dos corpos náo foi encontrada.
Autoridades japonesas reiniciaram as operações para resfriar o reator de combustível 3 no complexo nuclear de Fukushima utilizando caminhões cisterna equipados com canhões de água. Ao menos sete veículos do Exército se revezarão para despejar dezenas de toneladas de águas para evitar as barras de combustível para derreter e evitar assim um acidente nuclear. (Entenda o vocabulário nuclear)
Na quinta-feira, o Japão disse à agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) que engenheiros conseguiram colocar um cabo de energia da rede externa no reator número 2 da usina nuclear de Fukushima. O cabo, de mil metros de extensão, ligará a rede principal de energia ao reator para tentar reativar o funcionamento das bombas de água responsáveis pelo seu resfriamento. A instalação está sem luz desde o terremoto da semana passada.
fonte: Jornal Extra
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