segunda-feira, 28 de março de 2011

Prefeito dá início à construção do Mercado Popular na região da Central do Brasil






Espaço será ocupado por comerciantes que perderam seus boxes no incêndio do antigo camelódromo

24/03/2011

Foto: J.P. EngelbrechtO prefeito Eduardo Paes acompanhou de perto, na manhã desta quinta-feira, dia 24, o início das obras do novo Mercado Popular Leonel de Moura Brizola, na Central do Brasil. O novo espaço será destinado aos comerciantes que perderam suas lojas, em abril de 2010, no incêndio do antigo camelódromo, ao lado do Terminal Rodoviário Américo Fontenelle.

Com investimento de R$ 10 milhões, o novo equipamento vai garantir melhores condições de trabalho aos comerciantes. A obra, será executada pela RioUrbe, órgão subordinado à Secretaria Municipal de Obras (SMO), em terreno da Prefeitura onde funcionava a 1ª Gerência de Conservação. O novo Mercado Popular terá dois prédios de três andares cada, sendo que um ficará localizado na Rua Bento Ribeiro (do número 85 até o 104) e outro na Rua Coronel Audomaro Costa (do número 207 até o 227), no Centro. A área do novo camelódromo fica a apenas cerca de 200 metros do terreno onde funcionava o antigo, na Rua Senador Pompeu. Os blocos um e dois serão ligados por uma passarela que irá cruzar a Rua Bento Ribeiro.

Acompanhado dos secretários municipais Augusto Ribeiro (Trabalho e Emprego), Marcelo Henrique da Costa (Desenvolvimento Econômico Solidário) e Carlos Roberto Osório (Conservação), o prefeito Eduardo Paes falou sobre a importância do novo espaço:

Foto: J.P. Engelbrecht- Os comerciantes não vão ter que fazer investimento nenhum, a não ser investir na qualidade. Essa é uma oportunidade que eles terão de mudar de patamar, pois essa é uma região que vai se revitalizar muito, pois está incluída no projeto de Revitalização da Zona Portuária. Mas queremos uma coisa com muita regra, vamos acabar com essa desordem do lado de fora e isso não conflita com garantir direito ao trabalhador. Vamos organizar, formalizar e torná-los microempreendedores individuais, treinando-os e capacitando-os, como já vínhamos fazendo até esse momento, para que eles possam a partir daí fazer um empreendimento com muita qualidade - afirmou.

O novo Mercado Popular será vertical e no estilo de minishopping. Serão 9,7 mil metros quadrados de área construída e 607 boxes, todos com ligação de água, esgoto e energia. O Bloco I foi planejado para 457 boxes, com banheiros e almoxarifado. No Bloco II, mais 150 boxes, banheiros, sala de administração, praça de alimentação, terraço com jardim e uma horta. Além disso, o local vai contar com elevadores de carga e escadas rolantes. A nova sede terá estrutura completa para
atender aos lojistas e a seus clientes. A previsão é que as obras sejam concluídas em um ano.

Foto: J.P. EngelbrechtNo período em que houve o incêndio, a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE) cadastrou os 546 comerciantes atingidos e, atualmente, qualificou 520 inscritos que participaram das aulas de marketing, desenvolvimento financeiro, informações sobre a lei do empreendedor individual (EI) e gestão financeira. O curso ocorreu no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência Física Mestre Candeia (CIAD) e teve duração de 30 horas.

O secretário Augusto Ribeiro explicou o curso oferecido pela Prefeitura aos comerciantes:

- Qualificamos todos com noções de contabilidade, de marketing, de como trabalhar com imposto e estão todos preparados para assumir o novo espaço que vai ser muito mais bonito e eficiente do que o anterior. Acreditamos que com essa mudança eles vão ter uma melhora significativa nas vendas, consequentemente gerando emprego e aumentando renda.

J.P. EngelbrechtO comerciante Idemar Silva Filho, que trabalha há 12 anos no camelódromo, falou das expectativas de se mudar para o novo espaço:

- O que aconteceu com a gente no incêndio foi realmente muito triste e difícil. Hoje estamos visualizando um novo horizonte com o apoio que estamos recebendo da Prefeitura e isso nos deixa muito confiantes. E não pensamos só no dinheiro, ele é muito importante, mas conseguir trabalhar com dignidade, dentro da lei, formalizado é fundamental - disse.



Texto: Juliana Romar
Fotos: J.P. Engelbrecht


fonte : D.O Municipio do Rio de Janeiro

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