Segundo a organização, a droga é mais barata que as outras e tem uma rede de distribuição eficiente. O relatório também afirma que um terço de toda a cocaína produzida na América do Sul vai para o mercado brasileiro.
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O Brasil estampou as manchetes internacionais e foi por causa do consumo de drogas. O relatório aponta que a droga mais consumida no Brasil é a maconha por ser mais barata que outras drogas e ter, segundo o estudo, uma rede de distribuição eficiente. O relatório revela também que já foram identificados, em outros países, 40 novos tipos de drogas, produzidas em laboratório.
Um terço de toda a cocaína produzida na América do Sul tem como destino o mercado brasileiro, são estimados cerca de 900 mil usuários. “Pela posição geográfica do Brasil, estar ao lado de países vizinhos onde ocorrem plantio de arbusto que fornece a folha de coca e também de maconha, facilita a questão da entrada de drogas”, explica o delegado da Polícia Federal Márcio Nunes.
Um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira (23) em Brasília traça um panorama da venda e do consumo de drogas do mundo. Na Europa, o consumo de cocaína mais que dobrou nos últimos dez anos. Nos Estados Unidos caiu, mas o país ainda é o maior centro consumidor do planeta.
Só no ano passado, nos países europeus, foram identificados quarenta novos tipos de drogas, todas sintéticas, ou seja, produzidas em laboratório. Algumas, como a spyce, imitam os efeitos da maconha e não são proibidas porque ainda não foram registradas como ilícitas. A droga pode ser comprada até pela internet.
“Você pode, como usuário, entrar na internet e comprar pela internet, receber via correio essas novas drogas que não são controladas. Como o spyce, que não consta nas convenções e na lista de produtos controlados”, afirma o representante da ONU para Drogas e Crime, Bo Mathiasen.
De acordo com o relatório da ONU, o Brasil é hoje a principal rota da cocaína que vai para a África Ocidental e Europa. O país também é citado pelo crescente consumo de anfetaminas, presentes principalmente nos remédios para emagrecer.
O dado curioso é que o crack, grande preocupação das autoridades brasileiras hoje, não aparece no relatório. Os dados do estudo são de 2009. O consumo do crack não é contabilizado porque a droga é classificada como um subproduto da cocaína.
fonte: BOM DIA BRASIL -GLOBO
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