Não. Ele veio da China, há 7.000 anos e só chegou ao Japão no século III da nossa era. E de lá para cá, tornou-se a mais tradicional bebida alcoólica japonesa. Basicamente é feita de grãos de arroz e água, porque a água é o item mais importante para a produção do saquê.
E tendo-se uma boa água, nasce um bom arroz que, depois, é polido. null
No início, os produtores não conheciam técnicas apuradas de fermentação e o saquê era feito com pouco de álcool e água, em uma combinação que mais lembrava uma porção de mingau. Nessa época, "comia-se" o saquê dentro de uma tigela. Na verdade, tudo era o resultado de uma receita com pormenores um tanto repulsivos: mascava-se o arroz para fermentá lo com a saliva e depois cuspia-se em tachos para só então iniciar o preparo da bebida.
Graças aos sete deuses japoneses, no entanto, (os Bacos e Dionísios do saquê) o processo de mascar o arroz ficou obsoleto e foi substituído pelo koji-kin, um mofo com enzimas que converte o almidón da arroz em açúcar e que também se usa para fazer amazake, miso, natto e molho de soja.
Mas o saquê refinado só se tornou popular na segunda metade do século XVIII, Período Edo – que representa um capítulo da história do Japão e vai de 1603 a 1868.
E só no século XX, a tecnologia de preparação de saquê chegou ao produto que conhecemos hoje. Ou alguns deles, porque em 1904, o Instituto de Investigação de Fabricação de Saquê decidiu regulamentar o seu fabrico e criar uma espécie de DOC do saquê.
O japonês tradicional toma o saquê "ordinário" quente e os do tipo premium, frios ou gelados.
Atualmente, diversas regiões do Japão produzem o saquê, mas a região que tem a fama de fabricar o melhor de todos é o distrito de Fushimi, em Kyoto. Existem hoje cerca de 1.600 fabricantes de saquê no Japão. E em Tóquio há o museu do saquê.
fonte: JB ONLINE
Nenhum comentário:
Postar um comentário