sábado, 21 de maio de 2011

PGR: Palocci tem 15 dias para esclarecer aumento de patrimônio

Jornal do Brasil - País - PGR: Palocci tem 15 dias para esclarecer aumento de patrimônio:
Portal Terra


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou nesta sexta-feira um pedido de esclarecimentos ao ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, após a Procuradoria receber representações contra ele. Em reportagem publicada no último final de semana, o jornal Folha de S. Paulo afirmou que o patrimônio de Palocci se multiplicou por 20 nos últimos quatro anos. O ministro tem 15 dias para se explicar, por escrito.

De acordo com a PGR, o procedimento é padrão quando o órgão recebe representações. Foram enviados a Palocci nesta tarde os documentos protocolados pelos partidos PPS e DEM. Ao fim do prazo, Gurgel decidirá se abre investigação, pede mais informações ou arquiva o caso.

Na quinta-feira, o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno, apresentou, pela segunda vez, à PGR o pedido de investigação contra o ministro. Segundo o PPS, o documento traz fato novo que demonstra a existência de indícios materiais de irregularidades em poder da Polícia Federal. O conteúdo da primeira representação apresentada por Bueno foi julgado insuficiente pelo procurador-geral para solicitar explicações. Já o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), solicitou investigação em cinco comissões da Casa.

De acordo com a reportagem, semanas antes de assumir a chefia da Casa Civil, Palocci comprou um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões. Um ano antes, ele havia adquirido um escritório na cidade por R$ 882 mil. Com os novos bens, o patrimônio do ministro teria sido multiplicado em 20 vezes em quatro anos. Ainda segundo a Folha, os dois imóveis foram comprados pela empresa Projeto Administração de Imóveis, da qual Palocci é dono.

Em comunicado à imprensa, a assessoria de imprensa da Casa Civil afirmou que a empresa que controla os imóveis do ministro Antonio Palocci (PT), a Projeto, encerrou suas atividades em dezembro de 2010 com a entrada do ministro no atual cargo e somente se destina a administrar os dois imóveis. Segundo a nota, o patrimônio que a empresa obteve é 'compatível com as receitas realizadas nos anos de exercício', já que cobrou impostos das empresas para as quais prestou serviços no período.

Ontem, o jornal O Estado de S.Paulo afirmou que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, enviou um relatório à Polícia Federal comunicando que a Projeto fez uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação policial. Em nota, a PF negou que tenha solicitado ao conselho qualquer informação sobre a empresa ou o ministro, e que exista inquérito policial ou investigação criminal sobre Palocci.

– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Nenhum comentário: