sábado, 21 de maio de 2011
Menos de 24 horas após prefeitura recolher 69 moradores de rua, 46 estavam nos mesmos locais
Publicada em 20/05/2011 às 23h56m
Athos Moura
Moradores de rua dormem na Central, um dos pontos onde a prefeitura fez operação na quinta-feira (Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo)
RIO - É como enxugar gelo. Menos de 24 horas depois de a Secretaria municipal de Assistência Social, com apoio da PM, retirar 69 moradores de rua na Central e nas imediações da Rodoviária Novo Rio, 46 pessoas podiam ser vistas dormindo na sexta-feira de madrugada nesses mesmos lugares. Além de recolher a população de rua, o objetivo da operação realizada pelo município na manhã de quinta-feira foi tentar diminuir a quantidade de usuários e traficantes de crack na região . O comandante do 5º BPM (Praça Harmonia), tenente-coronel Edilson de Morares, disse inclusive que a expectativa era que a quantidade de furtos de relógios, cordões e carteiras na área caísse. As pessoas recolhidas foram encaminhadas a abrigos da prefeitura.
Na madrugada de sexta-feira, a maioria dos moradores de rua foi encontrada por repórteres do GLOBO na Praça Procópio Ferreira, na Central. Ao todo 22 pessoas dormiam aglomeradas no chão. Na Rua Senador Pompeu, 14 pessoas estavam no entorno do Restaurante Popular Herbert de Souza (Betinho). Já na Avenida Rodrigues Alves, perto da Rodoviária Novo Rio, foram flagrados dez moradores de rua.
Para o secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, o saldo da operação feita prefeitura foi positivo. De acordo com o secretário, o maior problema é convencer os dependentes químicos a fazerem tratamento.
Estamos aumentando a frequência de ações nas ruas e, ao mesmo tempo, melhorando os abrigos. Vamos aumentar o número de vagas, de profissionais
- Não são só os viciados em crack. Mesmo os viciados em álcool não ficam nos abrigos. Mas estamos aumentando a frequência de ações nas ruas e, ao mesmo tempo, melhorando os abrigos. Vamos aumentar o número de vagas, de profissionais. Em todas as unidades, haverá psicólogos, pedagogos, nutricionistas, condições para o primeiro atendimento aos usuários de drogas - disse Bethlem.
Ele anunciou que na terça-feira a prefeitura vai inaugurar a Casa Viva, uma clínica que cuidará de adolescentes viciados em crack:
- Serão 30 vagas, com aparelhos de TV, de caraoquê e outros atrativos para que o espaço seja agradável para a permanência dos jovens.
FONTE: O GLOBO ONLINE
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário